quarta-feira, 14 de abril de 2010

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Estudo liga atividade sexual a câncer de próstata

prostata Um novo estudo inglês sugere que homens que têm uma vida sexual intensa entre os 20 e 40 anos de idade têm mais chances de desenvolver câncer de próstata.

Os pesquisadores da Universidade de Nottingham observaram 840 homens - um grupo de 431 diagnosticados com câncer de próstata e 409 saudáveis.

Os voluntários responderam questionários sobre a frequência das relações sexuais e da masturbação, o número de parceiras e a saúde sexual.

De acordo com os resultados, publicados na edição de 21 de março da revista científica British Journal of Urology, 40% dos homens com câncer costumavam fazer sexo mais de 20 vezes por mês entre os 20 e 40 anos, comparados com 32% entre o grupo dos homens saudáveis.

Os homens diagnosticados com câncer de próstata também se masturbavam mais (34%) do que os saudáveis (24%) nesta faixa etária. A pesquisa indica ainda que o grupo dos homens diagnosticados com câncer registrou mais casos de doenças sexualmente transmissíveis.

"Descobrimos uma associação entre o câncer de próstata e atividade sexual e masturbação nos homens entre 20 e 40 anos", afirmou Polyxeni Dimitropoulou, principal autor do estudo. "Não há, no entanto, nenhuma relação entre a atividade sexual e o câncer em homens acima dos 40 anos", acrescentou o pesquisador.

Segundo os pesquisadores, é possível que o alto nível de hormônios seja responsável por um aumento na atividade sexual entre os 20 e 40 anos e também pelo desenvolvimento do câncer de próstata em idades mais avançadas.

"Os hormônios parecem ter um papel importante no desenvolvimento do câncer de próstata, e é muito comum fazer tratamentos para reduzir o nível de hormônios que estimulam as células cancerígenas", disse Dimitropoulou.

"Da mesma forma, o apetite sexual dos homens também é regulado pelos níveis de hormônio - portanto, o estudo examinou a teoria de que a vontade sexual afeta o risco de câncer de próstata", completou o pesquisador.

"O papel da atividade sexual vem ganhando cada vez mais atenção na pesquisa sobre o câncer de próstata", disse Neale. "Infelizmente, esse estudo oferece poucos conselhos práticos para homens que querem reduzir o risco da doença."
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Sexualidade precoce estaria relacionada com câncer do colo do útero.
A IMAGEM DO CASAL NAMORANDO NO BANCO Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que existe relação entre altos índices de câncer do colo do útero e iniciação sexual precoce.

O objetivo da pesquisa, feita com 20 mil mulheres, era entender por que as mais pobres correm maior risco de desenvolver esse tipo de câncer. Os especialistas constataram que as menos favorecidas tendem a iniciar a vida sexual em média quatro anos antes do que as de classes sociais mais elevadas.

Por conta disso, elas entrariam em contato mais cedo com o vírus que leva ao desenvolvimento do câncer do colo do útero, dando ao vírus mais tempo para produzir a longa cadeia de eventos que, anos mais tarde, levaria à doença. Anteriormente, acreditava-se que a disparidade era resultado de baixos índices de controle preventivo em regiões mais pobres. O estudo, feito pela International Agency for Research on Cancer, parte da OMS, foi publicado na revista científica British Journal of Cancer.

O levantamento indicou que exames preventivos, como o Papa Nicolau, exercem um certo efeito sobre o nível de risco. Já o número de parceiros sexuais e o hábito de fumar não pareceram interferir nos resultados.

Segundo a responsável pela pesquisa, Silvia Franceschi, os resultados não se aplicam apenas a jovens adolescentes. Por exemplo, o risco de desenvolver câncer do colo do útero também é maior em mulheres que tiveram a primeira relação sexual aos 20 em vez dos 25 anos. “No nosso estudo, mulheres mais pobres se tornaram sexualmente ativas em média quatro anos antes. Então, elas também podem ter sido infectadas pelo HPV mais cedo, dando ao vírus mais tempo para realizar a longa sequência de eventos que são necessários para o desenvolvimento do câncer”, explicou.

“Os resultados parecem reforçar a necessidade de vacinação contra o HPV em escolas, antes que (as meninas) comecem a ter relações sexuais, especialmente entre meninas de áreas mais pobres”, concluiu Lesley.
Com informações da BBC Brasil

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