Uma nova estratégia contra a obesidade. Os
resultados promissores já geraram permissão para aplicar a terapia em pessoas
obesas e com câncer, atacando os dois problemas de uma vez só.
O plano é
diminuir o suprimento de sangue que chega até o tecido adiposo (formado por
gordura), o que levaria à perda de peso nos pacientes. Como parece haver uma
correlação entre excesso de peso e surgimento de câncer – no caso, tumores de
próstata–, há a esperança de que surja um efeito terapêutico duplo.
Arap, que trabalha no Centro de Câncer M.D.
Anderson, Texas (EUA), explica que seu trabalho seguiu uma trilha sugerida por
Judah Folkman (1933-2008), pesquisador americano pioneiro na tentativa de
combater tumores cortando os vasos sanguíneos que os alimentam. Folkman tinha
mostrado que, inibindo a formação de artérias no tecido adiposo, havia uma leve
perda de peso.
A equipe de Arap juntou essa ideia a outra de sua
própria lavra: a de identificar os “CEPs’’ de cada tecido – moléculas que
tinham endereço certo, correspondendo a células em áreas específicas do
organismo. Após testes em camundongos, a equipe aplicou a terapia em babuínos e
macacos resos.
Essa última espécie fica obesa facilmente em cativeiro. Os
animais perderam 15% do peso e uma fração correspondente da circunferência de
sua cintura. Os pesquisadores devem começar a testar a abordagem em humanos
neste ano.
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