domingo, 27 de fevereiro de 2011

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Peter, Paul & Mary - Early Morning Rain (1966)

Em 2004, Mary foi diagnosticada com leucemia. Ela recebeu um transplante de medula, e logo retornou com a turnê junto ao trio em 9 de dezembro de 2005 com uma performance no Carnegie Hall.
Em 2007, o trio cancelou diversos shows à medida que Mary apresentava melhoras aquém das expectativas. Foi preciso submetê-la a uma segunda cirurgia devido à doença.
Mary não pode se apresentar na turnê do verão de 2009 devido à doença, mas Peter e Paul apresentaram-se como um duo nas datas agendadas, nomeando o show de "Peter & Paul Celebram Mary e 5 Décadas de Amizade."
O trio Peter, Paul and Mary terminou em 16 de setembro de 2009, quando Mary Travers morreu aos 72 de complicações resultantes da quimioterapia, mesmo ano em que o grupo foi incluído no Hit Parade Hall of Fame.
Grande domingo a todos!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

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Maconha pode aumentar qualidade de vida durante a quimioterapia


A quimioterapia causa perda de apetite nos pacientes principalmente porque afeta o cheiro e o gosto dos alimentos. Ao comer menos, os portadores de câncer acabam sofrendo com a diminuição de peso e com quadros de anorexia.
A maconha, criminalizada em quase todo o mundo no começo do século 20, tem uso medicinal antigo e agora uma nova pesquisa canadense da Universidade de Alberta mostrou que seu uso durante a quimioterapia devolveu aos pacientes o prazer de comer e voltar a sentir o gosto dos alimentos.
O tetrahidrocanabinol (THC), substância presente na maconha, pode melhorar a sensação de gosto e a qualidade do sono em pacientes com câncer que recebam quimioterapia. O trabalho foi divulgado na edição deste mês de uma publicação científica da Sociedade Médica de Oncologia Européia.
O
 estudo piloto foi conduzido entre maio de 2006 e dezembro de 2008, com 21 pacientes adultos, todos eles portadores de algum tipo de câncer em estágio avançado - com exceção de tumores no cérebro. A seleção também deu preferência a pessoas que passaram a se alimentar menos por pelo menos duas semanas, como resultado da doença.
Onze pacientes receberam uma pílula com a substância, a principal responsável pela ação alucinógena das plantas Cannabis. O restante foi medicado com placebos. A pesquisa foi conduzida com a metodologia duplo-cego, na qual os médicos e os pacientes não ficam sabendo quem ingeriu as cápsulas com THC e quem tomou as pílulas falsas.
O tratamento durou 18 dias. Cerca de 73% dos pacientes que receberam THC afirmaram estar mais interessados em comida contra apenas 30% dos que ingeriram placebos. A substância também fez os alimentos parecerem ter um gosto melhor para 55% dos voluntários. Só 10% dos que não foram submetidos aos efeitos do THC relataram a mesma satisfação na hora de comer.
O apetite aumentou em 64% dos medicados com a substância e nenhum deles disse estar com menos fome. Já no grupo do placebo, 50% dos pacientes reclamou da perda da vontade de comer e 20% não notaram nenhuma mudança.
Segundo a médica Wendy Wismer, da universidade canadense, este é o primeiro teste aleatório e controlado a mostrar que o THC aumenta o apetite em pacientes com câncer, além de ajudar no sono e relaxamento. Ela ainda afirma que o trabalho é importante pois não existem, atualmente, tratamentos contra as alterações de sensibilidade provocadas pelas drogas quimioterápicas.
O teste clínico feito pela equipe canadense é de fase 1, com poucos participantes. Novos estudos em humanos - de fase 2 e 3 - são necessários para comprovar a eficiência do THC na melhora do apetite e do sono em pacientes passando por quimioterapia.
José Alencar solicita privacidade para continuar tratamento contra o câncer
O ex-vice-presidente da República, de 79 anos, permanece internado desde o dia 9 no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele teve uma inflamação na região abdominal causada por uma perfuração no intestino e seu estado ainda é considerado grave, mas continua estável.

Na quinta, atendendo a uma solicitação do próprio Alencar, que pediu privacidade, o hospital informou que a divulgação de boletins médicos seria suspensa.
Segundo o oncologista Paulo Hoff, integrante da equipe que acompanha o ex-vice-presidente, ele permanece internado e não há previsão de que tenha alta e retorne para casa. “Ele está estável, mas em uma situação delicada. Ele poderia ir para a casa, mas com uma grande possibilidade de retornar após poucos dias.”
O ex-vice-presidente luta contra o câncer há mais de uma década e já foi submetido a uma série de cirurgias para retirar tumores. Devido a seu estado de saúde, o tratamento contra a doença foi suspenso recentemente.
Com informações do R7

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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Estudo confirma que terapia poderia conter a disseminação do câncer de mama

Cientistas do Institute of Cancer Reserch  - ICR, demonstraram pela primeira vez que o bloqueio de uma enzima pode ser a chave para conter a metástase do câncer de mama para órgãos distantes, de acordo com a pesquisa pré-clínica publicada ontem na revista Cancer Research.
Eles descobriram que a enzima lisil-oxidase 2 (LOXL2) é necessária para que as células tumorais possam escapar da mama e invadir os tecidos circundantes, deslocando-se para órgãos distantes. E demostraram que esta enzima é que regula este processo, controlando a quantidade de moléculas chamadas TIMP1 e MMP9, que, como já era sabido, desempenham papel importante na propagação da doença para outras partes do corpo.
O
 mais interessante é que, por meio de modelos de laboratório, a equipe mostrou que o bloqueio da função da LOXL2 diminuiu a propagação do câncer de mama para o pulmão, fígado e ossos. Esses achados confirmam que uma droga projetada para bloquear a LOXL2 poderia ser usada para tratar mulheres com câncer de mama avançado.
A pesquisadora chefe, Janine Erler, do ICR, diz: "Cerca de 12.000 mulheres morrem de câncer de mama no Reino Unido a cada ano, porque o câncer se espalhou para outras partes do seu corpo. Nosso estudo mostra que inibir a ação da LOXL2 pode reduzir significativamente a propagação do câncer de mama, sugerindo que as drogas que bloqueiam esta enzima podem ser eficazes na prevenção da propagação do câncer dos pacientes.”
A disseminação do câncer é conhecida como metástase. Câncer de mama metastático é um processo de várias etapas complexas que envolvem a expansão de células cancerosas da mama para outras áreas do corpo. Uma vez que as metástases são detectadas em um paciente com câncer de mama, a sobrevida média é inferior a dois anos. Assim, é imperativo desenvolver novas terapias para tratar pacientes com câncer de mama altamente agressivos.

Além disso, a equipe descobriu que a LOXL2 poderá ainda ser usada para prever se um câncer virá a ser agressivo. Usando amostras de tecido de pacientes com câncer de mama, eles mostraram pela primeira vez que altos níveis de LOXL2 estão associados à propagação do câncer."
Isso levanta a possibilidade de que se poderá desenvolver um teste para medir os níveis de LOXL2 e predizer os pacientes que irão desenvolver a doença agressiva. Este conhecimento poderia ajudar os oncologistas clínicos na escolha do tipo de tratamento sob medida para cada paciente.
Atualmente pode-se tratar o câncer de mama que se tenha disseminado, mas não se pode ainda cura-lo. Ao utilizar a LOXL2 para prever qual câncer se espalhará e drogas que bloqueiem a enzima para impedir que isso aconteça, muito mais vidas poderiam ser salvas. Esta investigação laboratorial representa uma grande promessa e a ansiedade é imensa para ver como isso se traduzirá nos pacientes."
Traduzido e condensado de ICR. Leia texto original aqui.
Gene defeituoso responsável pelo câncer de pele também aciona metástase
As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como o químico (arsênico), a radiação ionizante, processo irritativo crônico (úlcera de Marjolin), genodermatoses (xeroderma pigmentosum etc) e principalmente à exposição aos raios ultravioletas do sol.
Câncer de pele é mais comum em indivíduos com mais de 40 anos sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles que apresentam doenças cutâneas prévias. Indivíduos de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vitimas do câncer de pele. Os negros normalmente têm câncer de pele nas regiões palmares e plantares.

C
ientistas do ICR - Institute of Cancer Reserch descobriram que o câncer de pele pode se espalhar para os pulmões quando um gene em uma importante via de comunicação celular é bloqueado.
O professor Richard Marais e sua equipe mostraram que, em células cancerosas humanas e de camundongos, um gene chamado BRAF - que está danificado em cerca de metade dos casos de câncer de pele - desencadeia uma via de sinalização celular que, finalmente, bloqueia as instruções de um segundo gene conhecido como PDE5A.
Em células saudáveis o PDE5A age como um freio para parar o movimento da célula. Mas nas células cancerosas, o gene BRAF transforma sinais do gene PDE5A de fora, afetando sua capacidade de bloquear a propagação do câncer.
Ao bloquear a atividade de PDE5A, unidades de genes BRAF orientam as células do câncer de pele a invadir os tecidos saudáveis e a se propagarem em todo o corpo, transformando o câncer de pele em uma doença mais agressiva.
A equipe mostrou que, quando defeituoso, ocorre esta mutação no gene BRAF, implicando em genes PDE5A bloqueados, e consequentemente as células de câncer de pele se espalham mais facilmente para os pulmões.
"Esta pesquisa ainda coloca o foco no gene BRAF como um importante alvo na terapia para evitar a propagação do câncer de pele.", disse o Professor Marais.

Traduzido de Institute of Cancer Reserch. Leia texto original aqui.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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Vacina personalizada para pacientes com linfoma estende a sobrevivência livre de doença por quase 2 anos

A vacina personalizada é uma terapia poderosa para impedir a recidiva entre certos pacientes com linfoma folicular, segundo os últimos resultados da investigação em estudo liderado pela University of Pennsylvania School of Medicine. As novas descobertas mostram que quando esses pacientes - cujos tumores são marcados por uma proteína específica que pode estar presente em até metade das pessoas com este tipo de câncer - recebem uma vacina feita a partir de suas próprias células do tumor, a sobrevida livre de doença melhorou em quase dois anos, em comparação com pacientes que receberam um placebo. Com base na nova análise, a equipe pensa que pode explicar porque os resultados de estudos anteriores, utilizando vacinas terapêuticas semelhantes para o câncer não era tão forte como o esperado.
S
egundo Stephen J. Schuster, professor associado da Divisão de Hematologia-Oncologia e diretor do Programa de linfoma do Abramson Penn Cancer Center, o efeito do tratamento com a vacina personalizada é impressionante nesse estudo. Schuster apresentou dados de um estudo randomizado, ensaio clínico de fase III, na reunião anual da Sociedade Americana de Hematologia (ASH). "Nosso trabalho está revolucionando a abordagem ao desenvolvimento de uma vacina personalizada em linfoma, e trazendo uma nova esperança aos pacientes que são diagnosticados com todos os tipos da doença. Esta é uma mudança de paradigma", diz Schuster.
A maioria dos pacientes com linfoma folicular - que representam cerca de 30% dos 66.000 pacientes diagnosticados com linfoma não-Hodgkin a cada ano - inicialmente respondem à terapia com anticorpos monoclonais e quimioterapia, mas depois sofrem uma recaída. Eles podem ser ajudados por rodadas subseqüentes de quimioterapia, mas, eventualmente, a doença torna-se resistente a essas drogas.
O tumor de cada paciente de linfoma leva uma proteína única na superfície da célula, chamada de proteína idiotipica. Esta proteína é parte de uma grande proteína da superfície da célula cancerígena. Somente as células do tumor - e não as células saudáveis - carregam a proteína idiotipica, tornando-se assim um alvo ideal para a vacina anti-tumoral. Os pesquisadores utilizaram uma variedade de técnicas para fabricar estas vacinas.
No estudo atual, os indivíduos que responderam à quimioterapia inicial e permaneceram em remissão por pelo menos seis meses eram elegíveis para prosseguir no estudo, e receberam uma vacina personalizada idiotipica, mais um agente imuno-estimulante chamado GM-CSF, ou a vacina placebo, mais GM-CSF. Quando os investigadores analisaram os pacientes que receberam pelo menos uma dose da vacina personalizada, viram uma melhora de 14 meses na sobrevida livre de doença, em comparação àqueles que receberam o placebo. Os 76 pacientes tratados com a vacina tiveram uma sobrevida mediana livre de doença de 44,2 meses, contra os 30,6 meses para os 41 pacientes tratados com placebo.
Seguindo um palpite e algumas observações feitas anteriormente na literatura, Schuster e colegas decidiram reanalisar os dados, após dividir os pacientes com base no tipo de proteína do isotipo na superfície de suas células do tumor. Ele descobriu que os pacientes cujos tumores tinham uma proteína idiotipica IgM tiveram uma forte resposta à vacina, com um aumento médio na sobrevida livre de doença de 28,7 meses, em pacientes tratados com placebo, para 52,9 meses em pacientes tratados com a vacina. Em contrapartida, o impacto da vacina em pacientes cuja proteína idiotipica fazia parte de um anticorpo do tipo IgG foi desprezível, com um aumento não significativo de 32,4 meses para 35,1 meses.
Na verdade, a nova análise pode revelar a razão pela qual as tentativas anteriores de se fazer uma vacina idiotipica eficaz não tiveram resultados animadores. Para Schuster, o que este estudo está revelando é que existem outras formas possíveis de fazer melhores vacinas.
Para confirmar os resultados de suas pesquisas, a equipe de Schuster planeja lançar um novo estudo no próximo ano, utilizando uma abordagem com a mesma vacina, mas desta vez eles vão dividir os pacientes, no início, consoante a sua proteína idiotipica ser do tipo IgM ou IgG.
Traduzido e condensado de Science Daily. Leia matéria original aqui.
Transexuais têm direito a retirada de útero e de mama pelo SUS
A Secretaria da Saúde de São Paulo passou a oferecer, a partir do final do mês de janeiro, cirurgias para remoção de útero de homens transexuais (mulheres que se sentem homem) atendidos no Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento em Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS (CRT-DST/AIDS), na capital.
Após processo de triagem no CRT, os pacientes serão encaminhados para o Hospital Estadual Pérola Byington para avaliação e realização de histerectomia.
N
o Pérola haverá capacidade para realizar até 100 cirurgias de retirada de útero. Os transexuais terão atendimento personalizado, com quartos individuais e equipe treinada para lidar com as demandas específicas desta população. No ambulatório do CRT já há cinco transexuais a serem encaminhados ao Pérola para avaliação de histerectomia.
A Secretaria também deverá encaminhar os homens transexuais para cirurgia de retirada de mama. O hospital de referência, na capital, será definido nos próximos meses. “Trata-se, sem dúvida, de uma grande vitória contra a discriminação e a legitimação dos direitos desta população”, diz a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP, Maria Clara Gianna.
Em setembro de 2010, o Conselho Federal de Medicina (CFM) baixou nova resolução sobre a assistência à transexual no Brasil. A partir daquela data, o CFM passou a considerar que os procedimentos de retiradas de mamas, ovários e útero no caso de homens transexuais (aqueles que se identificam com o gênero masculino, embora tenham nascido com sexo biológico feminino) deixam de ser experimentais e podem ser feitos em qualquer hospital público e/ou privado que sigam as recomendações do Conselho. O tratamento de neofaloplastia (construção do pênis) ainda não foi liberado e permanece em caráter experimental.
Fonte: Redenoticia
Estudo identifica gene que dificultaria tratamento de câncer
P
esquisadores espanhóis identificaram um gene, a ciclina E, que é responsável pela resistência ao tratamento do câncer de mama do subtipo HER2 (abreviatura de "Human Epidermal growth factor Receptor-type 2") positivo, segundo os cientistas anunciaram nesta segunda-feira em comunicado.
O estudo, liderado por Josep Baselga, do centro hospitalar Vall d'Hebron-Instituto de Oncologia (VHIO), em Barcelona, e em colaboração com o Massachusetts General Hospital Cancer Center (MGH-CC) de Boston, poderia ser traduzido em um tratamento aprimorado capaz de evitar que as pacientes com este subtipo de câncer desenvolvam resistência ao tratamento médico atual.
O centro hospitalar espanhol indicou nesta segunda-feira que o gene ciclina E é a razão pela qual algumas mulheres com esse tipo de câncer desenvolvem resistência ao tratamento com o medicamento "trastuzumab".
Segundo os pesquisadores, esta descoberta abre agora uma via para buscar algum inibidor ou bloqueador da ciclina E. Atualmente, o remédio mais estudado e utilizado na prática clínica contra este subtipo de tumor é o trastuzumab, um anticorpo criado para agir especificamente em uma região extracelular do receptor HER2.
Este anticorpo aumenta as chances de sobrevivência das pacientes com câncer de mama HER2 positivo, mas seu benefício clínico está limitado pela resistência de algumas mulheres. As mesmas fontes explicaram que pessoas que apresentam HER2 e ciclina E, o tratamento com trastuzumab só é efetivo em 33,3% das pacientes, contra 87,5% de resposta no grupo HER2 positivo, mas sem detecção de ciclina.
Na última década, o diagnóstico precoce do câncer, um acompanhamento mais exaustivo das pacientes e, sobretudo, a tipificação do tumor em três grandes subtipos segundo padrões moleculares - os receptores hormonais positivos, HER2 positivos ou ausência de ambos - aumentaram a sobrevivência a esta patologia.
A classificação dos tumores em subtipos permitiu o desenvolvimento clínico de tratamentos específicos para cada um deles, mas apesar destes avanços, ainda há pacientes que não respondem da forma esperada.
Fonte: terra
Sexo oral causa mais câncer de garganta que cigarro e bebida, diz pesquisa

O tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas sempre foram apontados como um dos principais fatores para o desenvolvimento de câncer na região da garganta. Pois agora cientistas afirmam que o sexo oral ocupa o topo da lista entre os comportamentos de risco.
Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador de verrugas e de câncer do colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.
H
omens com mais de 50 anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta. Principalmente aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus.
Outros países como Inglaterra e Suécia também identificaram aumento da doença devido ao HPV. Na Suécia, apenas 25% dos casos tinham relação com o vírus na década de 1970 e, agora, o índice chega a 90%, de acordo com uma das pesquisadoras, a professora Maura Gillison.
Segundo ela, alguém infectado com o tipo de vírus associado ao câncer de garganta tem 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a pesquisadora.
Os resultados do levantamento vão ao encontro de outros já feitos sobre o mesmo tema, como o realizado pela Johns Hopkins University, nos Estados Unidos. Realizado no ano passado, o estudo apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.
Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres. Em países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados, previne até 90% dos casos de infecções.
No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento. O governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.
Fonte: terra

domingo, 20 de fevereiro de 2011

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Governo reduz valor pago para tratamento de câncer na rede conveniada

Desde o início deste ano hospitais e entidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) estão recebendo menos pelo tratamento de pacientes com câncer no sangue – leucemia mielóide crônica – e linfomas malignos. Duas portarias do Ministério da Saúde, publicadas em 17 de dezembro de 2010 e que entraram em vigor em janeiro, reduzem entre 9% a 22% o valor do tratamento dessas enfermidades.
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uatro procedimentos tiveram queda: quimioterapia paliativa do tumor do estroma gastrintestinal com marcador positivo, que passou de R$ 3.175,40 para R$ 2.489,00; quimioterapia da leucemia mielóide crônica em fase blástica – marcador positivo – 1ª linha, que caiu de R$ 4.754,60 para R$ 3.725,00; quimioterapia da leucemia mielóide crônica em fase crônica – 1ª linha, que teve queda de R$ 3.175,40 para R$ 2.489,00 e quimioterapia da leucemia mielóide crônica em fase de transformação – marcador positivo – 1ª linha, cujo repasse era de R$ 4.754,60 e baixou para R$ 3.725,00.
Outro tratamento afetado é o de linfoma difuso de grandes células B, câncer do Sistema Linfático. O valor pago pelo governo federal por procedimento quimioterápico caiu de R$ 6.804 para R$ 6.164. Segundo médicos e hospitais, a quantia agora é suficiente para custear apenas o valor equivalente a um dos remédios usados no tratamento, o anticorpo monoclonal Rituxan (Rituximab, ou Mabthera). As outras quatro substâncias do protocolo (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) que fazem parte do esquema quimioterápico, não estariam cobertas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 12 mil novos casos de linfomas são registrados no Brasil anualmente. O SUS trata 80% destes casos.
Aumentam recursos para o atendimento no SUS de 300 mil brasileiros com câncer
O Ministério da Saúde anuncia que aumentou o volume de recursos para atendimento de pacientes com câncer na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento nessa área saltou de R$ 1 bilhão, em 2003, para uma estimativa de R$ 2,2 bilhões este ano. Em 2003, segundo dados do ministério, ocorreram 19,7 milhões de atendimentos, que consumiram este R$ 1 bilhão. Para este ano, a previsão é de 27,8 milhões de procedimentos, ao custo de R$ 2,2 bilhões.
Atualmente, o sistema conta com 270 unidades de serviço especializado para a oferta e assistência de cerca de 300 mil brasileiros que, anualmente, recorrem ao SUS para tratar o câncer. O aumento de procedimentos oncológicos ocorreu em serviços como exame vaginal, mamografia, cirurgia oncológica, quimioterapia e radioterapia. Ao todo, são mais de 70 procedimentos nessa área. Recentemente, foram incluídas novas formas de tratamento do câncer de fígado, mama, linfoma e leucemia aguda.
O governo anuncia ainda que o Brasil está se tornando, gradualmente, independente do mercado internacional de medicamentos, o que barateia os custos. Segundo o ministério, alguns fatores respaldam a decisão de se trabalhar pela redução de preços: o ganho em escala do SUS, a desvalorização do dólar, que é moeda referencial na definição de preços internacionais, a introdução de genéricos e o licenciamento compulsório, que é a quebra de patentes.
O Ministério da Saúde investe ainda em pesquisas oncológicas, das mais variadas, como no desenvolvimento de uma vacina para combater o câncer de próstata, no estudo do efeito dos alimentos na qualidade de vida dos pacientes, na clonagem de um gene para uso contra o câncer de colo, entre outras.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

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Pesquisa sugere que componentes do suco de romã podem evitar que câncer se espalhe

Pesquisadores da Universidade Riverside, da Califórnia, identificaram componentes no suco de romã que podem inibir os movimento de células cancerosas cultivadas em laboratório e a metástase do câncer de próstata.
Os próximos planos dos pesquisadores são fazer testes adicionais em um organismo vivo com câncer de próstata em fase de metástase para determinar se os mesmos componentes que foram eficazes nas células cultivadas em laboratório poderão evitar a metástase sem efeitos colaterais.
A
 descoberta, diz Manuela Martins-Green, uma das pesquisadoras, pode ainda ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.
Quando o câncer de próstata reaparece no paciente depois de tratamentos como cirurgia e/ou radiação, geralmente o próximo passo é a supressão do hormônio masculino testosterona, um tratamento que inibe o crescimento das células cancerosas, pois elas precisam do hormônio para crescer.
Mas, com o tempo, o câncer desenvolve formas de resistir também a esse tratamento, se transforma em um câncer muito agressivo e sua metástase ataca a medula óssea, pulmões, nódulos linfáticos e geralmente resulta na morte do paciente.
O laboratório americano aplicou o suco de romã em células de câncer de próstata cultivadas em laboratório que já eram resistentes à testosterona – quanto mais resistente à testosterona uma célula cancerosa é, maior é sua tendência à metástase.
Os pesquisadores então descobriram que as células tratadas com o suco de romã e que não haviam morrido, mostraram uma maior adesão, o que significa que menos células se separavam, e também queda na movimentação dessas células.
Em seguida os pesquisadores identificaram os grupos ativos de ingredientes no suco de romã que tiveram impacto molecular na adesão das células e na migração de células cancerosas no câncer de próstata já em estado de metástase.
“Depois de identificá-los, agora podemos modificar os componentes inibidores do câncer no suco de romã para melhorar suas funções e fazer com que eles sejam mais eficazes na prevenção da metástase do câncer de próstata, levando a terapias com remédios mais eficazes”, disse Manuela Martins-Green.
Outros tipos de câncer
A pesquisadora afirma que a descoberta pode ter impacto no tratamento de outros tipos de câncer.
“Devido ao fato de os genes e proteínas envolvidos no movimento das células de câncer de próstata serem essencialmente os mesmos que os envolvidos no movimento de células em outros tipos de câncer, os mesmos componentes modificados do suco poderão ter um impacto muito mais amplo no tratamento do câncer”, afirmou.
Manuela Martins-Green explicou ainda que uma proteína importante produzida na medula óssea leva as células cancerosas a se mover para a medula onde elas poderão formar novos tumores.
“Mostramos que o suco de romã inibe a função dessa proteína e, assim, esse suco tem o potencial de evitar a metástase das células do câncer de próstata para a medula”, disse.
Os próximos planos da pesquisadora são fazer testes adicionais em um organismo vivo com câncer de próstata em fase de metástase para determinar se os mesmos componentes que foram eficazes nas células cultivadas em laboratório poderão evitar a metástase sem efeitos colaterais.
Traduzido e condensado de Science Daily. Leia original aqui

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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As células do cancer são Imortais ? Uma nova forma de matar as células cancerosas.

Ao contrário das células normais, as células cancerosas podem crescer e envelhecer sem morrer - uma das razões pelas quais elas são tão perigosos. Mas os investigadores da Washington State University desenvolveram uma maneira de ajudar as células de câncer a envelhecer e a morrer, o que poderia levar a um tratamento que retardaria ou impediria o crescimento do tumor.
A grande diferença entre células cancerosas e células normais é que as células cancerosas podem se dividir e viver para sempre. Chamamos isso de imortalidade. As células normais se dividem em uma série de vezes e, em seguida, param de crescer, envelhecem e morrem. Elas são mortais.
A
s células cancerosas têm uma maneira de manter seus telômeros, que não ficam encurtados. Cada vez que as células normais se dividem perdem algumas sequências de DNA do telômero. Eventualmente, quando o DNA do telômero torna-se muito curto, elas param de crescer. Há também outros fatores que contribuem para a mortalidade das células normais.
As células cancerosas se dividem descontroladamente. Então começa a haver um acúmulo de células de câncer em um local do corpo, que podem invadir os tecidos circundantes e interromper a função normal dos tecidos. Elas formam o tumor. As células cancerosas também podem circular em torno de seu corpo e entrar em outros lugares e formar tumores em novos locais. Isto é em parte devido à imortalidade das células cancerosas. Eles não morrem. As células normais crescem em um local e em algum momento elas vão parar.
A maioria das células cancerosas, cerca de 90 por cento, ativam uma molécula chamada telomerase. A telomerase é normalmente não ativada em células normais, exceto em células-tronco. Em células cancerosas, a telomerase está ativa. A função da telomerase é adicionar o DNA do telômero nos telômeros curtos. É por isso que as células cancerosas não perdem seus telômeros. Em células normais a telomerase está desligada, por isso não é possivel manter o comprimento dos telômeros. Isto sugeriria que, se você matar a telomerase nas células cancerosas, o telômero iria gradualmente diminuir e as células cancerosas iriam morrer.
No entanto, recentemente, descobriu-se que a telomerase estende apenas uma fita de DNA. A outra vertente deve ser sintetizada por outras moléculas, outras proteínas. A molécula que é responsável pela síntese de outro filamento foi encontrada. Se você bloquear a função desta molécula, o telômero não pode ser mantido adequadamente, de modo que a célula também pára de crescer.
O próximo passo será descobrir como tudo isso é regulamentado. Os pesquisadores precisam saber se em células normais a síntese da outra vertente também ocorre, para poder alvejar especificamente as células cancerosas. Se não ocorrer, o próximo passo é saber se o mesmo processo é regulado por diferentes vias em células normais em relação às células cancerosas. O objetivo final é investigar se existem objetivos específicos que podem inibir as células cancerosas.
Traduzido e condensado de Smart Planet. Leia matéria original aqui