sexta-feira, 23 de abril de 2010

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Especialistas avaliam as vantagens e as desvantagens de comer carne vermelha.

A carne vermelha está associada a um risco maior de câncer e doenças cardiovasculares, mas é um dos alimentos mais completos que existem, rico em proteínas, aminoácidos e ferro. Cortar a carne da dieta não é a solução, dizem os especialistas da American Dietetic Association, mas as pessoas podem precisam aprender a prepará-la corretamente.

Para quem tem tendência a problemas cardíacos como infartos, o ideal é cortar a carne do cardápio. Todo pedaço de bife, por mais simples que seja, contém gordura saturada e aumenta o colesterol ruim. No caso do câncer, a resposta não é tão clara. Para especialistas do National Institutes of Health, nos EUA, a carne aumenta o risco de alguns tumores, como o colorretal. 

Um estudo feito por eles com 500 mil americanos, em um período de 10 anos, mostrou que aqueles que ingeriam carne vermelha diariamente morriam mais cedo do que aqueles que comiam carne esporadicamente. A epidemiologista Marji McCullough, da American Cancer Society, afirmou recentemente que a ligação entre a carne e os tumores colorretais "é inegável".

Mas quem ama comer carne não precisa abrir mão deste prazer, garantem os nutricionistas. A mudança na forma do preparo do alimento pode deixá-lo mais saudável e seguro para o consumo. A carne vermelha é rica em ferro, nutriente indispensável para mulheres em idade fértil. Ela contém o ferro tipo "heme", mais fácil de ser absorvido pelo organismo do que o "não heme", encontrado nos grãos e legumes. Um pedaço de carne tem 180 calorias e 10 nutrientes essenciais.
Escolha da carne faz toda a diferença:

- O ideal é limitar as porções de carne vermelha magra (como o filé mignon) e evitar completamente os embutidos, como presunto, salsicha, linguiça, bacon, presunto e mortadela. Uma fatia de carne pode ser considerada magra se tiver menos de 10 gramas de gordura total e menos de 95 miligramas de colesterol.
- Preparar a carne em altas temperaturas pode gerar compostos que aumentam o risco de câncer. Por isso, é sempre melhor cozinhar ou preparar a carne no forno do que fritá-la ou usar a grelha. Não coma pedaços queimados ou chamuscados.
- Prefira os cortes sem gordura. A gordura queima rapidamente e aumenta a quantidade de substâncias cancerígenas. Escolha também a carne mal passada ou ao ponto. Os pedaços bem passados ficaram mais tempo no fogo e têm mais compostos cancerígenos.

O Globo

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Carne «bem passada» aumenta risco de câncer de bexiga.
Um estudo desenvolvido pela Universidade do Texas (EUA) revelou que as pessoas que consomem carne vermelha em excesso, principalmente “bem passada”, apresentam o dobro de probabilidades de contraírem câncer na bexiga. 

De acordo com as conclusões apresentadas durante uma conferência americana sobre câncer, este risco é ainda maior quando o consumo engloba carnes vermelhas, ainda que carnes brancas e peixe “bem passados” também acarretem riscos para a saúde.

Esta investigação, que durou doze anos, incluiu 884 doentes com câncer da bexiga e 878 pessoas sem problemas oncológicos que foram questionados sobre as suas dietas diárias. Os investigadores verificaram, então, que as pessoas que se alimentavam com carne mais torrada eram duas vezes mais susceptíveis ao desenvolvimento de câncer da bexiga do que aquelas que se alimentaram de carne preparada em outras condições.

Os investigadores também analisaram o DNA dos participantes e compararam as diferentes formas como os amino-heterocíclicos - compostos químicos formados quando a carne é muito torrada – eram metabolizados pelo organismo. Constataram assim que pessoas com sete ou mais genótipos desfavoráveis a esta substância e que consumiam muita carne vermelha tinham um risco cinco vezes maior de desenvolver câncer na bexiga.

Xifeng Wu, líder do estudo, sublinhou que as principais conclusões retiradas desta investigação são mais uma prova de que há fortes relações entre a alimentação e o desenvolvimento de doenças oncológicas.

1 Comentário:

Thati Guimaraes Gobeth disse...

Pai, tô passada!! Tenho que rever meus conceitos sobre carne bem passada!