Espécie de 'bola de gude' é introduzida onde
havia tumor e emite radiação.
Resultados de teste, realizado por dez anos, serão apresentados em junho.
Resultados de teste, realizado por dez anos, serão apresentados em junho.
Um tratamento pioneiro para o câncer
de mama, que permite reduzir a radioterapia a uma sessão de meia hora, está
dando bons resultados nos testes com pacientes, indicam médicos do University
College de Londres.
A terapia, utilizada após a extração
do tumor em casos nos quais o câncer não está em fase avançada, mata as células
cancerígenas que podem ficar com uma emissão concentrada de radiação.
Atualmente, as mulheres com câncer de
mama se submetem a cinco sessões de radioterapia que duram por volta de seis
semanas depois da cirurgia, que conserva a maior parte do peito, ao contrário
da mastectomia.
Os médicos confiam que, assim que
forem publicados os resultados dos testes no final deste ano, seja possível
oferecer um só tratamento de radiação (conhecido pela sigla em inglês como
IORT). É o que ressalta a equipe de pesquisadores liderada pelo oncologista
Michael Baum, cujos estudos são publicados nesta segunda-feira
(29) pelo jornal "The Times".
O procedimento consiste na introdução
de um aparelho esférico - do tamanho de uma bola de gude - na área onde estava
o tumor, por meio da incisão criada durante a operação. O aparelho propaga uma
dose constante de radiação ao redor do leito tumoral, de acordo com os
médicos.
Segundo o "The Times", os
resultados do teste, que levou dez anos, serão apresentados em junho na
conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago (EUA).
Os pesquisadores esperam mostrar
que o IORT é seguro e efetivo como as sessões convencionais de radioterapia. Até
o momento, na terceira fase dos testes clínicos participaram 77 pacientes no
Reino Unido, Alemanha e Austrália.
Dessas mulheres, apenas duas - de
idade média de 66 anos - voltaram a ter câncer de mama no mesmo local.
O oncologista afirmou que o aparelho
custa em torno de 300 mil libras (mais de R$ 800 mil) e é portátil. Por isso,
seu acesso pode ser oferecido a mulheres que vivem longe das unidades de
radioterapia, sobretudo no mundo em desenvolvimento.
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