segunda-feira, 31 de maio de 2010

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Mais de 60% dos homens com câncer de bexiga têm histórico de tabagismo


Segundo levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), 65% dos homens e 25% das mulheres com tumores de bexiga apresentavam histórico de tabagismo. Nos últimos 12 meses, foram operados cerca de 800 pacientes com este tipo de câncer nas duas instituições e o maior vilão apontado é o cigarro.Estimativa de mortalidade do câncer de bexiga é de 18%. Substâncias químicas do cigarro que são eliminadas pela urina elevam risco de câncer na bexiga.
O estudo também revela que cerca de 40% dos pacientes tratados por neoplasia maligna da bexiga apresentam tumores com invasão da camada muscular, sendo necessária a retirada completa do órgão. A proporção vai na contramão das estatísticas apresentadas pela literatura, que apontam a presença de tumores invasivos em 15% dos casos. No Icesp e no HC, este índice é maior devido aos atendimentos de alta complexidade.
"A fumaça do cigarro contêm muitas substâncias químicas que são absorvidas e eliminadas pelo organismo através da urina, o que aumenta o risco de desenvolver um tumor no sistema genito-urinário", alerta o chefe dos departamentos de Urologia do Icesp e do HC, Marcos Dall'Oglio.
O câncer na bexiga é o segundo colocado entre os tipos de tumores que atingem os sistemas genital e urinário. O primeiro é a próstata. Apesar da incidência menor, o câncer de bexiga é quase seis vezes mais mortal que o de próstata. A estimativa de mortalidade das doenças é de 3,5% e 18%, respectivamente.
Prevenção
Segundo o especialista, diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento de tumores no órgão, mas o mais importante é o tabagismo. Entretanto, pessoas com infecções urinárias recorrentes, as que usam sonda e os deficientes devem ficar atentos, pois também fazem parte do grupo de risco.
O principal sintoma manifestado por esse tipo de câncer é a presença de sangue na urina. Também é importante ficar atento às infecções urinárias frequentes, à ardência ao urinar, ao aumento da frequência urinária e à sensação de esvaziamento incompleto - sintomas também presentes em doenças benignas como infecções, litíase ou crescimento da próstata. Por isto, é importante estar alerta e procurar por um especialista ao menor sinal de anormalidade.
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Vacina contra câncer de mama deve ir a teste dentro de 1 ano


Uma vacina contra o câncer de mama deverá ir a teste dentro de 1 ano, segundo reportagem publicada neste domingo pelo diário britânico "Daily Telegraph". Uma droga que vem sendo testada tem dado mostras de impedir a aparição de tumores e também de atacar aqueles já presentes.

Pesquisadores dizem que, se bem-sucedida, ela poderia ser oferecida a mulheres antes de alcançarem meados de 40 anos, época em que o risco de câncer de mama começa a subir. De acordo com estudos, a droga poderia acabar com mais de 70% dos cânceres de mama, salvando mais de 8 mil vidas por ano somente no Reino Unido.

Segundo a reportagem do "Daily Telegraph", o criador da vacina, Vincent Tuohy, da Clínica Cleveland, de Ohio, nos Estados Unidos, fez o prognóstico de que a vacina pode erradicar a doença por completo. "Nós acreditamos que uma vacina preventiva de câncer de mama vai fazer com o câncer de mama o que a vacina contra a pólio fez com a pólio", disse ele. "Nossa visão é a de que o câncer de mama é uma doença que se pode prevenir por completo".

A vacina é baseada em uma proteína chamada alfalactalbumina, que age na maior parte dos tumores de câncer de mama. Segundo a revista Nature Medicine, testes com ratos criados em laboratório para desenvolver câncer de mama aos 10 meses de idade, mostraram que a droga deixou-os livres de tumores.

A vacina estimula o sistema imunológico, capacitando-o para destruir a alfalactalbumina quando ela aparece, e assim evitar que tumores se formem. A droga também aumentou o poder do sistema imunológico para encolher até a metade tumores pré-existentes, sugerindo que ela poderia ser usada também como tratamento, tanto quanto como vacina.

A necessidade de mais estudos em um número maior de mulheres significa que deve demorar pelo menos 10 anos antes que a vacina chegue ao mercado.
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Born to be Wild (Steppenwolf) - Sem Destino (Easy Rider)

domingo, 30 de maio de 2010

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Morre aos 74 anos o ator Dennis Hopper vítima de câncer de próstata.


O ator Dennis Hopper morreu na manhã deste sábado (29/5), às 12h15, em sua casa na Califórnia, aos 74 anos, cercado de amigos e familiares, após uma longa batalha contra o câncer de próstata, informou a Reuters. O ator esteve envolvido com mais de 150 longas, seja atuando, dirigindo, roteirizando ou produzindo. Sua estréia se deu no clássico Juventude Transviada (de 1955).

Dennis nasceu em 17 de maio de 1936, em Dodge City, Kansas. Começou a carreira artística em 1954, na TV, e em 1955 estreou no cinema em Juventude Transviada, com James Dean. Ficou conhecido por escrever, dirigir e estrelar Sem Destino (1969), o clássico da contracultura dos anos 60 que marcou toda uma geração, e pelo qual recebeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Roteiro. Emocionante mistura de drogas, sexo e política, Dennis Hopper atua ao lado de Peter Fonda e Jack Nicholson neste clássico incomum, que a Revista Time elogiou como um dos dez mais importantes filmes da década.

Por Momentos Decisivos (1986), recebeu outra indicação, desta vez na categoria Melhor Ator Coadjuvante. Também participou do clássico de Francis Ford Coppola, Apocalypse Now (1979), ao lado de Marlon Brando, Veludo Azul (1986), de David Lynch, e Anos de Rebeldia (1980) - este último dirigido por ele e indicado à Palma de Ouro em Cannes. Seu último trabalho na direção de cinema foi o curta-metragem Homeless (2000).

Casou-se cinco vezes: com a atriz Brooke Hayward, com quem teve uma filha chamada Marin Hopper, nascida em 1962; com a cantora Michelle Phillips; com a atriz Daria Halprin, com quem teve outra filha chamada Ruthana Hopper; com a atriz Katherine LaNasa com quem teve o filho Henri Hopper; e com a atriz Victoria Duffy com quem teve a filha Galen Grier Hopper, nascida em 2003.

Demorou, mas Hollywood pagou uma dívida enorme que tinha com o ator e diretor Dennis Hopper, o cara que salvou e deu um novo rumo à maior indústria de cinema do mundo. Sofrendo de câncer em estágio quase terminal, Hopper, aos 73 anos, ganhou finalmente (e tardiamente) a sua estrela na Calçada da Fama, em cerimônia realizada em 26 de março deste ano. Foi a sua última aparição pública. Recentemente, Hopper participava da série de TV Crash, como Ben Cerdans. 
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USP descobre nova chave contra infecção


No início do mês passado, em Duque de Caxias (RJ), o estudante Diego Frazão Torquato, 12, morreu em razão de uma infecção contraída após cirurgia de apendicite. Um estudo de pesquisadores brasileiros e britânicos abre uma janela para a redução de mortes causadas por infecções generalizadas, como a que vitimou o jovem e a modelo brasileira  Mariana Bridi da Costa (foto), no ano passado. O trabalho de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, e da Universidade de Glasgow, no Reino Unido, descobriu o que pode ser a chave para o controle das infecções generalizadas, conhecidas como sepse.
Após um estudo de dois anos, os cientistas conseguiram demonstrar que uma proteína existente no próprio organismo, chamada de citocina IL-33, tem o poder de restabelecer as defesas do corpo humano a uma infecção generalizada.
A sepse é uma das principais causas de morte nas unidades de terapia intensiva. "De 30% a 40% das pessoas que chegam com sepse a um hospital morrem", afirmou o farmacologista José Carlos Faria Alves Filho, 34, um dos autores do estudo.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima em 750 mil os casos de sepse nos EUA por ano, com 200 mil mortes. No Brasil, sem números oficiais, a USP estima até 20% a mais de mortes.
A sepse ocorre, principalmente, em razão de falha no  sistema imunológico em controlar uma infecção local. Pacientes com comprometimento do sistema imune, como pessoas com câncer, idosos ou ainda pessoas saudáveis que foram vítimas de traumas ou queimaduras, por exemplo, podem se tornar mais suscetíveis.
Descoberta
No organismo humano, quando uma infecção é detectada, um grupo de moléculas chamadas receptores "toll-like", que fazem parte do sistema imunológico, entra em ação para reconhecer o tipo de bactéria que invadiu o corpo.
Em reação em cadeia, esses receptores ativam os neutrófilos, células que são consideradas os "soldados" da linha de frente do sistema imune, que migram para o foco da infecção.
Ocorre que, quando há sepse, os mesmos receptores "toll-like", ao serem ativados na circulação sanguínea, desenvolvem uma resposta inflamatória sistêmica. Isso, em vez de enviar os neutrófilos para o combate, inibe a migração dos "soldados" para o foco da infecção.
"Se você dificulta ou atrapalha a migração dessas células [neutrófilos] para o foco da infecção, ela deixa de ser local e passa a ser sistêmica, generalizada", afirmou Alves Filho.
Durante o estudo, os pesquisadores descobriram que uma proteína existente no próprio sistema imunológico - a citocina IL-33 -, injetada em doses altas, é capaz de inibir os efeitos nocivos dos receptores e, com isso, restabelecer a migração de neutrófilos para a inflamação.
"Essa citocina não tem nenhuma capacidade microbicida, ela simplesmente fortalece o sistema imune para que ele próprio consiga controlar a infecção", disse o pesquisador.
Na prática
Os testes foram feitos com camundongos e amostras de pacientes com sepse, e, segundo Alves Filho, os resultados foram positivos nos dois casos.
Com os camundongos, a proporção de animais com sepse que morriam caiu de 80% para 20% após o tratamento com a citocina IL-33.
Agora, o grupo iniciará duas novas frentes de trabalho. Uma delas, em Glasgow, para prosseguir com os testes sobre a possibilidade de uso da citocina de forma farmacológica.
A outra frente deve prosseguir no Brasil, em busca de uma droga que tenha poderes semelhantes aos encontrados pelos pesquisadores.
Segundo Fernando Cunha, do Departamento de Farmacologia da USP de Ribeirão, a droga seria mais viável por envolver menos custo do que o processamento da citocina.
Cunha disse que a produção de uma droga leva, em média, de cinco a dez anos até que se encontre a substância ideal. "Os dados da pesquisa ainda são experimentais, mas a grande vantagem é que nós já conseguimos demonstrar que o que ocorre no camundongo ocorre também no paciente. É uma importante etapa já cumprida." 

sábado, 29 de maio de 2010

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Sexo masculino mais vulnerável ao câncer de fígado.


Considerado o quinto tumor mais freqüente, o câncer de fígado representa a terceira causa de morte por esta doença no mundo. O bicampeão mundial de futebol Waldir Pereira (Didi), o "Mr. football", que jogava pelo Botafogo, faleceu em 2001 em consequência da doença. Entre seus fatores de risco encontram-se a cirrose e o vírus da hepatite B.

Os homens doentes com o vírus de hepatite B estão mais expostos ao câncer de fígado devido aos receptores de andrógenos, o hormônio masculino.

Um recente estudo publicado na revista Science Translational Medicine demonstra como o DNA do vírus que causa esta doença hepática contém uma sequência com afinidade aos receptores de andrógenos.

Em ensaios prévios da farmacologia experimental, cientistas da Universidade Cheng Kung de Taiwan, líderes da pesquisa, comprovaram que ao atacar esses receptores hormonais se conseguia deter o crescimento do tumor no fígado, sem seqüelas de outro tipo para o organismo dos animais.

O aumento de células malignas nesse órgão surge depois de uma inflamação crônica, explicaram.

Após a infecção pelo vírus a resposta inflamatória do órgão provoca dano nos hepatócitos, o que leva aos primeiros passos da doença do câncer.

Pela primeira vez observou-se diretamente que os receptores de andrógenos intervêm na gênese do câncer induzida pelo vírus da hepatite B, doença que favorece o incremento das células malignas do fígado e seu desenvolvimento.

Terapias dirigidas a inibir os receptores de andrógenos poderiam desenvolver-se no futuro e não a supressão androgênica como se faz em casos de câncer de próstata, o que implica em efeitos colaterais para o homem.
http://www.prensa-latina.cu
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Anvisa alerta para cuidados na hora de comprar medicamentos

thaislinda A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulga em sua página na internet uma série de cuidados que devem ser tomados na hora de comprar medicamentos. A automedicação e o uso inadequado de certas substâncias podem gerar graves complicações para a saúde. Por isso, é bom ficar atento e seguir as regras definidas pela Agência.

CUIDADOS AO COMPRAR MEDICAMENTOS

Para evitar a compra de medicamentos falsificados, alguns cuidados devem ser tomados:
Só tome medicamentos por receita do seu médico
Nada de seguir conselhos de vizinhos, de pessoas da família ou de balconistas de farmácia ou drogaria. Você pode ter surpresas com doses erradas, efeitos imprevistos ou até agravar uma doença por tomar um medicamento errado e sem efeito.
Nunca compre medicamentos em feiras e camelôs
Só compre medicamentos em farmácias e drogarias, de preferência aquelas que você já conhece. Muita atenção com promoções e liquidações: preços muito baixos podem indicar que o medicamento tem origem duvidosa, nenhuma garantia de qualidade ou até mesmo pode ser produto roubado.
Exija sempre a nota fiscal da farmácia ou drogaria.
Guarde com você a nota fiscal, a embalagem e a cartela ou frasco do medicamento que está sendo usado. Eles são seu comprovante, em caso de irregularidade, para você poder dar queixa.
Se o medicamento deixar de fazer efeito, procure imediatamente seu médico
Se o medicamento que sempre foi eficaz deixar de fazer efeito de repente ou se a pessoa que está usando o medicamento piorar, recorra ao médico. Ele vai corrigir o tratamento da doença e, se for o caso, passar o assunto para a Vigilância Sanitária investigar.
Na hora da compra, verifique sempre na embalagem do medicamento:
Se consta a data de validade do medicamento. Se o nome do medicamento está bem impresso e pode ser lido facilmente. Se não há rasgos, rasuras ou alguma informação que tenha sido apagada ou raspada.   

Se consta o nome do farmacêutico responsável pela fabricação e o número de sua inscrição no Conselho Regional de Farmácia. O registro do farmacêutico responsável deve ser do mesmo Estado em que a fábrica do medicamento está instalada.· Se consta o número do registro do medicamento no Ministério da Saúde. · Se o número do lote, que vem impresso na parte de fora, é igual ao que vem impresso no frasco ou na cartela interna.  

Não compre medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que se soltam facilmente ou estejam apagados e borrados.
Se você costuma usar um medicamento e já o conhece bem, ao comprar uma nova caixa não deixe de verificar:
Se a embalagem que você está acostumado a ver mudou de cor, de formato ou se o tamanho das letras no nome do produto foi alterado;
Se o sabor, a cor ou a forma do produto mudou.
Soros e xaropes devem vir com lacre.
- Isso é obrigatório para todos os medicamentos líquidos. A bula não pode ser uma cópia xerox.
- Se a bula do medicamento não for original, não aceite o produto.   
Peça ajuda ao farmacêutico
Peça ajuda ao farmacêutico responsável pela farmácia ou drogaria para identificar os dados do medicamento (validade, etc). É possível que você tenha dificuldades, porque a posição das informações (validade, lote etc.) na embalagem varia, de um produto para outro: às vezes na tampa, às vezes no fundo ou na lateral das caixas. Verifique se o profissional que está lhe atendendo é o farmacêutico. O nome dele deve estar escrito em uma placa pregada em local visível na farmácia ou drogaria. Este profissional deve identificar-se.

Caso vá aplicar uma injeção na própria farmácia ou drogaria, compre primeiro a medicação e verifique tudo o que foi dito acima. Só depois disso peça para fazer sua aplicação, que deve ser supervisionada pelo farmacêutico.
Em caso de suspeita ou diferença encontrada, faça o seguinte:
- Entre em contato com a Secretaria de Saúde local - Centro de Vigilância Sanitária e conte o que aconteceu;
- Ligue para o serviço de atendimento ao cliente do laboratório que fabrica o medicamento suspeito.
Fonte: Anvisa

terça-feira, 25 de maio de 2010

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Novo método promete detecção precoce de câncer de ovário


Um novo método de detecção precoce do câncer de ovário em mulheres na menopausa, que têm um risco médio de desenvolver a doença, se mostrou promissor, segundo um estudo clínico cujos resultados foram divulgados nesta quinta-feira.

A estratégia é baseada em um modelo matemático chamado ROCA (Risk of Ovarian Cancer Algorithm), que integra a evolução dos resultados das análises de sangue da CA-125 (proteína cuja taxa aumenta com a presença de câncer de ovário) a idade da paciente, a ecografia transvaginal e o exame do especialista.

"Mais de 70% dos casos de câncer no ovário são diagnosticados em estado avançado, o que faz de um método de detecção eficaz no início da doença uma espécie de Graal", explicou a doutora Karen Lu, professora do centro de câncer Anderson, da Universidade do Texas.

A doutora Lu apresentou o estudo em teleconferência organizada pela American Society of Clinical Oncology (ASCO). "Se os resultados forem confirmados em estudos mais amplos, este novo método de detecção pode se converter em uma ferramenta relativamente barata e útil para detectar câncer de ovário nas primeiras fases de desenvolvimento, quando a cura ainda é possível, mesmo com os mais agressivos".

O estudo envolveu 3.238 mulheres na menopausa, com entre 50 e 75 anos, sem antecedentes familiares particulares de câncer de ovário ou de mama. O grupo foi analisado durante oito anos.

Com base no teste ROCA, 99,7% dos tumores foram detectados nas primeiras fases, o que também permitiu identificar uma taxa muito baixa de falsos alertas. Um estudo com 200 mil mulheres para avaliar o ROCA está atualmente em curso na Grã-Bretanha e deve ser concluído em 2015

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Cientistas podem ter descoberto uma maneira de dizer quais fumantes desenvolverão câncer de pulmão.
Cientistas podem ter descoberto uma maneira de dizer quais fumantes  têm maiores riscos de desenvolver câncer de pulmão: medir uma mudança genética dentro de suas traquéias.
Um teste baseado na pesquisa está sendo desenvolvido na esperança de detectar este câncer letal mais cedo, quando ainda é mais tratável.

Se o trabalho der certo, a próxima grande pergunta é: será possível reverter essa reação em cadeia genética antes que ela termine em um câncer? Os pesquisadores descobriram algumas pistas entre as pessoas que receberam uma droga experimental. 
"Elas apontam para o câncer de pulmão, e podemos identificá-las com este teste genômico”, disse o Dr. Avrum Spira, da Escola de medicina da Universidade de Boston, que liderou o estudo publicado no início do mês na Science Translational Medicine.
Câncer de pulmão – que matou cerca de 160 mil americanos no ano passado – é o câncer mais letal, e fumar cigarros é, de longe, sua principal causa. Ainda assim, nem todos os fumantes desenvolvem câncer de pulmão; Spira estima que 10% a 20% irão.
O risco depende, em parte, do quanto as pessoas fumam, por quanto tempo e há quanto elas pararam – mas não há forma de prever quem escapará. Também não existe uma maneira de detectar tumores em estágio inicial. Conseqüentemente, a maioria das pessoas é diagnosticada tarde demais para que os tratamentos atuais façam efeito.
"Mesmo para aqueles que pararam de fumar, há um risco significativo de câncer, e seria bom identificar quais pacientes têm realmente risco”, disse o especialista em câncer de pulmão Dr. Neal Ready, da Universidade Duke, que não estava envolvido na pesquisa, mas a achou interessante.
"Ter algum tipo de teste molecular que identifique esses pacientes seria muito útil”, ele disse, porque eles poderiam receber monitoramento de perto com equipamentos que não são indicados a todo mundo.
Ao invés de focar no pulmão em si, a equipe de Spira teve uma abordagem diferente. Fumar enche todo o sistema respiratório de toxinas. Então ele caçou os primeiros sinais de possível câncer em diferentes genes, e notou como eles são ligados e desligados nos canais com a passagem do ar enquanto o corpo tenta se defender – e as defesas enfraquecem com o tempo.
Abril
 

domingo, 23 de maio de 2010

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Relação entre substância química e câncer é subestimada.


A influência de substâncias químicas presentes na comida, na água e no ar no desenvolvimento de câncer é subestimada e, embora seja possível preveni-la, pouco tem sido feito a respeito.
O alerta está em um relatório divulgado na semana passada nos Estados Unidos. De acordo com especialistas, a situação no Brasil pode ser ainda pior. "Somente algumas centenas das mais de 80 mil substâncias químicas usadas nos Estados Unidos passaram por testes de segurança. Não há regulamentação para muitos produtos sabidamente carcinogênicos ou para substâncias suspeitas de causar câncer", diz o relatório do Conselho de Câncer do Presidente. O órgão é composto de especialistas responsáveis por acompanhar os programas americanos para o controle da doença.
O documento aponta como causa leis fracas, autoridade fragmentada em agências reguladoras e falta de investimento em pesquisa. Culpa ainda o conceito de que os produtos químicos são seguros, a menos que fortes evidências provem o contrário. "Há substâncias, como alguns agrotóxicos, contra as quais ainda não há evidências suficientes para se classificar como carcinogênico. Mas são consideradas prováveis causadoras de câncer e isso deveria ser o bastante para evitar o uso e buscar alternativas", afirma Ubirani Otero, coordenadora da Área de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente do Inca.
Segundo Ubirani, o quadro brasileiro é ainda mais preocupante que o americano. "Por ser um País em desenvolvimento, abriga tecnologias e substâncias que já foram banidas em outros países", diz ela, citando como exemplo as indústrias que utilizam amianto, sílica e benzeno. "Por causa de uma legislação falha, há empresas que fecham e abandonam seu lixo tóxico sem cuidado. Em outros países isso seria um crime grave." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 22 de maio de 2010

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The Buest Blues - Alvin Lee & Ten Years After

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Mulheres temem mais as rugas do que o câncer


Pesquisa revela que a prática do bronzeamento artificial não desperta o medo do câncer de pele; elas estão mais preocupadas com as rugas.

Mulheres que costumam fazer bronzeamento artificial não temem os riscos de câncer de pele associados a esta prática, mas se preocupam com as rugas que podem surgir em longo prazo, segundo pesquisa publicada esta semana na revista Archives of Dermatology. De acordo com os especialistas, essas descobertas podem oferecer uma nova abordagem para reduzir o uso das câmaras de bronzeamento artificial - que são classificadas pela OMS como “potencialmente carcinogênicas para humanos” -, alertando as usuárias sobre os efeitos negativos da prática na aparência.

O estudo envolveu 435 universitárias com idades entre 18 e 22 anos, mas os pesquisadores focaram naquelas que iam aos salões de bronzeamento até quatro vezes por semana. Entre essas mulheres, algumas diziam não gostar da cor da própria pele - transtorno conhecido como dismorfia -, enquanto as outras relatavam se sentirem mais felizes e relaxadas com o bronzeamento - condição chamada de doença afetiva sazonal. Ao submeterem as participantes à leitura de um livreto que explicava como os raios ultravioleta destruíam o colágeno e que oferecia opções alternativas para essas mulheres, como prática de exercícios e aplicação sprays e cremes de bronzeamento, os pesquisadores notaram redução de 35% nas visitas a casas de bronzeamento.

“Elas não estão preocupadas com o câncer de pele, mas em ter rugas e não serem atraentes”, destacou a pesquisadora June Robinson. Por isso, a especialista recomenda que pais e médicos usem o apelo à estética, e não ao câncer de pele, para tentar reduzir o uso do bronzeamento artificial. “A intervenção foi bem persuasiva para pessoas com doença afetiva sazonal e para aquelas que não gostavam da cor da pele. Isso significa que é uma intervenção muito boa para todos”, concluiu.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

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Fármaco da Roche para manutenção do linfoma com resultados positivos


A Roche e a Biogen Idec apresentaram na quinta-feira dados de um ensaio de fase final que demonstram que o uso do Rituxan® (rituximab) como tratamento de manutenção em doentes com linfoma folicular avançado duplicou a probabilidade de sobrevida livre de progressão, em comparação com os doentes que interromperam o tratamento, noticia o site FirstWord, citado pelo POP - Portal de Oncologia Português.

Comentando estes resultados, o principal investigador Gilles Salles disse que "estes dados trazem esperança no tratamento do linfoma folicular,” acrescentando que o uso do Rituxan® como terapia de manutenção "é susceptível de se tornar num novo padrão de tratamento para estes doentes".

No estudo randomizado PRIMA, 1018 doentes sem tratamento prévio, que responderam ao tratamento inicial com o Rituxan® mais quimioterapia, continuaram o tratamento com o Rituxan® em monoterapia por dois anos ou pararam o tratamento. Após um acompanhamento médio de 25 meses, os dados mostram que a progressão da doença ocorreu em 18% dos doentes que continuaram a receber o Rituxan®, comparando com 34% dos doentes que não receberam nenhum tratamento.

A Roche revelou que apresentou recentemente um pedido de extensão da autorização de comercialização do Rituxan® à EMA (Agência Europeia do Medicamento) e à FDA (Food & Drug Administration), com base nos dados do estudo PRIMA.

Analistas do Citigroup estimam que cerca de 70% dos doentes nos EUA já usam o fármaco como terapia de manutenção, em comparação com 10 a 15% na Europa e nos mercados emergentes.
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Em livro, Patrícia Pillar, Raul Cortez e Giba contam como lutaram contra o câncer.

LIVRO-Sem-Medo-de-Saber- O livro "Sem medo de saber - a importância do diagnóstico precoce do câncer" (Sextante, 271 páginas), de llan Gorin, reúne 40 depoimentos de artistas como Patrícia Pillar, Raul Cortez e do jogador de vôlei Giba (teve leucemia quando bebê). Em comum, todos viveram de perto o drama do câncer, seja na condição de doente, parente ou cônjuge. Num país onde é preciso esperar meses para marcar uma simples consulta no Sistema Único de Saúde (SUS), o livro defende a realização periódica de exames preventivos na população assintomática.

Logo na introdução, Ilan, o autor, conta como o pai, Nelson, teve uma sobrevida de quase quatro anos, após o diagnóstico tardio de um câncer de pulmão. Naquela época, a preocupação da família girava em torno das pontes de safena no coração de Nelson, um fumante inveterado dos 13 aos 40 anos. Com a mesma determinação que mais tarde levou-o a escrever o livro, Ilan tentou convencer o pai a largar o cigarro. Num ato extremo, começou a fumar, alimentando a crença infantil de que o pai, por amor ao filho, deixaria o vício. Nelson seguiu fumando e Ilan também. "Só parei de fumar quando descobri, chocado, que meu pai estava com câncer de pulmão. Antes disso, passei uns dois anos fumando."

Ao descobrirem o câncer, logo os médicos deixaram claro que não havia chance de cura. Apenas a possibilidade de retardar o avanço da doença através da quimioterapia. Desesperado, o tributarista decidiu publicar um anúncio nos principais jornais dos países mais industrializados do mundo - Estados Unidos, França, Japão, Reino Unido e Alemanha -, incitando-os a investir mais recursos na busca de uma cura. Ele revela que o publicitário Washington Olivetto, que perdera o pai também de câncer, engajou-se no projeto. Mas Nelson Gorin abortou a iniciativa, temendo a exposição. Os anúncios ficaram na gaveta. Estava lançada a semente do livro.

Daí em diante, Ilan mergulhou no assunto. Além dos depoimentos, o livro traz informações sobre o Centro Nacional de Câncer do Japão, instituto que pratica o diagnóstico precoce. Segundo Ilan, 4,95% de pessoas assintomáticas têm a doença detectada em estágios iniciais, em países como Japão, Coréia do Sul e Taiwan, o que se mostra fundamental para a cura.

Num país onde é preciso esperar meses para marcar uma simples consulta no Sistema Único de Saúde (SUS), ele defende a realização periódica de exames preventivos na população assintomática. Sabe que isso é ficção para a maioria dos brasileiros, mesmo para quem tem plano de saúde. O tributarista não dá o braço a torcer: "Outra coisa que me disseram muito foi que este seria um livro elitista, principalmente pelos exames caros que recomendamos aqui. Como se a classe média ou alta devesse ser privada destas informações, em respeito a quem não vai poder ter acesso a estas tecnologias de exames. Como se não fosse obrigação do governo proteger a saúde da população, e como se os planos de saúde não pudessem concluir no futuro que a prevenção é mais viável economicamente".

Para Ilan, o que importa é vencer a doença: "Que de alguma forma a perda de meu pai não tenha sido em vão", conclui.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

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Tratamento personalizado para câncer .


Centenas de sequências genômicas de cânceres de diferentes pessoas serão publicadas este ano. Nos próximos anos, serão milhares. A produção de tamanha base de dados, resultado de trabalhos coordenados pelo Consórcio Internacional do Genoma do Câncer (ICGC, na sigla em inglês), é considerada um marco na pesquisa da doença.  
Em artigo publicado na edição desta quinta-feira (15/4) da revista Nature, os mais de 200 integrantes descrevem objetivos, metas e conquistas obtidas pelo consórcio lançado há um ano por cientistas de instituições de dez países.
O objetivo principal do ICGC é catalogar 50 dos mais comuns tipos e subtipos de câncer em adultos e crianças. Entretanto, como os participantes destacam no artigo, a dimensão do projeto, somada à necessidade de dados padronizados e de alta qualidade, torna a tarefa um grande desafio.
Os membros do consórcio coordenarão esforços de pesquisa e padronizarão conjuntos de dados e formas de apresentações dessas informações em diferentes estudos. Os participantes destacam a importância de abordar o “balanço delicado entre proteger os dados pessoais dos participantes e compartilhar esses dados de modo que a pesquisa do câncer possa avançar”.
Os 50 tipos de câncer resultarão em cerca de 2,5 mil genomas diferentes – 500 para cada um. As sequências estarão disponíveis livremente na internet.
“Dado o enorme potencial do sequenciamento genômico em revelar informações clinicamente úteis, com custo relativamente baixo, antecipamos que, no futuro não tão distante, genomas parciais ou completos de cânceres serão rotineiramente sequenciados como parte da avaliação clínica dos pacientes”, destacaram os autores.
Ou seja, em alguns anos o paciente poderá ter um tratamento totalmente personalisado, baseado nas informações obtidas do sequenciamento de seu tumor.
A estimativa pode ser até considerada conservadora, dado a velocidade do progresso em estudos genômicos nas duas últimas décadas. O primeiro projeto do genoma humano, que sequenciou meia dúzia de pessoas, custou US$ 1,5 bilhão e levou 15 anos. Hoje, a mesma quantidade de dados pode ser processada em uma semana, por uma fração do valor dispendido originalmente.
“Estamos vivendo uma revolução na maneira com que fazemos pesquisa sobre o câncer. No passado, o desafio era gerar informações. Hoje, os desafios são administrar o volume de dados gerados e encontrar maneiras de interpretá-los, testá-los e aplicá-los de modo adequado”, disse Andrew Biankin, do Instituto Garvan de Pesquisa Médica, na Austrália, um dos pesquisadores do ICGC.
“O consórcio está fornecendo à comunidade científica mundial a melhor ferramenta de pesquisa possível, que permite saber como selecionar o estudo clínico adequado para cada estudo. Sequências genômicas completas permitem que identifiquemos as aberrações moleculares exatas de cada tumor. Entender as aberrações permite que possamos atingi-las com as drogas certas”, disse Biankin.
Segundo o cientista, atualmente, quando se trata um câncer, os médicos prescrevem a seus pacientes os medicamentos que têm mais chances de funcionar. Mas o conhecimento atual é limitado. Uma droga pode não funcionar para uma pessoa, mesmo que atue com sucesso na maioria das outras.
“Se a droga falhar, passamos para o tratamento de segunda linha, terceira e assim por diante. No momento em que chegarmos a um tratamento que realmente funcione, o câncer poderá estar muito avançado. Em caso de câncer pancreático, por exemplo, o paciente provavelmente estará morto”, afirmou Biankin.
“Os bancos de dados do consórcio, baseados na internet, ajudarão a tratar cânceres com tratamentos específicos. Além disso, as informações nos auxiliarão a entender por que alguns tratamentos funcionam e outros não. Também poderemos desenvolver drogas mais eficientes”, disse.
O artigo International network of cancer genome projects (vol. 464 | 15 de abril de 2010 | doi:10.1038/nature08987), do Consórcio Internacional do Genoma do Câncer, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.  
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 Cientistas fazem mapeamento do genoma do câncer de pele e pulmão

Pesquisadores do Projeto Genoma do Câncer do Instituto Wellcome Trust Sanger, no Reino Unido, completaram o sequenciamento dos genomas de dois tipos de câncer: o melanoma maligno (pele) e pulmão (carcinoma). 

Os resultados revelam que o sol e o cigarro deixam verdadeiras “marcas registradas” no DNA das pessoas. As duas doenças matam quase 250 mil por ano em todo mundo.

Um tumor se desenvolve quando uma célula normal de DNA é danificada, desencadeando a multiplicação descontrolada de células. Ao sequenciar e catalogar estas mutações de um tipo específico de tumor de vários indivíduos, cientistas esperam identificar os genes que são mais suscetíveis ao dano, compreendendo os processos de reparo do DNA e, consequentemente, desenvolvendo drogas mais potentes contra o câncer.

Uma mutação a cada 15 cigarros

Peter Campbell, hematologista e especialista em genomas do câncer Instituto Sanger afirma que o número de mutações genéticas identificadas – 33.345 no melanoma e 22.910 no câncer de pulmão – é notável. Estas mutações não estão distribuídas uniformemente pelo genoma; muitas estavam fora das regiões de codificação, o que sugere que as células reparam danos em algumas regiões-chaves do DNA.

Os resultados podem ajudar a solucionar a perguntas sobre se os agentes cancerígenos causam a maioria das mutações diretamente ou se o câncer, em si, desequilibra as funções de reparo do DNA. Além disso, a evidência é de que a cada 15 cigarros fumados, uma mutação no DNA aconteça.  Alguns danos serão reparados, outros não.  Por este motivo, ele diz que cada maço de cigarros é um jogo de roleta-russa.
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