quinta-feira, 8 de abril de 2010

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Entrega da Ponte sobre o Rio Negro é adiada para outubro de 2010

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Ela poderá ser vista a 30 quilômetros de distância e vai facilitar o escoamento das produções do interior do Estado para a capital, que é o maior centro consumidor. Volume de concreto equivale a dois Maracanãs.

O novo prazo (inicialmente previsto para o mês de março) de entrega da Ponte Sobre o Rio Negro, que ligará Manaus ao município de Iranduba, é outubro de 2010. Pesquisas geológicas mostraram que novas tecnologias e equipamentos terão que ser utilizados para fixar o concreto na rocha abaixo do leito do rio, o que também implicará em novos custos que ainda estão sendo discutidos entre o governo e o Consórcio Rio Negro - formado pelas construtoras Camargo Corrêa e Construbase -, que executa a obra.

As enchentes do rio Negro em 2009 – as maiores já registradas desde 1953 -, também atrapalharam o cronograma. A construção agora está recebendo o apoio de balsas que se transformam em canteiros de obra, cujo orçamento e do anel rodoviário em seu entorno é de R$ 574 milhões. Apesar de contar com financiamento do BNDES, ela não faz parte do rol de construções do PAC.

Principal projeto entre os que integram as frentes de intervenção da chamada Região Metropolitana de Manaus, a ponte sobre o Rio Negro fará a ligação entre a Ponta do Ouvidor, no bairro da Compensa, em Manaus, e a Ponta do Pepeta, em Iranduba. Com mais de 3.600 metros de extensão, ela se constituirá na maior ponte fluvial do Brasil e na segunda maior do mundo - perdendo apenas para a de Ciudad Bolivar, sobre o rio Orinoco, na Venezuela. Seu projeto de construção tem dois trechos convencionais e dois estaiados, ou seja, suspensos por cabos ou estais, localizados na parte central do rio, sustentados por uma torre em forma de diamante.
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Em conjunto com o gasoduto Coari/Manaus, a ponte dará a esses municípios uma nova dinâmica econômica, barateando o escoamento da produção agrícola, fazendo a integração regional e, ainda, incrementando o turismo e o desenvolvimento urbano. Com isso, milhares de amazonenses serão beneficiados e não só os municípios que fazem parte aqui do outro lado do Rio Negro, como também os municípios do Baixo e Alto Solimões, totalizando mais de trinta cidades e povoados.

Atualmente, a travessia do rio Negro é feita por balsas que levam até 40 minutos para cruzar de uma margem a outra. Com a ponte, o trajeto levará menos de 10 minutos. A projeção é que a construção receba um fluxo semanal próximo dos 15 mil veículos. No entanto, como a ponte foi planejada para suportar o crescimento da região até 2060, seu projeto pode receber o dobro do fluxo de veículos esperado em sua inauguração.

A construção da ponte é hoje o empreendimento que mais emprega mão de obra em Manaus. São mais de 3.300 trabalhadores diretos e 8 mil indiretos.
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