sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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Microondas para criar imagens de medicina e tratar câncer por hipertermia

Tomógrafo experimental de microondas.
Uma equipe de pesquisadores da Chalmers University of Technology desenvolveu novas técnicas de diagnóstico e tratamento do câncer com a ajuda de microondas, o que poderá vir a desempenhar um papel pioneiro na batalha contra o câncer. Estas técnicas podem salvar muitas vidas e são potencialmente mais eficazes, menos invasivas e mais simples do que as alternativas disponíveis atualmente. Estudos clínicos demonstraram que o tratamento com radioterapia convencional e quimioterapia em combinação com a hipertermia pode dobrar a capacidade a longo prazo para curar certas formas de câncer, como o de colo uterino e o sarcoma de tecido mole.

A equipe de Chalmers espera ser capaz de testar duas técnicas diferentes em pacientes dentro dos próximos seis meses. Um dos métodos é uma alternativa à mamografia atual, ou seja, utilizando raios-X para detectar câncer de mama. O outro método visa tratar tumores na cabeça e pescoço por aquecimento das células cancerosas, uma técnica chamada hipertermia.

As microondas podem ser usadas para criar imagens médicas - uma nova técnica conhecida como tomografia por microondas. Andreas Fhager, professor associado da Biomédica Eletromagnetismo, desenvolveu um sistema para detectar o câncer de mama com a nova técnica. Ele ressalta que o método tem várias vantagens sobre mamografia tradicional.

"Nós podemos obter imagens tridimensionais mostrando um contraste significativamente melhor entre os tecidos saudáveis ​​e as células malignas, em comparação com os raios-X usados atualmente no mamógrafo. Isso torna mais fácil detectar tumores muito pequenos, mesmo que eventualmente possam estar obscurecidos por tecidos saudáveis, criando assim as condições necessárias para um diagnóstico muito mais confiável."

Ao contrário dos raios-X, a técnica também emite doses desprezíveis de radiação não-ionizante - menos de um centésimo da radiação a que se está exposto ao falar ao telefone celular. Além disso ela é consideravelmente mais confortável para o paciente do que a mamografia e também muito menos dispendiosa, não só porque o equipamento de microondas não é tão caro, mas também porque as imagens mais claras tornam a interpretação mais fácil para os médicos.

Estudos clínicos demonstraram que o tratamento com radioterapia convencional e quimioterapia em combinação com a hipertermia pode dobrar a eficiência a longo prazo para curar certas formas de câncer, como o de colo uterino e o sarcoma de tecido mole.

"Estamos agora desenvolvendo um sistema de hipertermia novo, que pode atingir tumores profundos na cabeça e pescoço com alta precisão", diz Hana Dobšíček Trefná, PhD em Engenharia Biomédica. "Desta forma, as temperaturas mais elevadas poderão atingir o tumor sem afetar o tecido saudável ao redor."

Traduzido e condensado de ScienseDaily pelo autor do blog. Leia release original aqui.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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Radiocirurgia de alta precisão: tecnologia enfim disponível no SUS (nem tanto) trata câncer com radiação e sem cortes.

O procedimento nem é tão novo, mas é quase milagroso e passa a ser aos poucos acessível pelo SUS. A denominação técnica é “radioterapia estereotáxica extra-crânio” (SDRT, na sigla em inglês). Feixes finos e precisos de radiação elevada provocam a necrose das células tumorais. Três sessões de pouco mais de uma hora, aplicadas com intervalos de dois dias, são suficientes para destruir o câncer de pulmão, a neoplasia que mais mata no Brasil e no mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O Hospital Israelita Albert Einstein também começou a aplicar a radiocirurgia contra tumores de pulmão, mas ainda não existe uma tabela de valores, segundo o radio-oncologista Eduardo Weltman. O Hospital do Câncer de Barretos passou a realizar o procedimento contra o câncer cerebral, disponível aos pacientes do SUS apenas em poucos centros médicos do País. “É uma tecnologia que existe há anos, mas como fácil acesso ao paciente do SUS podemos dizer que é inovador”, afirma o coordenador de radiologia Hospital de Câncer Barretos, Marcos Duarte de Mattos.

Eliminar tumores de pulmão sem nenhum corte ou dor para o paciente já virou realidade no Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). A tecnologia, inédita no Sistema Único de Saúde (SUS), foi testada com sucesso ao longo deste ano em sete pessoas e, agora, é aplicada em indivíduos com contraindicação para a cirurgia tradicional, considerada um procedimento delicado, de recuperação dolorosa.

As sessões de radiocirurgia não provocam dor e o paciente pode sair direto para suas atividades cotidianas. Por enquanto, a técnica só é indicada para pacientes que não têm condições de passar por uma cirurgia tradicional, de acordo com o protocolo adotado internacionalmente para esse tipo de tratamento. Além disso, o tumor deve ter até 5 centímetros de diâmetro e estar afastado de regiões vitais, como o coração.

Enquanto a radioterapia convencional fraciona a radiação e oferece um tempo para o tecido saudável se recuperar, a nova técnica extermina o tecido atingido. “É como se fosse um tiro de bazuca no tumor”, diz o médico Rafael Gadia, radioterapeuta do Icesp. Daí a importância de que o tiro seja certeiro, o que só é possível graças às novas tecnologias. Uma desvantagem apontada pelo profissional é a impossibilidade de fazer uma análise detalhada sobre o tumor, já que suas células são completamente destruídas.

Os médicos de Barretos esperam tratar ate três pacientes por dia. Dezessete profissionais, entre médicos e físicos, participaram da primeira radiocirurgia na cidade, realizada no último dia 13, incluindo dois especialistas do hospital Albert Einstein.

A radiocirurgia não elimina a necessidade de quimioterapia e a radioterapia, mas apresenta as vantagens de não ser invasiva, ou seja, o paciente não sofre cortes nem incisões, e de conseguir chegar a áreas de difícil acesso, que seriam muito mais arriscadas em uma cirurgia convencional.

“É um procedimento com custo, riscos e incômodos menores para o paciente”, afirma o médico Eduardo Weltman, presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia.
Fontes: aqui, e aqui. Editorial pelo autor do blog e ilustrações do googleimages.

sábado, 22 de outubro de 2011

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Jobs só aceitou fazer cirurgia quando era tarde demais, diz biógrafo

Steve Jobs só aceitou fazer uma cirurgia que poderia salvar sua vida quando era tarde demais, disse seu biógrafo Walter Isaacson, em uma entrevista ao programa “60 Minutes”, da rede norte-americana CBS.

Segundo Isaacson, Jobs tinha um tipo raro, porém curável, de câncer pancreático e precisava fazer uma cirurgia. “Eles ficaram felizes quando viram a biópsia. Era um tipo pancreático de câncer que cresce devagar e pode ser curado”, disse, na entrevista.

Mas Jobs não quis fazer a operação imediatamente. “Ele tentou tratar o câncer com uma mudança de dieta, ele foi a espiritualistas”, diz Isaacson. “Ele me disse que não queria que seu corpo fosse aberto, não queria ser violado daquela maneira.”

Ainda de acordo com Isaacson, aos poucos, todos ao redor dele lhe disseram que ele deveria fazer a cirurgia. “Ele fez a cirurgia nove meses depois e, quando operaram, viram que o câncer já havia se espalhado pelos tecidos ao redor do pâncreas.”
 
“Como pode um homem tão inteligente fazer algo assim?”, questiona o jornalista da CBS. “Eu acho que ele sentiu que, se ignorasse aquilo, ia conseguir fazer aquilo desaparecer de algum jeito.”
Fonte aqui

sábado, 15 de outubro de 2011

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De Manaus a Belém pelo Rio Amazonas em imagens (Cont.)

Depois de Santarém, inicio da travessia do "Estreito Breves"

"Esse Rio é minha rua..."
Dá para chamar isso de "estreito"?
N/M Santarém no trapiche da cidade de Breves. Eu estou sentado dentro do pneu.
Frente da cidade de Breves, onde compramos camarão e açaí.
Mais um por-do Sol e finalmente...
...Belém, com sua silhueta imersa na fumaça das queimadas criminosas de verão.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

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De Manaus a Belém pelo Rio Amazonas em imagens

Porto de Manaus no dia da partida, 28/09/2011


Os passageiros se aglomeram no convés do N/M Santarém para ver a cidade se distanciando na hora da largada, no por-do-Sol.

Quando o Sol se põe nas margens do Rio Amazonas o espetáculo é sempre grandioso e sublime.
O céu se transfigura segundo a segundo, mudando os tons da paleta de cores, enquanto o Astro-rei mergulha por trás das margens distantes. Tudo é grandioso, o rio, o espetáculo. O tempo tem outro sentido.
Venda de queijo de leite de búfala, no Porto da cidade de Almeirim.
O caboclo é o verdadeiro herói da ocupação desse imenso vazio demográfico que é a Amazônia, o verdadeiro Minossauro, o homem-peixe, na trilogia do escritor paraense Benedito Nunes.
Aqui, muitas vezes a água se confunde com a terra, e o caboclo vive em harmonia com todos os elementos da Naturaza.
Em Santarém/PA, a cidade banhada pelo rio Tapajós, de águas verdes, o reencontro com velhos e bons amigos...
... e também com algumas iguarias da culinária paraense, depois de passar dois dias comendo apenas o que havíamos levado como provisões. O cheiro da comida e a aparência da cozinha de bordo não eram muito...digamos...estimulantes. (Continua no Próximo post).