sábado, 24 de setembro de 2011

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Livro: Metafísica da Saude

É hora de pararmos para nos perguntar o porquê de um organismo que sempre foi capaz de se adaptar e de se defender preservando a saúde, acabar ficando doente assim, de uma hora para outra. Ou, ainda, por que desenvolvemos um tipo de doença em um determinado local do corpo e não em outro? A Metafísica moderna tem investigado e encontrado dramáticas e surpreendentes leis que nos revelam como funcionamos. Esta obra traz uma nova visão de vida e ensina a compreender os sinais de seu corpo muito antes que a doença chegue.

Segundo os autores, o parapsicólogo Luiz Gasparetto e o terapeuta holístico Valcapelli, este é um livro que ajudará a entender os processos emocionais que provocam desarmonia interior e física. Numa linguagem de fácil entendimento, você será apresentado aos padrões de comportamento e de atitudes mentais que interferem no funcionamento do corpo.

A obra, dividida em três volumes, pretende conscientizar o leitor da importância de se manter uma boa condição interna para conquistar ou preservar a saúde e o bem-estar. A leitura possibilitará uma espécie de viagem metafísica pelo corpo, onde se poderá rever os valores e reformular os comportamentos nocivos. No primeiro volume, a viagem interior inicia-se pelo desenvolvimento da consciência de que “você é a causa de tudo” o que existe ao seu redor, bem como daquilo que acontece no seu corpo.

Em seguida se passa pelo sistema respiratório, onde podemos compreender as posturas saudáveis para as vias respiratórias e pulmonares, bem como as atitudes nocivas que provocam as principais doenças. Por fim, no sistema digestivo, a maneira como encaramos e elaboramos os episódios da vida. As causas metafísicas das principais doenças gastrointestinais. O segundo volume trata dos sistemas circulatório, reprodutor e urinário e, o terceiro, os sistemas endócrino (incluindo a obesidade) e muscular.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

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Cúrcuma contra o câncer de cabeça e pescoço

A curcumina, principal componente da cúrcuma, conhecida também como turmérico, açafrão-da-índia, açafroa ou gengibre amarelo, empregada no preparo do condimento indiano curry, demonstrou ser capaz de suprimir uma via de sinalização celular que impulsiona o crescimento do câncer de cabeça e pescoço, de acordo com um estudo piloto usando saliva humana, desenvolvido por pesquisadores do Jonsson Comprehensive Cancer Center. O estudo aparece em 15 de setembro na revista Clinical Cancer Research, da Associação Americana de Pesquisa do Câncer. Encontrar maneiras de tratar melhor cânceres de cabeça e pescoço é vital para os pacientes, que muitas vezes ficam desfigurados pela cirurgia, perdendo partes da língua ou boca.

Segundo a Dra. Marilene Wang, professora de cirurgia de cabeça e pescoço e autora sênior do estudo, ficou demonstrado que a curcumina pode trabalhar na boca dos pacientes com neoplasias de cabeça e pescoço e reduzir atividades que promovam o crescimento do câncer. "E não somente afetou o câncer, inibindo um fator crítico de sinalização, mas a própria saliva, reduzindo citocinas pró-inflamatórias dentro dela."

Há muito conhecida por suas propriedades medicinais, a cúrcuma, à qual se atribuí ação anti-inflamatória, é uma especiaria que ocorre naturalmente e é amplamente utilizada na cozinha do Sul da Ásia e do Oriente Médio.

Estudos anteriores demonstraram que ela pode suprimir o crescimento de certos tumores. Na Índia, as mulheres há anos a utilizam como um agente antienvelhecimento (esfregam na pele), para tratamento de cólicas durante a menstruação e como um emplastro sobre a pele para promover a cicatrização de feridas.

Neste estudo, foram coletadas amostras de saliva de 21 pacientes com câncer de cabeça e pescoço, antes e depois de terem mastigado dois comprimidos de curcumina, totalizando 1.000 miligramas.

Em estudo de 2005, feito por Wang e sua equipe, ficou demonstrada a capacidade da curcumina, primeiro suprimindo o crescimento do câncer de cabeça e pescoço em células e, em seguida, em modelos de cobaia. Nos estudos em animais, a curcumina foi aplicada em forma de pasta diretamente sobre os tumores. Em outro estudo, em 2010, também feito em células e em modelos de ratos, os pesquisadores descobriram que a curcumina suprimia o crescimento do câncer de cabeça e pescoço através da regulação do ciclismo celular, disse o cientista Eri Srivatsan, professor adjunto de cirurgia e pesquisador que, juntamente com Wang, vem estudando a curcumina e suas propriedades anticâncer há sete anos.

Foram enviadas amostras-cegas a um laboratório independente, em Maryland, que confirmou os resultados - as citocinas pró-inflamatórias na saliva que ajudam a alimentar o câncer foram reduzidas nos pacientes que tinham mastigado a curcumina.

Os pesquisadores acreditam que a curcumina pode ser combinada com outros tratamentos, como quimioterapia e radioterapia para tratar câncer de cabeça e pescoço, e também poderá talvez ser administrada em pacientes com alto risco de desenvolver cânceres de cabeça e pescoço, como fumantes, aqueles que mascam tabaco e pessoas com o vírus HPV.

A curcumina foi bem tolerada pelos pacientes e não resultou em efeitos tóxicos. O maior problema era a boca e os dentes, que ficaram com uma cor amarelo brilhante.

Para ser eficaz no combate ao câncer, a curcumina pode ser utilizada em forma de suplemento. Apesar de ser usada na culinária, a quantidade de curcumina necessária para produzir uma resposta clínica é muito maior. Esperar um efeito positivo através da ingestão de alimentos condimentados com açafrão não é realista, disse Wang.

O próximo passo para Wang e sua equipe é tratar pacientes com curcumina por longos períodos de tempo para ver se os efeitos inibitórios podem ser aumentados. Eles planejam tratar pacientes com câncer, programados para a cirurgia, por algumas semanas antes do procedimento.

"Há potencial aqui para o desenvolvimento da curcumina como tratamento adjuvante para o câncer", disse Wang. "Não é tóxica, é bem tolerada, barata e facilmente obtida em qualquer loja de alimentos saudáveis. Embora este seja um estudo piloto promissor, é importante expandir nosso trabalho para um universo maior de pacientes, para confirmar nossos resultados."

Traduzido daqui. Ilustração do Googleimages. Editorial pelo autor do blog.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

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Exemplar: Justiça do Ceará determina que Estado forneça medicamento de alto custo a portadora de câncer de mama

O medicamento conhecido como Herceptin pode reduzir em até um terço o número de mortes por câncer de mama, caso seja administrado em pacientes que tenham sido submetidas previamente à intervenção cirúrgica e à quimioterapia, segundo estudo publicado na revista médica "The Lancet".
O trabalho comparou os resultados obtidos com 1.703 mulheres que foram submetidas ao remédio durante um ou dois anos, após terem feito os tratamentos contra o câncer de mama, com os de outras 1.698 pacientes que fizeram o mesmo procedimento inicial, mas não receberam o Herceptin.
Uma equipe de pesquisadores acompanhou as mulheres por dois anos. Ao final do período, 59 mulheres do primeiro grupo haviam morrido, contra 90 do segundo grupo, o que equivale a uma redução de 34% no índice de mortalidade.

A Justiça cearense determinou que o estado forneça o medicamento Herceptin à professora R.F.N.M., portadora de câncer de mama. A decisão foi da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará e confirmou a liminar proferida pelo Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública.

Consta nos autos que R.F.N.M., residente em Quixadá, foi diagnosticada com o tipo de câncer denominado de neoplasia maligna de mama reincidente. Embora tenha se submetido a procedimento cirúrgico no Hospital do Câncer, em Fortaleza, o médico especialista que a acompanha prescreveu o medicamento Herceptin para auxiliar o tratamento.

Por se tratar de remédio de elevado custo, a paciente alegou que não tem condições financeiras para comprá-lo. Por esse motivo, ajuizou ação ordinária, com pedido de antecipação de tutela, requerendo que o estado fornecesse gratuitamente o remédio.

Em 22 de outubro de 2010, o juiz Auxiliar Irandes Bastos Sales, respondendo pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza, concedeu liminar e determinou que o Estado fornecesse, no prazo de 48 horas, o remédio requerido, na quantidade e pelo tempo necessário ao tratamento prescrito. Em caso de descumprimento da decisão, fixou multa diária de cinco salários mínimos.

Inconformado, o Estado recorreu com o objetivo de reformar a decisão. Argumentou que a interferência do Poder Judiciário ofendeu o princípio constitucional da separação dos poderes e violou a diretriz da reserva do possível.

Ao relatar o processo nessa última segunda-feira, o desembargador Fernando Luiz Ximenes Rocha destacou que a “interferência no presente caso é perfeitamente legítima e serve para restabelecer a integridade da ordem jurídica violada pelo Estado, o que afasta a alegação de malferimento do princípio constitucional da separação dos poderes”.

Sobre a reserva do possível, o desembargador ressaltou que “não se está exigindo qualquer prestação descabida do Estado, mas, tão-somente, o fornecimento de medicamento indispensável à saúde da paciente, desprovida de recursos financeiros para tanto”.

Esquema do mecanismo de atuação do anticorpo monoclonal Trastuzumab, conhecido comercialmente como Herceptin. Fonte:Genentech.
Com esse posicionamento, a 1ª Câmara Cível negou provimento ao recurso e manteve a decisão de 1º Grau, ou seja, o Estado tem que custear o tratamento com o Herceptin.

Fonte: TJ/Ceará

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

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Linfoma é praticamente desconhecido no Amazonas


Atualmente, em Manaus, são 234 pacientes em tratamento de linfomas na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam). 
Aos 41 anos de idade, Iara Fernandez teve sua rotina completamente mudada. Em 2009, ela foi diagnosticada com um linfoma não-Hodgkin. A partir de então, a doença, que também afetou a presidente Dilma Rousseff e o ator Reynaldo Gianecchini, começava a transformar sua vida e de sua família.

A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) registrou, em 2010, 151 casos de pacientes diagnosticados com o câncer. Hoje, aos 43 anos, Iara diz que demorou a procurar atendimento médico porque imaginava que os primeiros sinais da doença pareciam ser algo “simples”. “Apareceram três nódulos pequenos no pescoço e as pessoas sempre me alertavam para que eu fosse ao médico e eu não me importava tanto. Com o tempo eles foram crescendo e passaram a me incomodar. Foi quando resolvi procurar um especialista”, disse. O linfoma pode começar em qualquer local em que existam as células linfáticas: em nódulos no pescoço, axilas e região da virilha.

Mas de acordo com o hematologista Rodrigo Leitão, em alguns casos os nódulos são causados por infecções e nem sempre são linfomas. “Alguns caroços podem representar suspeita de linfomas, e diagnosticados como tuberculose ganglionar, por exemplo. É preciso fazer a biópsia para confirmar ou descartar o câncer”, explicou o hematologista. Há um ano e meio em tratamento por meio de sessões de quimioterapia, a ex-auxiliar de salão de beleza e mãe de três filhos, Iara Fernandez, relata ter ficado assustada quando foi diagnosticada com o câncer, foi quando buscou mais informações. “Nunca esperamos que isso venha a acontecer com a gente.

Quando descobrimos, minha família começou a se informar da doença. E hoje aconselho aos meus amigos e familiares a não adiarem aquilo que pode ser feito hoje”, frisou. Ela também demonstra estar confiante com a cura e em breve poder voltar a realizar suas atividades normalmente. “Por enquanto tenho que ficar mais tempo em casa e quando faço a quimio preciso evitar muitos lugares”, disse. Os linfomas do tipo não-Hodgkin, principalmente, são mais comuns em homens. De acordo com estimativas do Instituto Nacional Contra o Câncer (Inca), no último dado disponível, no ano de 2009, foram diagnosticados em todo o Brasil 4,9 mil casos em homens e 4,2 mil em mulheres.

Começa hoje campanha internacional de conscientização sobre linfomas

Drica Moraes, Mateus Solano e outros famosos se reuniram por uma boa causa. Os atores participam da Campanha Mundial de Conscientização sobre Linfomas, realizada pela organização internacional Lymphoma Coalition (Linfoma Coalizão). O movimento, que mobilizará mais de 20 países, começa hoje).
Fonte aqui. Ilustração do googleimages.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

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15 de setembro – Dia Internacional de luta contra o linfoma


Meses após o término do primeiro tratamento contra um linfoma não-Hodgkin diagnosticado em março do ano passado, o ator australiano Andy Whitfield, 39 anos, foi informado do retorno da doença e obrigado a abandonar a série Spartacus e passar por um tratamento mais agressivo. Ele faleceu neste domingo, vítima da doença.
Nesta quinta-feira (15/09), será celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre Linfomas no Brasil e em mais 25 países. Apesar de a doença ter se mantido em evidência na mídia nestes últimos anos por atingir famosos como o ator Reinaldo Gianecchini, a novelista Glória Perez e a presidente da República, Dilma Rousseff, há ainda muitas dúvidas e desconhecimento da população quanto à doença. A análise é feita pelo diretor da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), o hematologista Dr. Carlos Chiattone.

De acordo com o hematologista, 70% da população ainda desconhece o termo “linfoma”. Os linfomas, em linhas gerais, são cânceres das células do sistema imunológico. E, estas células estão espalhadas em todo o organismo, podendo assim se manifestar em qualquer lugar do corpo. “Diferente de outros tipos de cânceres, como o de mama ou de próstata, que tem o local definido”, explica Chiattone.

Há dois grandes grupos de linfomas, o de Hodgkin, primeiro a ser descoberto na história da medicina em se tratando deste câncer, que tem índice de cura em torno de 90% e, o não-Hodgkin. Este último, segundo Chiattone, é o mais complexo, pois apresenta mais de 50 tipos diferentes, sendo cada um deles com manifestações clínicas e prognósticos distintos.

O hematologista explica ainda que os linfomas do tipo não-Hodgkin são divididos em dois grupos, um com comportamento agressivo, com índice de cura em torno de 70% e outro denominado indolente. “Os linfomas do tipo indolentes, não são curáveis, mas com os tratamentos atuais, é possível promover sobrevida a este paciente, e com qualidade, de maneira a mantê-la crônica, como é a Aids hoje”, reforça o especialista, que também é professor de hematologia da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

O índice de incidência da doença dobrou nos últimos anos. A cada ano são diagnosticados 10 mil casos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Entretanto, é difícil identificar a causa deste aumento, mas uma das possibilidades reconhecidas pelos especialistas é o envelhecimento da população. “Os linfomas são democráticos, independem de sexo e idade, embora acometam, sobretudo, a faixa acima dos 60 anos”, revela o hematologista.

Outro fator apontado é o uso de medicações imunossupressoras, utilizadas no reumatismo, por exemplo, que rebaixam a imunidade da pessoa. “Embora tenhamos algumas possíveis explicações, mesmo somando todas elas, ainda não se pode indicar as causas.”

Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

O linfoma pode começar em qualquer local em que existam as células linfáticas, preferencialmente nos gânglios linfáticos, em nódulos no pescoço, axilas e região da virilha. Vale ressaltar que na maioria das vezes, os nódulos são ocasionados por infecções, nem sempre sendo linfoma.

Como diferença básica, Chiattone aponta o fato de o gânglio da infecção, via de regra, doer, enquanto no caso do linfoma, não haver qualquer sensação de dor. Outros fatores indicativos de linfomas são o aparecimento de nódulos com crescimento progressivo, de consistência elástica (fibroelástica), amolecida, como de borracha.

Além disso, em torno de 30% dos pacientes com quadro de linfomas apresenta estes sintomas acompanhados de febre, perda de peso sem motivo aparente, suor noturno intenso e coceira persistente, sem indício de quadro alérgico. “O que é intrigante nos linfomas, é que as manifestações se assemelham a outras doenças comuns”, relata Chiattone. “O fato é que estes sintomas levam a pessoa a buscar atendimento em médicos de outras áreas, que não especialistas no linfoma e isso, muitas vezes, retarda o diagnóstico. Por isso é importante todos os médicos estarem bem informados sobre o linfoma”, complementa o hematologista.

Quando detectado em estágio precoce, o linfoma pode ser erradicado com tratamento adequado. Atualmente, a terapia que mais aumenta a chance de cura e qualidade na sobrevida é a quimioterapia associada ao uso de anticorpos monoclonais, este último ainda não disponível da rede SUS para todos os tipos existentes de linfoma.

Para Chiattone, não há na oncologia uma área tão avançada em termos de tratamento como a dos linfomas. O médico relata que na maioria das vezes, é aplicada a quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, radioterapia. “Quando a doença é mais grave ou a pessoa teve recaída, daí entramos com o transplante de medula óssea, como terapia de salvamento.”

Fonte aqui. Ilustração editada do googleimages. Editorial pelo autor do blog.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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Tempo é dinheiro e alguns médicos estão pagando o preço


Em nossa cultura tupiniquim estamos, ainda, acostumados a copiar como modelo o comportamento que chega até nós institucionalizado pelo avanço social estrangeiro que permite o posicionamento do cidadão esclarecido em questões que envolvem os seus interesses e direitos individuais, como neste caso da queda de braço entre médicos e pacientes, nos states, em relação aos abusos que são praticados pelos primeiros, que insistem em achar que o tempo deles é mais importante que o dos demais.
Na maioria das vezes os modelos não são adaptáveis, mas desta vez eu concordo: – Aí está algo que deveríamos copiar:

Quando marca uma consulta com o médico, Cherie Kerr esclarece que não quer esperar muito. E diz que normalmente tenta marcar a primeira consulta do dia, ou o primeiro horário do após almoço. Porém, se o médico vai se atrasar, ela insiste para que a recepcionista telefone para ela - temendo que a consulta seja cobrada pelo seu tempo de espera no consultório. "Eu ligo antes e digo educadamente que não pretendo esperar”.

Proprietária de uma firma de relações públicas e de uma pequena boutique em Santa Ana, Califórnia, Kerr declarou a MedPage Today: "Até aqui só deduzi duas vezes o meu tempo de espera, porém já adverti várias vezes os médicos que cobraria se tivesse que esperar abusivamente”.

Ela diz que vem utilizando este sistema desde 1969, quanto um pediatra a fez esperar por quatro horas e ela se recusou a pagar os 75 dólares da consulta. Como escritora freelancer, perdera mais do que isto na sala de espera.  Mais recentemente ela cobrou de seu oftalmologista aproximadamente 150 dólares por um período de espera de cerca de 45 minutos, deduzindo esta quantia de uma fatura que totalizava algumas centenas de dólares pela consulta.

- Agora... é engraçado... - diz Kerr. - Eles sempre me farão esperar algum tempo, mesmo sabendo que a minha é a primeira consulta.

A técnica de Kerr recebeu recentemente muita atenção da mídia, desde que uma reportagem da CNN divulgou o post no blog da médica Pamela Wible sobre um amigo que cobra de seu médico o equivalente ao seu rendimento por hora – 47 dolares – pelo tempo desperdiçado. Isto provocou muito debate sobre se os médicos devem reembolsar os seus pacientes pelo tempo perdido nas salas de espera.

Em seu blog, a médica diz que os médicos devem se desculpar pelos seus atrasos – e também pagar aos pacientes caso sejam cobrados pela espera excessiva pelo atendimento no consultório. "Por sorte," escreveu ela, "a maior parte dos pacientes não enviam cobranças baseadas no valor da hora do médico”.

Outros médicos foram mais previdentes nas suas abordagens para tentar atenuar o tédio dos pacientes de terem como alternativa a leitura de revistas antigas ou a programação insossa das TV’s, geralmente sem som e sintonizadas ao acaso.

Steve Fallek, por exemplo, cirurgião plástico na cidade de Nova York e no norte de New Jersey, registra o tempo de espera dos pacientes com um temporizador daqueles usados para cozinhar ovos e distribui cupões da Starbucks (rede internacional de cafés), se os pacientes esperarem mais que 15 ou 20 minutos. Ele também envia mensagens de texto aos pacientes quando vai se atrasar. "É um ambiente competitivo," diz ele. "Você tem que deixar o seu paciente feliz."

Do outro lado, o paciente Issamar Ginzberg, rabino em Nova York e Consultor de Gerenciamento Comercial, diz que não se importa de esperar no consultório do seu médico porque o mesmo oferece Internet sem fio.

O médico Lee Green, da Universidade de Michigan, diz que sua instituição se preocupa com os tempos de espera e procura mantê-los baixos. "É bastante raro para mim que esteja pelo menos 10 minutos atrasado”, escreveu em e-mail dirigido a MedPage Today e ao ABC News.

"Sim, Clínicos Gerais poderiam agendar menos pacientes," escreveu ele, "mas para onde iriam os outros? Não existem médicos suficientes para atender, e não existirão até que o falido sistema de saúde seja consertado”.

Outros profissionais culpam a programação de reembolsos e o excesso de papelada pelos atrasos.  “Os médicos têm que comprimir o atendimento em blocos de 15 minutos, levando uma média de 7 minutos para preencher a papelada de cada paciente para que possam ganhar dinheiro e finalizar tudo o que for necessário para isto”, disse a Dra. Deane Waldman, da Universidade do Novo México.

O médico Gary Seto, que tem consultório particular em Pasadena, Califórnia, está tentando atualmente uma alternativa ao presente sistema. Ele pratica uma versão de atendimento especial, marcando somente 10 pacientes por dia, os quais são atendidos por pelo menos 30 minutos cada. Eles pagam uma taxa anual de 125 dólares por família, além dos custos das consultas.

Embora afirme que raramente se atrasa, quando é inevitável ele paga 25 dólares ao paciente pelo tempo de espera – o mesmo valor que ele cobra para quem não comparecer na hora marcada.

"É justo," diz ele, "pagar esta taxa”.

Traduzido e condensado daqui. Ilustração do googleimages e editorial pelo autor do blog.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

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Descoberto novo método que detecta câncer em três horas

Uma equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu um sistema que pode mudar de forma radical a maneira como o câncer é detectado. O paciente pode ser diagnosticado graças a um exame de sangue que detecta níveis altos de microRNA.

O microRNA é um material genético descoberto há dez anos, que ativa ou desativa os genes dentro da célula. Porém, esses pequenos fragmentos, nas células cancerosas, se decompõem, contribuindo para o crescimento descontrolado dos tumores. Assim, controlando a quantidade de microRNA no organismo, os cientistas devem ser capazes de detectar possíveis zonas cancerosas.

Foi exatamente isso que pesquisas publicadas em janeiro e agosto pela equipe do professor Patrick Doyle, professor de engenharia química do MIT, constataram. A partir deste método, é possível detectar variações anormais deste material, decisivo em muitas doenças. Além disso, segundo o próprio instituto, cada tipo de câncer tem a sua própria assinatura microRNA.

Para detectar essas anomalias no sangue, os pesquisadores utilizaram partículas de hidrogel de aproximadamente 200 micrômetros de comprimento. Atualmente hidrogéis ocupam posição de destaque em biotecnologia, em função de suas aplicações. São bio-compatíveis e podem ser aplicados em liberação controlada de medicamentos, implantes terapêuticos, cultura de células, etc. Ao ser misturada com sangue, a substância faz com que cada microRNA se ligue ao seu DNA complementar.

Adicionando uma sonda fluorescente ao DNA, e usando um scanner de microfluidos, os pesquisadores puderam controlar a quantidade de microRNA presente. Por mais complicado que pareça, o processo dura apenas três horas.

Fonte aqui. Ilustração do Googleimages.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

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Planos de saúde: &*@#% !!!!

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou no dia 20/6/2011 a Resolução Normativa nº 259 que garante ao beneficiário de plano de saúde o atendimento, com previsão de prazos máximos, aos serviços e procedimentos por ele contratados. O prazo inicial de 90 dias após a publicação da norma, dado às operadoras para se enquadrarem, já foi adiado por mais 90 dias, passando a vigorar a partir de 19 de dezembro de 2011, quando as operadoras deverão garantir que os beneficiários tenham acesso aos serviços e procedimentos definidos no plano, no município onde os demandar ou nas localidades vizinhas, desde que estes sejam integrantes da área geográfica de abrangência e de atuação do plano.

O principal objetivo da norma é garantir que o beneficiário tenha acesso a tudo o que contratou e também estimular as operadoras de planos de saúde a promover o credenciamento de prestadores de serviços nos municípios que fazem parte de sua área de cobertura. Ou seja, a norma visa que a operadora ofereça pelo menos um serviço ou profissional em cada área contratada, mas ela não garante que a alternativa seja a de escolha do beneficiário, pois por vezes o profissional de escolha já está em sua capacidade máxima. A ANS não pode interferir na capacidade de atendimento dos prestadores e sim regular para que haja no mínimo uma alternativa para o atendimento ao beneficiário.

Nos casos de ausência de rede assistencial a operadora deverá garantir o atendimento em prestador não credenciado no mesmo município ou o transporte do beneficiário até um prestador credenciado, assim como seu retorno à localidade de origem. Nestes casos, os custos correrão por conta da operadora.

Em municípios onde não existam prestadores para ser credenciados, a operadora poderá oferecer rede assistencial nos municípios vizinhos.

Casos de urgência e emergência têm um tratamento diferenciado e a operadora deverá oferecer o atendimento invariavelmente no município onde foi demandado ou se responsabilizar pelo transporte do beneficiário até o seu credenciado.

A garantia de transporte estende-se ao acompanhante nos casos de beneficiários menores de 18 (dezoito) anos, maiores de 60 (sessenta) anos, pessoas portadoras de deficiência e pessoas com necessidades especiais, mediante declaração médica. Estende-se também aos casos em que seja obrigatória a cobertura de despesas do acompanhante, conforme disposto no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS.

Clique na imagem para ampliar
Caso a operadora não ofereça as alternativas para o atendimento deverá reembolsar os custos assumidos pelo beneficiário em até 30 (trinta) dias. Nos casos de planos de saúde que não possuam alternativas de reembolso com valores definidos contratualmente, o reembolso de despesas deverá ser integral.

Além do atendimento aos serviços contratados, as operadoras deverão garantir que estes aconteçam nos tempos máximos previstos a partir da demanda do beneficiário, que são os seguintes:

Os procedimentos de alta complexidade são aqueles definidos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, disponível no endereço eletrônico da Agência (www.ans.gov.br).

A elaboração da norma contou com a participação de toda a sociedade na consulta pública 37, realizada em 03/02/2011 a 04/03/2011 com mais de três mil contribuições.

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No consultório médico, em Manaus, a secretária atende o telefone. O dialogo é um padrão que se repete:

- Alô?
- Por gentileza, preciso marcar uma consulta com a dra. Abgail...
- É particular?
- Não, é pelo meu plano de saúde.
- Ah!...Só tem agenda a partir do dia 16...
- Agora em janeiro, né?
- Não, setembro!
- Mas é urgente, por favor, me encaixa.. E se fosse consulta particular?
- Posso agendar pra amanhã.  350 Reais a consulta.
- Mas eu já pago uma grana preta de plano de saúde...
- Então espere até setembro. Boa tarde!
- &*@#% !!!!


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

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Nanotecnologia: minúsculos geradores de oxigênio aumentam a eficácia de tratamento anticâncer

Pesquisadores criaram e testaram dispositivos em miniatura que são implantados em tumores para gerar oxigênio, aumentando o poder letal da radiação e da quimioterapia.
A tecnologia é projetada para tratar tumores sólidos que são hipóxicos no centro, ou seja, seus núcleos contém baixos níveis de oxigênio, o que não é bom porque a terapia de radiação precisa de oxigênio para ser eficaz. Assim, as áreas hipóxicas são difíceis de matar. Os cânceres de pâncreas e cervical são notoriamente hipóxicos. “Se você gerar oxigênio pode aumentar a eficácia da radioterapia e da quimioterapia também”, disse Babak Ziaie, professor de engenharia biomédica.
Uma questão que se impõe com a maior ingenuidade: - Depois de aprovada, quando esta tecnologia estará disponível aos usuáios do SUS?

O dispositivo (à direita) se encaixa dentro de um tubo (à esquerda) que pode ser inserido em um tumor com uma agulha de biópsia. (Crédito: Birck Nanotechnology Center, da Purdue University)
O novo "microgerador de oxigênio implantável" é um dispositivo eletrônico que recebe sinais de ultra-som e usa a energia para gerar uma pequena voltagem para separar o oxigênio e o hidrogênio da água  numa operação de produto químico chamado eletrólise da água.

"Estamos colocando esses dispositivos dentro dos tumores e, em seguida, expondo os tumores ao ultra-som", disse Ziaie. "O ultra-som ativa o funcionamento do dispositivo, gerando oxigênio.

O dispositivo foi desenvolvido no Birck Nanotechnology Center, no Discovery Park da Purdue University. Pesquisadores da Purdue estão trabalhando com Song-Chu Ko, professor assistente de oncologia da radiação clínica na Indiana University School of Medicine.

Os pesquisadores testaram dispositivos em tumores pancreáticos implantados em camundongos, mostrando que eles geraram oxigênio e que, assim, encolheram mais rápido do que os tumores sem os dispositivos, os quais têm um pouco menos de um centímetro de comprimento e são inseridos nos tumores com uma agulha hipodérmica das utilizadas em biópsia.

"A maioria de nós já fomos tocados pelo câncer de uma maneira ou outra", disse Ziaie. "Meu pai é um sobrevivente do câncer e passou por muitas sessões de quimioterapia muito dolorosa. Esta é uma nova tecnologia que tem potencial para melhorar a eficácia da terapia."

Os resultados são detalhados em um artigo de investigação que aparece este mês na edição on-line de Transactions on Biomedical Engineering. O artigo foi escrito pelo professor assistente de pesquisa Teimour Maleki e equipe de doutorandos.

Trabalhos futuros podem se concentrar em redesenhar o dispositivo para torná-lo mais prático para os ensaios de produção e aplicação na clínica.

Editorial, links e tradução pelo autor do blog. Matéria publicada no sciencedaily ontem. Leia Release original aqui.