domingo, 9 de maio de 2010

1

Morre de câncer a atriz Lynn Redgrave, aos 67 anos.


A atriz Lynn Redgrave, de 67 anos, morreu em sua casa, no estado americano de Connecticut, na noite de domingo (2). Irmã mais nova da também atriz Vanessa Redgrave, ela foi indicada ao Oscar por “Georgy girl” e "Deuses e monstros”, além de atuar no teatro. Mais recentemente, ela apareceu em séries de TV americana como "Ugly Betty", "Law & Order" e "Desperate housewives".

Seus filhos e amigos, segundo comunicado divulgado, estavam com ela.

“Nossa querida mãe Lynn Rachel morreu em paz após uma jornada de sete anos contra o câncer de mama”, informou o comunicado divulgado nesta segunda: “Ela viveu, amou e trabalhou mais duro que nunca. As memórias sem fim que ela criou como mãe, avó, escritora, atriz e amiga irão nos sustentar pelo resto de nossas vidas. Nossa família inteira pede por privacidade para passar por esse momento difícil”.

Sua morte acontece um ano após a morte de sua sobrinha Natasha Richardson, por causa de um acidente de esqui, e um mês após a morte de seu irmão mais velho, Corin Redgrave.
http://g1.globo.com
==========================================

Testes duvidosos dificultam tratamento contra o câncer.
Drogas com o objetivo de desativar proteínas que estimulam o câncer são, como afirmam muitos oncologistas, o futuro da terapia contra o câncer. Poucas drogas desse tipo estão disponíveis hoje, mas quase todas as que estão sendo estudadas são elaboradas para desativar proteínas que alimentam o câncer. No entanto, essas terapias dependem de testes pouco confiáveis.

A Dr. Linda Griffith estava em uma conferência em Cingapura no começo de janeiro quando sentiu um nódulo no seio. Ela achou que não era nada – um cisto, talvez. Mas passou por mamografia, ultrassom e biópsia horas depois de desembarcar do avião. A notícia não era boa: ela tinha câncer.

Aí começaram as complicações. Ela fez um exame para saber se seu tumor tinha cópias extras de uma proteína, a HER2. Se tivesse, responderia a uma droga, a Herceptin (Trastuzumabe), que bloqueia a proteína e impede o crescimento do tumor. O teste envolvendo o tumor de Griffith deu negativo. Será mesmo? Uma pequena área do seu tumor ficou marrom, indicando grande quantidade de HER2. O resto era cor de creme, indicando nenhuma proteína HER2 extra.

Mesmo assim, seu tratamento se baseou nesse resultado. Um tumor positivo para HER2 tem um prognóstico bastante ruim. A Herceptin pode melhorá-lo, reduzindo em 50% as chances de que o câncer volte e reduzindo o risco de morte em 40%.

No entanto, a Herceptin, que custa US$ 42 mil por ano no atacado, causa sintomas parecidos com os da gripe e também causa efeitos colaterais bastante sérios, danos cardíacos graves que podem até ser fatais. E se um tumor não tem níveis altos de HER2, a Herceptin seria “um placebo tóxico e caro”.

Os testes para HER2, por exemplo, podem dar falso-positivos até 20% das vezes, indicando erroneamente que as mulheres precisam da droga, quando na verdade não precisam. Entre 5% e 10% das vezes os testes podem dizer falsamente que uma mulher não deve tomar a droga, quando na verdade ela precisa tomá-la. A Dra. Griffith ficou frente a frente com um problema crescente, mas pouco conhecido, na era atual de novos testes e terapias de câncer.

Assim como os testes HER2, outros testes moleculares para câncer de mama também apresentam problemas. Esses testes, para receptores de estrógeno em células cancerosas, determinam se o câncer será combatido por drogas que privam os tumores de estrógeno. Eles podem estar errados pelo menos 10% das vezes. Algumas drogas que reduzem o estrógeno, embora geralmente seguras, aumentam o risco de osteoporose e, dependendo da droga, também podem causar dor nas articulações e aumentar riscos de derrame e câncer de endométrio.

“É uma questão que transcende o câncer de mama”, disse o Dr. Wolff. “Um teste mal desenvolvido tem o potencial de ser tão perigoso quanto uma droga mal desenvolvida”.

Agora, reconhecendo o problema, o Dr. Winer realizou novos testes no tumor de Griffith com um método diferente, esperando que o resultado o ajude a descobrir se ela pode se beneficiar com a Herceptin. E Griffith está diante das incertezas da medicina de tratamento contra o câncer.

Quanto a Griffith, os dois testes para HER2 concordaram, mas com os resultados confusos foi difícil saber o que fazer. Seu tumor estava em cima do muro – em negativo, em parte fracamente positivo.

A Dra. Griffith decidiu não tomar a Herceptin, mas está passando pela quimioterapia padrão. “Estou bem confortável com minha decisão”, disse ela.
© 2010 New York Times News Service
 

1 Comentário:

Anônimo disse...

Ela foi duas vezes indicada para o Óscar: como melhor atriz por "Georgy Girl" (1966, Silvio Narizzano), um dos filmes-chave da Londres dos swinging sixties, hoje recordado pela canção-título dos Seekers, e como melhor atriz secundária por "Deuses e Monstros" (1998, Bill Condon). Mas ela nunca teve a carreira que o seu talento merecia.