As
células cancerosas obtêm energia de forma diferente das restantes
células do nosso organismo. Enquanto, as nossas células não-tumorais obtêm
energia por respiração aeróbia, um processo que ocorre na presença de oxigênio,
em organelas chamadas mitocôndrias, as células cancerosas obtêm energia por
glicólise, um processo que não necessita da presença de oxigênio e que não é
realizado em mitocôndrias. Até há pouco tempo, pensava-se que isso constituía
uma desvantagem para as células cancerosas, visto que se consegue menos energia
realizando glicólise, do que realizando respiração aeróbia. Contudo,
recentemente, começou-se a pensar de maneira oposta.
Os
cientistas justificam que, apesar do baixo rendimento energético, a glicólise,
contrariamente à respiração aeróbia, disponibiliza os "blocos químicos
essenciais à construção de novas células", o que permite uma mais rápida
divisão celular.
Dessa
forma, de modo a travar a progressão de células tumorais, os cientistas
decidiram ativar as mitocôndrias de cinco indivíduos com uma forma agressiva de
cancro do cérebro, através de um medicamento. Apenas um desses cinco indivíduos
morreu de câncer, tendo os tumores deixado de crescer nos restantes
quatro indivíduos (tendo num deles desaparecido completamente), que acabaram
por viver mais tempo. Esta é por isso uma notícia encorajadora em termos da
luta contra o câncer.
Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20627603.500-cancers-sweet-tooth-becomes-a-target.html?full=true
Células
cancerosas do sangue podem ser capturadas por microchip
Uma
equipe de investigadores do Hospital Geral de Massachusetts (HGM) desenvolveu
um microchip que consegue isolar, enumerar e analisar células cancerígenas que
se encontrem na circulação sanguínea, a partir de uma pequena amostra de
sangue, informa o HGM.
Segundo a informação divulgada, as células cancerígenas que se encontram
na circulação sanguínea são provenientes de tumores sólidos e encontram-se
neste fluxo numa escala de uma para um bilhão de células. Devido à sua
raridade, não tem sido, até agora, possível detectá-las para se obter
informações pertinentes, mas o novo dispositivo, denominado “CTC-chip”, tem
potencial para ser uma valiosa ferramenta para monitorizar e guiar os
tratamentos contra o câncer.
«A
utilização de nanofluidos para encontrar estas células tão raras é algo de
revolucionário, pois é a primeira aplicação desta tecnologia num grande e
importante problema clínico», diz Daniel Haber, diretor do Centro para o Câncer
do HGM e co-autor do trabalho publicado na revista “Nature”. «Apesar de ser
necessário ainda muito trabalho, esta abordagem aumenta a possibilidade de se
monitorizar a resposta dos tumores aos tratamentos de forma rápida e não
invasiva, permitindo fazer mudanças caso o tratamento não esteja funcionando e
tendo ainda potencial para fazer a detecção precoce da doença em pessoas com
elevado risco de desenvolverem câncer», explica.
O
dispositivo desenvolvido utiliza um chip coberto por 80 mil pontos
microscópicos, cada um com um anticorpo capaz de atrair uma proteína existente
na maior parte dos tumores sólidos. Estas são assim atraídas e aderem ao chip.
Vários testes demonstraram que mesmo células cancerígenas com baixos níveis da
respectiva proteína foram atraídas pelo chip. Os investigadores testaram a nova
tecnologia em 68 pacientes com cinco tipos diferentes de câncer: pulmões, próstata, peito,
pâncreas e colo-retal. Ao todo, foram testadas 116 amostras de sangue, tendo o
“CTC-chip” sido eficaz em 99 por cento dos casos.
Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20627603.500-cancers-sweet-tooth-becomes-a-target.html?full=true
Carboidratos
do bem
Algumas pesquisas indicaram que reduzir o
peso e os carboidratos
ajuda a combater o câncer. São pesquisas epidemiológicas que mostram que,
considerando constantes outras variáveis, o maior consumo de carbidratos
favorece o câncer.
Agora, ScienceDaily
divulga os resultados de uma pesquisa realizada em outro nível, Tipo I, ainda
com células, no Burnham Institute for Medical Research, demonstrando que determinadas moléculas de açúcar
chamadas de “glycans” suprimem os cânceres da próstata e de mama. O que fariam
os glycans? Afetariam a adesividade das células. Um aumento na expressão das
enzimas que produz esses glycans, que têm o nome nada fácil de β3GnT1, reduz a
atividade dos tumores e sua migração. Tumor que fica no seu lugar não gera
metástase – e isso é bom para nós. E agora? Pesquisas, em níveis diferentes,
que dão resultados ...opostos.
Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20627603.500-cancers-sweet-tooth-becomes-a-target.html?full=true
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