domingo, 29 de agosto de 2010

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O alvo agora é o metabolismo celular


 Uma droga que impede o desenvolvimento das células cancerosas bloqueando seu mecanismo de geração de energia pode levar a uma nova classe de tratamentos contra o câncer. O primeiro ensaio humano da droga, publicado em maio, é relatado ter estendido a vida de quatro pessoas portadoras de uma forma agressiva de câncer cerebral. O resultado é preliminar, mas sugere que, como uma abordagem, a luta contra o "metabolismo" do câncer é um caminho.

As células cancerosas obtêm energia de forma diferente das restantes células do nosso organismo. Enquanto, as nossas células não-tumorais obtêm energia por respiração aeróbia, um processo que ocorre na presença de oxigênio, em organelas chamadas mitocôndrias, as células cancerosas obtêm energia por glicólise, um processo que não necessita da presença de oxigênio e que não é realizado em mitocôndrias. Até há pouco tempo, pensava-se que isso constituía uma desvantagem para as células cancerosas, visto que se consegue menos energia realizando glicólise, do que realizando respiração aeróbia. Contudo, recentemente, começou-se a pensar de maneira oposta.

 Os cientistas justificam que, apesar do baixo rendimento energético, a glicólise, contrariamente à respiração aeróbia, disponibiliza os "blocos químicos essenciais à construção de novas células", o que permite uma mais rápida divisão celular. 

Dessa forma, de modo a travar a progressão de células tumorais, os cientistas decidiram ativar as mitocôndrias de cinco indivíduos com uma forma agressiva de cancro do cérebro, através de um medicamento. Apenas um desses cinco indivíduos morreu de câncer, tendo os tumores deixado de crescer nos restantes quatro indivíduos (tendo num deles desaparecido completamente), que acabaram por viver mais tempo. Esta é por isso uma notícia encorajadora em termos da luta contra o câncer.

Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20627603.500-cancers-sweet-tooth-becomes-a-target.html?full=true

Células cancerosas do sangue podem ser capturadas por microchip

Uma equipe de investigadores do Hospital Geral de Massachusetts (HGM) desenvolveu um microchip que consegue isolar, enumerar e analisar células cancerígenas que se encontrem na circulação sanguínea, a partir de uma pequena amostra de sangue, informa o HGM.

Segundo a informação divulgada, as células cancerígenas que se encontram na circulação sanguínea são provenientes de tumores sólidos e encontram-se neste fluxo numa escala de uma para um bilhão de células. Devido à sua raridade, não tem sido, até agora, possível detectá-las para se obter informações pertinentes, mas o novo dispositivo, denominado “CTC-chip”, tem potencial para ser uma valiosa ferramenta para monitorizar e guiar os tratamentos contra o câncer.

«A utilização de nanofluidos para encontrar estas células tão raras é algo de revolucionário, pois é a primeira aplicação desta tecnologia num grande e importante problema clínico», diz Daniel Haber, diretor do Centro para o Câncer do HGM e co-autor do trabalho publicado na revista “Nature”. «Apesar de ser necessário ainda muito trabalho, esta abordagem aumenta a possibilidade de se monitorizar a resposta dos tumores aos tratamentos de forma rápida e não invasiva, permitindo fazer mudanças caso o tratamento não esteja funcionando e tendo ainda potencial para fazer a detecção precoce da doença em pessoas com elevado risco de desenvolverem câncer», explica.

O dispositivo desenvolvido utiliza um chip coberto por 80 mil pontos microscópicos, cada um com um anticorpo capaz de atrair uma proteína existente na maior parte dos tumores sólidos. Estas são assim atraídas e aderem ao chip. Vários testes demonstraram que mesmo células cancerígenas com baixos níveis da respectiva proteína foram atraídas pelo chip. Os investigadores testaram a nova tecnologia em 68 pacientes com cinco tipos diferentes de câncer: pulmões, próstata, peito, pâncreas e colo-retal. Ao todo, foram testadas 116 amostras de sangue, tendo o “CTC-chip” sido eficaz em 99 por cento dos casos.

Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20627603.500-cancers-sweet-tooth-becomes-a-target.html?full=true

Carboidratos do bem

Algumas pesquisas indicaram que reduzir o peso e os carboidratos ajuda a combater o câncer. São pesquisas epidemiológicas que mostram que, considerando constantes outras variáveis, o maior consumo de carbidratos favorece o câncer.

Agora, ScienceDaily divulga os resultados de uma pesquisa realizada em outro nível, Tipo I, ainda com células, no Burnham Institute for Medical Research, demonstrando que determinadas moléculas de açúcar chamadas de “glycans” suprimem os cânceres da próstata e de mama. O que fariam os glycans? Afetariam a adesividade das células. Um aumento na expressão das enzimas que produz esses glycans, que têm o nome nada fácil de β3GnT1, reduz a atividade dos tumores e sua migração. Tumor que fica no seu lugar não gera metástase – e isso é bom para nós. E agora? Pesquisas, em níveis diferentes, que dão resultados ...opostos.

Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20627603.500-cancers-sweet-tooth-becomes-a-target.html?full=true

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