O Ministério da Saúde
anunciou quarta-feira passada a inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) de nove
novos tratamentos para câncer de fígado e de mama, leucemia aguda e linfoma. O
pacote de medidas também prevê ampliação, em até 10 vezes, do valor pago por 66
procedimentos já realizados por hospitais conveniados.
Foram liberados R$
412,7 milhões para serem investidos na reestruturação da assistência em
oncologia no Sistema Único de Saúde (SUS). “Esta é a maior mudança na atenção
oncológica desde 1999, quando foi instituída a nova política para o setor. As
alterações vão impactar de forma muito positiva na qualidade do atendimento dos
300 mil brasileiros que todos os anos acessam o Sistema Único de Saúde para o
tratamento do câncer”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Nesta quarta, Temporão
assinou duas portarias que reestruturam o setor e permitem a liberação de
recursos a estados, Distrito Federal e municípios. “Esses investimentos a mais
projetam o gasto global do Ministério da Saúde para o tratamento dessa doença
para R$ 2 bilhões”, afirmou.
A aprovação dos novos
valores vai permitir que esquemas quimioterápicos recentes, que adotam novos
medicamentos, possam ser adquiridos e fornecidos pelos hospitais habilitados no
SUS para tratar o câncer. “Estas mudanças permitem remunerar melhor os
procedimentos, como também que novas técnicas e novas tecnologias sejam
colocadas à disposição dos pacientes”, disse o ministro. “Permitem, por
exemplo, a utilização no SUS de novas drogas, como o Rituximabe (nome comercial
Mabthera), medicamento indicado para linfoma”, completou Temporão.
Além dos novos
tratamentos, os recursos adicionais serão usados também no reajuste do valor
pago pelo SUS aos hospitais que realizam serviços de radioterapia.
Temporão negou que as
medidas anunciadas tenham caráter eleitoreiro e afirmou que vinham sendo
estudadas pelo governo há oito meses.
O Rituximabe é um
medicamento de anticorpos monoclonais, que combatem as células cancerosas
preservando as sadias. Como não estava disponível no SUS, até hoje, os usuários
da rede pública com linfoma vinham sendo submetidos à quimioterapia
convencional, que não assegura os mesmos resultados.
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