quarta-feira, 11 de agosto de 2010

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Acreditem: doações de medula óssea são impedidas por medo e por falta de atualização de cadastro do doador.

Hospitais têm dificuldade de localizar doadores que não atualizam dados.
Muitos desistem por medo. Os médicos garantem que procedimento é seguro. Este ano em todo o país, 337 pessoas foram identificadas no cadastro com medula compatível para doação, mas 54 delas não puderam ser encontradas.transplante-de-medula
“Quem se cadastrar, quem quiser ser um doador, ajudar uma pessoa a se salvar de muitas doenças, como é o caso do transplante de medula óssea, tem que estar consciente de manter esse cadastro atualizado”, alertou o diretor do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Luís Fernando Bouzas.

Quase dois milhões de pessoas estão cadastradas como possíveis doadores de medula óssea no Brasil. Mas, muitas vezes, o problema na hora do transplante é encontrar quem se cadastrou e ajudar pacientes como Leonardo, de 13 anos.

O adolescente tem leucemia e há um ano procura um doador de medula – a única possibilidade de cura no caso dele. “Quero jogar bola, ir à praia, shopping... só", diz o menino, cheio de sonhos.

Entre irmãos, a chance de haver compatibilidade é de uma em cada quatro pessoas. Mas fora da família, o índice cai para um em cada 100 mil pessoas.

Depois de muita espera na fila, ao receber a notícia de que finalmente há um doador compatível, o paciente pode não conseguir realizar o transplante porque o doador mudou de endereço, não atualizou seu cadastro e, dessa forma, não pode ser localizado.

Há também uma parcela que desiste quando recebe o chamado, por medo. Mas os médicos garantem que o procedimento é seguro.

A medula, que parece uma gelatina, é retirada dos ossos da bacia com uma espécie de agulha. O doador não sente nada e, geralmente, é liberado do hospital no dia seguinte.

Já o paciente recebe a medula por um cateter, em um processo parecido ao de uma transfusão de sangue.

Nobel de Medicina critica preço de vacina contra HPV
vacina hpv O laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK) anunciou no primeiro trimestre uma redução de 50% no preço da vacina que comercializa no Brasil, utilizada contra o HPV oncogênico, doença que pode levar ao câncer de colo do útero. A vacina passou a ser vendida, a partir do mês de março, a R$ 114,67, uma redução de 50% sobre o preço de fábrica, R$ 229,33. O novo preço já inclui os 18% do ICMS.
No entanto, nas clínicas de vacinação do País a venda final ao consumidor passou por um acréscimo referente a outros impostos, custos de conservação, aplicação e serviços médicos. Em nota à imprensa, a GSK justificou o reajuste como "reflexo da política de equilíbrio de preços dos produtos" e pelo "compromisso em disponibilizar vacinas de grande necessidade para a população, com valores mais acessíveis." Mesmo assim, considerando que são necessárias três doses, ainda custa muito caro.

Descobridor da ligação entre a infecção pelo vírus HPV e o câncer de colo uterino, o alemão Harald zur Hausen, de 74 anos, prêmio Nobel de Medicina em 2008, lamentou anteontem, em São Paulo, os altos preços das vacinas desenvolvidas a partir de suas pesquisas, iniciadas nos anos 70. “Eu lamento. É muito cara, especialmente para países como o Brasil”, afirmou o cientista, principal convidado da inauguração do Centro Internacional de Pesquisa e Ensino do Hospital do Câncer A. C. Camargo, que ocorreu ontem, na zona sul da capital paulista. "Espero que a produção do imunizante também por outras companhias farmacêuticas leve a maior competição e redução dos preços no futuro", afirmou ainda o especialista.

As vacinas contra o HPV, que protegem contra os dois tipos do vírus mais ligados ao câncer, têm dois produtores mundiais e chegam a custar hoje US$ 300, consideradas as três doses necessárias para a imunização, alertaram no mês passado pesquisadores da Universidade de Duke em artigo na revista Nature Biotechnology, em que defenderam a produção a baixo custo em países em desenvolvimento.

O sistema público brasileiro ainda não oferta o fármaco, disponível em clínicas privadas e o custo é um dos impedimentos. Aponta ainda que são necessários mais estudos e que o principal método de prevenção no País ainda é a camisinha, além da realização periódica do papanicolau. O câncer de colo de útero é o segundo mais freqüente entre as brasileiras, só perdendo para o câncer de mama. São esperados 18.430 casos anuais no País

Anvisa suspende a importação do medicamento Onicit

onicit_packRemédio é usado contra náuseas e vômitos durante quimioterapias.
Irregularidades detectadas na fábrica, em abril, motivaram a decisão. O grupo farmacêutico Merck Sharp & Dohme, fundido com a Schering-Plough, informou ter garantido outra fonte de suprimento para o Onicit, que estaria de acordo com as práticas recomendadas pela Anvisa. A fabricante francesa Pierre Fabrè fornecerá o medicamento ao mercado brasileiro.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária anunciou nesta terça-feira (10) a suspensão da importação e do comércio do medicamento Onicit, cloridrato de palonosetrona, agente antinauseante e antiemético recomendado contra enjôos e vômitos durante sessões de quimioterapia, no tratamento de tumores malignos.

Segundo o órgão, durante uma inspeção realizada em abril, foram encontradas irregularidades na unidade fabril da empresa OSO Biopharmaceuticals Manufacturing, nos EEU|U|. O produto vinha sendo importado no Brasil pela Schering-Plough, de São Paulo.

A decisão vale em todo o território nacional e deve ser acatada imediatamente, após a publicação no Diário Oficial da União. O recolhimento dos lotes é de responsabilidade do fabricante. Quem tiver adquirido o remédio, cujo número do lote está descrito na embalagem, deve interromper o uso.

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