Hospitais têm dificuldade de localizar doadores que não atualizam dados.
Muitos desistem por medo. Os médicos garantem que procedimento é seguro. Este ano em todo o país, 337 pessoas foram identificadas no cadastro com medula compatível para doação, mas 54 delas não puderam ser encontradas.
Muitos desistem por medo. Os médicos garantem que procedimento é seguro. Este ano em todo o país, 337 pessoas foram identificadas no cadastro com medula compatível para doação, mas 54 delas não puderam ser encontradas.

“Quem se cadastrar, quem quiser ser um doador, ajudar uma pessoa a se salvar de muitas doenças, como é o caso do transplante de medula óssea, tem que estar consciente de manter esse cadastro atualizado”, alertou o diretor do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Luís Fernando Bouzas.
Quase dois milhões de pessoas estão cadastradas como possíveis doadores de medula óssea no Brasil. Mas, muitas vezes, o problema na hora do transplante é encontrar quem se cadastrou e ajudar pacientes como Leonardo, de 13 anos.
O adolescente tem leucemia e há um ano procura um doador de medula – a única possibilidade de cura no caso dele. “Quero jogar bola, ir à praia, shopping... só", diz o menino, cheio de sonhos.
Entre irmãos, a chance de haver compatibilidade é de uma em cada quatro pessoas. Mas fora da família, o índice cai para um em cada 100 mil pessoas.
Depois de muita espera na fila, ao receber a notícia de que finalmente há um doador compatível, o paciente pode não conseguir realizar o transplante porque o doador mudou de endereço, não atualizou seu cadastro e, dessa forma, não pode ser localizado.
Há também uma parcela que desiste quando recebe o chamado, por medo. Mas os médicos garantem que o procedimento é seguro.
A medula, que parece uma gelatina, é retirada dos ossos da bacia com uma espécie de agulha. O doador não sente nada e, geralmente, é liberado do hospital no dia seguinte.
Já o paciente recebe a medula por um cateter, em um processo parecido ao de uma transfusão de sangue.
Nobel de Medicina critica preço de vacina contra HPV
No entanto, nas clínicas de vacinação do País a venda final ao consumidor passou por um acréscimo referente a outros impostos, custos de conservação, aplicação e serviços médicos. Em nota à imprensa, a GSK justificou o reajuste como "reflexo da política de equilíbrio de preços dos produtos" e pelo "compromisso em disponibilizar vacinas de grande necessidade para a população, com valores mais acessíveis." Mesmo assim, considerando que são necessárias três doses, ainda custa muito caro.
Descobridor da ligação entre a infecção pelo vírus HPV e o câncer de colo uterino, o alemão Harald zur Hausen, de 74 anos, prêmio Nobel de Medicina em 2008, lamentou anteontem, em São Paulo, os altos preços das vacinas desenvolvidas a partir de suas pesquisas, iniciadas nos anos 70. “Eu lamento. É muito cara, especialmente para países como o Brasil”, afirmou o cientista, principal convidado da inauguração do Centro Internacional de Pesquisa e Ensino do Hospital do Câncer A. C. Camargo, que ocorreu ontem, na zona sul da capital paulista. "Espero que a produção do imunizante também por outras companhias farmacêuticas leve a maior competição e redução dos preços no futuro", afirmou ainda o especialista.
As vacinas contra o HPV, que protegem contra os dois tipos do vírus mais ligados ao câncer, têm dois produtores mundiais e chegam a custar hoje US$ 300, consideradas as três doses necessárias para a imunização, alertaram no mês passado pesquisadores da Universidade de Duke em artigo na revista Nature Biotechnology, em que defenderam a produção a baixo custo em países em desenvolvimento.
O sistema público brasileiro ainda não oferta o fármaco, disponível em clínicas privadas e o custo é um dos impedimentos. Aponta ainda que são necessários mais estudos e que o principal método de prevenção no País ainda é a camisinha, além da realização periódica do papanicolau. O câncer de colo de útero é o segundo mais freqüente entre as brasileiras, só perdendo para o câncer de mama. São esperados 18.430 casos anuais no País
Anvisa suspende a importação do medicamento Onicit
Remédio é usado contra náuseas e vômitos durante quimioterapias.
Irregularidades detectadas na fábrica, em abril, motivaram a decisão. O grupo farmacêutico Merck Sharp & Dohme, fundido com a Schering-Plough, informou ter garantido outra fonte de suprimento para o Onicit, que estaria de acordo com as práticas recomendadas pela Anvisa. A fabricante francesa Pierre Fabrè fornecerá o medicamento ao mercado brasileiro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária anunciou nesta terça-feira (10) a suspensão da importação e do comércio do medicamento Onicit, cloridrato de palonosetrona, agente antinauseante e antiemético recomendado contra enjôos e vômitos durante sessões de quimioterapia, no tratamento de tumores malignos.
Segundo o órgão, durante uma inspeção realizada em abril, foram encontradas irregularidades na unidade fabril da empresa OSO Biopharmaceuticals Manufacturing, nos EEU|U|. O produto vinha sendo importado no Brasil pela Schering-Plough, de São Paulo.
A decisão vale em todo o território nacional e deve ser acatada imediatamente, após a publicação no Diário Oficial da União. O recolhimento dos lotes é de responsabilidade do fabricante. Quem tiver adquirido o remédio, cujo número do lote está descrito na embalagem, deve interromper o uso.
Comentários:
Postar um comentário