Análise
com 2.857 mulheres revela que risco de tumores malignos é de 83% após 15 anos
de uso da hormonoterapia.
Especialistas do California Teachers Study, entidade voltada para a pesquisa do
câncer de mama nos Estados Unidos, divulgaram estudo no último dia 10 que
evidencia a relação entre terapia de hormônios como os progestágenos e a incidência
de câncer de mama em mulheres.
A pesquisa reuniu dados de 2.857 pessoas do sexo
feminino, acompanhadas durante quase 10 anos. Segundo os dados, mulheres que
utilizaram a terapia de estrogênio por mais de 15 anos apresentam risco 19%
maior de contraírem tumores malignos nos seios na comparação com aquelas que
nunca usaram o regime de administração da substância.
"Os benefícios de terapia de reposição
hormonal para alívio de sintomas pós-menopausa são claros, mas os riscos também
são maiores do que imaginávamos", afirma Tanmai Saxena, da Escola de
Medicina Kech da Universidade do Sul
da Califórnia.
O trabalho foi publicado na revista Cancer
Epidemiology, Biomarkers & Prevention, publicação da associação
norte-americana para pesquisas sobre o câncer. Quando combinado com
progestágenos, a terapia com estrogênio, feita durante 15 ou mais anos, aumenta
em até 83% as chances de câncer de mama. Segundo os especialistas, o risco está
associado também ao índice de massa corporal (IMC). Entre mulheres com índices
menores que 30, as chances aumentam.
Para Susan Hankinson, professora na Escola Médica
de Harvard, a pesquisa destaca a mensagem das instituições de saúde pública nos
Estados Unidos: há uma relação de risco entre o uso de hormônios e o câncer de
mama.
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