O objetivo do Instituto Nacional de Câncer dos
Estados Unidos é utilizar a Nanotecnologia (sem dúvida um dos avanços
tecnológicos chaves de nossos tempos), para eliminar antes de 2015 as mortes e
o sofrimento causados pelo câncer. Neste sentido as investigações atuais se
centram em como utilizar a Nanotecnologia para mudar de forma
radical a capacidade da medicina para diagnosticar, compreender e tratar o
câncer.
Investigações já realizadas conseguiram desenvolver
nano-aparelhos capazes de detectar um câncer na fase muito preliminar,
localizá-lo com extrema precisão, proporcionar tratamentos especificamente dirigidos
às células malignas e medir a eficácia de ditos tratamentos na eliminação das
células malignas. Mas as investigações continuam, e tal é o alcance dos últimos
avanços tecnológicos neste campo, que os especialistas acreditam que a
nanotecnologia transformará as próprias bases do diagnostico, tratamento e
prevenção desta doença mortal.
Graças a
outro grande projeto, o Human Genome Project, os cientistas sabem cada vez mais
sobre o desenvolvimento do câncer, o que por sua vez cria novas possibilidades para
atacar a base molecular desta doença. Até agora, os pesquisadores não dispunham
de inovações tecnológicas necessárias para converter importantes achados
moleculares em benefícios diretos para enfermos de câncer. É aqui onde a
Nanotecnologia pode assumir um papel chave, através do desenvolvimento de
avanços tecnológicos e ferramentas capazes de transformar a capacidade
diagnostica, terapêutica e preventiva da medicina atual.
Pesquisadores
do MIT eliminaram tumores de ovário em um rato utilizando nano partículas que
distribuíram genes responsáveis por matar as células cancerígenas. A
descoberta, de acordo com o MIT, pode levar a um novo tratamento de câncer de
ovário. Considerado uma das formas mais mortais de câncer, ele causa certa de
15 mil mortes, todos os anos, somente nos EUA.
Daniel
Anderson, pesquisador do David H. Koch Institute for Integrative Cancer
Research, no MIT, fez uma informou que os testes clínicos com humanos devem
começar dentro um ano, aproximadamente. “Estou muito feliz que nossa pesquisa
possa potencialmente contribuir para o tratamento do câncer de ovário” disse
Robert Langer, professor do Instituto.
Grupos
de pesquisa de várias universidades têm trabalho em diversas frentes com a utilização
de nanotecnologia para projetar sistemas em nível molecular que irão tentar
destruir células cancerígenas. A técnica utilizada consiste em introduzir e
aquecer nanopartículas de ouro – desenvolvidas pelo MIT, em maio – sem causar efeito
colateral considerável nas células ao redor.
Os
ratos que receberam este tratamento tiveram o câncer extinguido dentro de 15
dias e ficaram livres da doença durante o período de 3 meses que duraram as
pesquisas.
Esta
boa notícia apareceu apenas meses após o MIT anunciar que um grupo de
cientistas desenvolveu uma nanotecnologia capaz de ser colocada dentro de
células vivas para determinar se a quimioterapia estava tratando o câncer ou se
estava atacando células saudáveis. Eles utilizaram nano tubos de carbono
envoltos em DNA para que as células pudessem ser injetadas de forma segura no
tecido.
Os
pesquisadores reportaram que as nanopartículas são construídas através de uma
combinação de polímeros biodegradáveis carregados positivamente e DNA.
Os cientistas ainda acreditam que será
possível tratar o câncer de próstata e infecções virais com nanopartículas. De
acordo com o MIT eles também planejam estudar se este método pode ser utilizado
para tratar câncer no cérebro, pulmão e fígado.
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