Apesar dos riscos associados à
paternidade tardia – válidos tantos para a mãe como para o pai –, a verdade é
que ter um filho numa fase mais madura pode representar um renascimento, uma
nova esperança numa fase da vida em que já são poucas as surpresas.
As crianças nascidas de homens mais
velhos têm um risco maior de linfoma não-Hodgkin, segundo investigadores
norte-americanos, avança o site UPI.com.
A investigação do City of Hope
National Medical Center usou dados do estudo California Teachers, que monitoriza
a saúde, o estilo de vida e a informação demográfica de cerca de 133.500
professoras e administradoras do sistema de reformas de escolas públicas da
Califórnia. Os cientistas focaram-se em 110.999 mulheres, 819 com diagnóstico
de doença maligna hematológica, ou cancro do sangue.
Risco 59% maior
O estudo, publicado online antes da
versão impressa no dia 15 de Junho, no American Journal of Epidemiology, indica
que as participantes do estudo, que nasceram de pais com 40 anos de idade e
mais velhos, tiveram um risco 59% mais elevado de linfoma não-Hodgkin, em
comparação com as mulheres nascidas de pais com 25 anos e mais jovens. Os
filhos de pais mais velhos têm maior probabilidade de cancro da próstata e da
mama na vida adulta, bem como alguns tipos de cancro do sangue durante a
infância.
Além disso, homens que têm filhos mais
tarde, têm filhos menos inteligentes. Pelo menos é isso que sugere um estudo
australiano publicado pela revista científica PLoS (Public Library of Science
Medicine). Por outro lado, bebês nascidos de mães mais velhas saíram-se melhor
nos mesmos testes de inteligência voltados para a medição das habilidades de
raciocínio. A explicação pode estar em mutações no esperma do pai ao longo dos
anos.
"Um homem pode pensar ‘eu posso
ter um bebê aos 50 ou 60 anos e viver o tempo suficiente para vê-lo na
faculdade’", dizem os cientistas. "Mas pode haver outros riscos para
o filho, e é preciso ter consciência desses riscos”, aconselham
UPI.com
Comentários:
Postar um comentário