Recentemente,
após um almoço em casa, servi um café orgânico e alguém me perguntou sobre as
vantagens desse tipo de produto natural. Pra mim, a resposta a essa pergunta é
até algo intuitiva. Apesar de muita gente já ter ouvido falar dos
orgânicos, a maioria ainda tem muitas dúvidas sobre esse tipo de produto e
confunde com hidropônicos (aqueles cultivados em água com adubos artificiais
solúveis) e até com transgênicos (modificados por técnicas de engenharia
genética). E ainda é comum confundir alimentação orgânica com dietas
restritivas, como a vegetariana e a macrobiótica, ou com a ingestão de produtos
sem açúcar, lactose ou glúten. Então, aqui está uma relação altamente
convincente de bons argumentos para se consumir os produtos orgânicos, (retirados
do site Ambiente
Brasil), mais ainda quando se tem criança em casa. Bon apetit
e...santé.
1. Evita problemas de saúde causados pela ingestão
de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos têm demonstrado que os agrotóxicos
são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos
podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais,
problemas neurológicos e até câncer.
2. Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos
ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor
nutritivo.
3. Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e
aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos
químicos que possam alterá-los.
4. Protege futuras gerações de contaminação
química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos
afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica
exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como
base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.
5. Evita a erosão do solo. Através das técnicas
orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem,
etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.
6. Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos
utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e
poluem rios e lagos.
7. Restaura a biodiversidade, protegendo a vida
animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza,
criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do
estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.
8. Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria,
a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que têm na terra a
sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo
orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais.
9. Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa
os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a
incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o
procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo
como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa
mecanização que a caracteriza.
10. O produto orgânico é certificado. A qualidade
do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é
fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos
certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de
alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de
Certificação é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos mais
saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.
O governo definiu em dezembro de 2008, por meio do
Decreto 6.323, os critérios para
funcionamento do sistema de produção e comercialização de produtos orgânicos, estabelecendo
regras para a produção, armazenamento, rotulagem, transporte, certificação,
comercialização e fiscalização desses produtos. De acordo com informações do
Ministério da Agricultura, 15 mil produtores trabalham com orgânicos no País,
numa área estimada em 800 mil hectares.
Esse é um movimento muito interessante, originado na Europa, de retorno aos hábitos alimentares saudáveis que vigoravam antes da era da industrialização dos alimentos, que começou a se consolidar como alternativa social de consumo consciente há cerca de dez anos, justamente no período em que morei no sul da França e podia freqüentar as feiras organizadas por pequenos produtores rurais que se reuniam para comercializar seus produtos orgânicos. Hoje, quase toda a produção orgânica está controlada por empresas certificadoras.
Esse é um movimento muito interessante, originado na Europa, de retorno aos hábitos alimentares saudáveis que vigoravam antes da era da industrialização dos alimentos, que começou a se consolidar como alternativa social de consumo consciente há cerca de dez anos, justamente no período em que morei no sul da França e podia freqüentar as feiras organizadas por pequenos produtores rurais que se reuniam para comercializar seus produtos orgânicos. Hoje, quase toda a produção orgânica está controlada por empresas certificadoras.
O alimento industrializado -
quer seja de origem vegetal ou animal -, passa por todo um processo de
manipulação laboratorial na fase de produção de matrizes e de sementes
geneticamente modificadas, e agrícola, na fase de cultivo anabolizado com
fertilizantes sintéticos e controle de pragas utilizando pesticidas altamente
tóxicos, prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Depois, na industrialização
propriamente dita, entram os conservantes, os corantes, os aromatizantes e toda
aquela parafernália de químicos, a maioria dos quais de ação carcinogênica já
devidamente comprovada.
No produto orgânico não são
usados pesticidas, sementes geneticamente modificadas ou fertilizantes
sintéticos, o sistema de cultivo observa as leis da Natureza e todo o manejo
agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos
recursos naturais. Em sua maioria, a produção orgânica provem de pequenos
núcleos familiares que tiram da terra o seu sustento, conservando o solo fértil
e garantindo a sobrevivência de sua família, desestimulando o êxodo rural e
fortalecendo o vínculo do homem à terra.
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