segunda-feira, 28 de junho de 2010

0

Dez motivos para consumir orgânicos.


Recentemente, após um almoço em casa, servi um café orgânico e alguém me perguntou sobre as vantagens desse tipo de produto natural. Pra mim, a resposta a essa pergunta é até algo intuitiva. Apesar de muita gente já ter ouvido falar dos orgânicos, a maioria ainda tem muitas dúvidas sobre esse tipo de produto e confunde com hidropônicos (aqueles cultivados em água com adubos artificiais solúveis) e até com transgênicos (modificados por técnicas de engenharia genética). E ainda é comum confundir alimentação orgânica com dietas restritivas, como a vegetariana e a macrobiótica, ou com a ingestão de produtos sem açúcar, lactose ou glúten. Então, aqui está uma relação altamente convincente de bons argumentos para se consumir os produtos orgânicos, (retirados do site Ambiente Brasil), mais ainda quando se tem criança em casa. Bon apetit e...santé.

1. Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos têm demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até câncer.
2. Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.
3. Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.
4. Protege futuras gerações de contaminação química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.
5. Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.
6. Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos.
7. Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.
8. Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que têm na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais.
9. Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.
10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.
Ambiente Brasil
O governo definiu em dezembro de 2008, por meio do Decreto 6.323, os critérios para funcionamento do sistema de produção e comercialização de produtos orgânicos, estabelecendo regras para a produção, armazenamento, rotulagem, transporte, certificação, comercialização e fiscalização desses produtos. De acordo com informações do Ministério da Agricultura, 15 mil produtores trabalham com orgânicos no País, numa área estimada em 800 mil hectares. 

Esse é um movimento muito interessante, originado na Europa, de retorno aos hábitos alimentares saudáveis que vigoravam antes da era da industrialização dos alimentos, que começou a se consolidar como alternativa social de consumo consciente há cerca de dez anos, justamente no período em que morei no sul da França e podia freqüentar as feiras organizadas por pequenos produtores rurais que se reuniam para comercializar seus produtos orgânicos. Hoje, quase toda a produção orgânica está controlada por empresas certificadoras.
O alimento industrializado - quer seja de origem vegetal ou animal -, passa por todo um processo de manipulação laboratorial na fase de produção de matrizes e de sementes geneticamente modificadas, e agrícola, na fase de cultivo anabolizado com fertilizantes sintéticos e controle de pragas utilizando pesticidas altamente tóxicos, prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Depois, na industrialização propriamente dita, entram os conservantes, os corantes, os aromatizantes e toda aquela parafernália de químicos, a maioria dos quais de ação carcinogênica já devidamente comprovada.
No produto orgânico não são usados pesticidas, sementes geneticamente modificadas ou fertilizantes sintéticos, o sistema de cultivo observa as leis da Natureza e todo o manejo agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais. Em sua maioria, a produção orgânica provem de pequenos núcleos familiares que tiram da terra o seu sustento, conservando o solo fértil e garantindo a sobrevivência de sua família, desestimulando o êxodo rural e fortalecendo o vínculo do homem à terra.

Comentários: