domingo, 20 de junho de 2010

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Participe: campanha da Abrale pede doação de medula.


A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) iniciou no último dia 14 mais uma campanha para mostrar à população que a doação de medula pode salvar a vida de mais de 2.500 pacientes brasileiros que não encontram doador compatível na própria família.

Esse é o caso de Yan Cunha, de 6 anos. Ele sofre de um tipo grave de leucemia e, desde 2007, enfrenta um intenso tratamento quimioterápico que inclui períodos de isolamento no hospital. Como os medicamentos diminuem a imunidade, Yan não pode frequentar a escola regular, mas assiste aulas especiais no Hospital A. C. Camargo, onde é atendido.

Seu pai, Cledemilton Cunha, conta que quando soube do diagnóstico sua mulher estava grávida de 5 meses. A família se encheu de esperança, mas infelizmente o sangue da irmã também não foi compatível com o de Yan. "Agora ele depende totalmente de encontrar um doador voluntário, pois a chance de cura com a quimioterapia é de apenas 15%." 

Para ser um doador, basta se registrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Os interessados precisam ter entre 18 e 55 anos de idade, boa saúde e se cadastrar no hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações. Em seguida, é feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador).

Os dados do doador são então inseridos no cadastro e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade é verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.

O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Sob anestesia peridural, células-tronco do doador são extraídas do osso da bacia. O material extraído vira uma bolsa de transfusão e é repassado ao paciente por meio de um cateter inserido na veia cava. As células-tronco doadas se instalam então no local onde ficava a medula óssea doente.

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