sexta-feira, 4 de junho de 2010

0

Ouro contra o câncer.


Um novo teste, desenvolvido pelo Fraunhofer Institute for Biomedical Thechnology (IBMT), da Alemanha, confirma que, ao mesmo tempo, o ouro pode ser usado para descobrir e para eliminar a doença, com resultados imediatos. É o metal a favor da humanidade. 

Mais do que uma mercadoria (commodity) com cotação internacional, disputada pelos investidores em momentos agudos de crise — como o atual —, o ouro tem uma função importantíssima na medicina e, particularmente, na cura do câncer. Nanopartículas (minúsculas porções) do precioso metal vêm sendo usadas em quimioterapia para o combate de diversos tipos da doença, um avanço possível graças aos cientistas Raghuraman Kannan e Kattesh Katti, da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos.

No novo teste, os cientistas aquecem e expandem o tecido humano, com o uso de raio laser, e usam nanopartículas do metal para identificar se aquela parte do corpo está ou não doente — as células cancerígenas aparecem mais brilhantes do que as demais. Caso a moléstia seja identificada, as nanopartículas de ouro são imediatamente aquecidas. E, pelas suas propriedades naturais, são capazes de destruir apenas as células doentes sem danificar as boas.

Trata-se de uma estratégia extremamente eficaz, porque, no instante em que se detecta a doença (antes que ela se transforme em ameaça real à vida), pode-se eliminá-la. O diagnóstico é feito em poucos minutos, ao contrário de hoje. O método também pode ser usado para identificar e destruir as células cancerosas metásticas (surgimento de novo foco do tumor).

O uso do ouro também se estende a terapias para o reumatismo (sais de ouro), malária e a Aids, e o metal possui propriedades curativas para problemas de pele e infecções. “O emprego do ouro na medicina vai crescer. Mas, mesmo que o peso seja pequeno para a indústria, o uso médico do metal terá um impacto real pelas belas histórias que se terá para contar”, afirma Richard Holliday, diretor do Conselho Mundial do Ouro, que participou de um recente seminário em Lima, no Peru.

Na sua avaliação, as pessoas querem ouvir que a magia do ouro não ocorre apenas por sua beleza ou seu valor, mas também pelas notáveis propriedades do metal. “Estamos diante de um cenário emergente, que será explorado pela medicina, em especial”, acrescenta Holliday. Atualmente, 70% do ouro produzido são absorvidos pelas joalherias e pelo mercado financeiro. Outros 12% vão para a indústria eletrônica.

Comentários: