Os
custos, naturalmente, serão repassados totalmente para os quase 50 milhões de
segurados como tem sido a praxe. Com as mudanças determinadas pela ANS, eles passam
a ter acesso a um número maior de procedimentos médicos e odontológicos. As
operadoras vão reajustar seus valores no momento da renovação de seus contratos.
O novo rol de procedimentos e eventos em saúde amplia a cobertura mínima
obrigatória para os beneficiários de planos de saúde e passa a listar, de uma
só vez, tanto os procedimentos médicos quanto os odontológicos.
Entre
as alterações, destacam-se a inclusão de cobertura obrigatória para diversas
cirurgias torácicas realizadas por vídeo, novas tecnologias, como implante de
marcapasso multissítio e PET-Scan oncológico, transplante alogênico de medula
óssea, número maior de sessões de fonoaudiologia, terapia ocupacional,
psicologia, nutricionista para determinadas patologias e coroa unitária e bloco,
no caso de segmentação odontológica.
O
PET-Scan permite analisar o corpo inteiro, sem que o paciente seja submetido a
maior exposição radioativa e diferencia tumores benignos de malignos, determina
a fase do câncer e monitora o resultado do tratamento. “A partir deste exame, o
médico é capaz de decidir com segurança e rapidez como será o tratamento, se a
opção é ou não a cirurgia e acompanhar a evolução do paciente”, explica o dr.
José Soares Jr, presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Medicina Nuclear
e Imagem Molecular, SBBMN.
A
partir deste mês, os planos de saúde têm que cobrir o exame PET-Scan no câncer
pulmonar de células não pequenas para caracterização de lesões e estadiamento,
no linfoma para estadiamento,
avaliação da resposta terapêutica e monitoramento da recidiva.
A SBBMN
reconhece a importância da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ter
incluído no Rol de Procedimentos e Eventos da Saúde, mas alerta: “É pouco”.
O
PET-Scan é um dos exames mais poderosos da Medicina Nuclear e a SBBMN, junto
com a Sociedade Brasileira de Cancerologia e o Instituto Nacional do Câncer,
preparou e divulgou uma lista de recomendações, mostrando que o exame alcança
excelentes resultados em diversos tumores e que apresenta custo-efetivo quando
utilizado adequadamente.
As
vantagens versus o custo tornam o PET-Scan cada vez mais importante no
diagnóstico e no acompanhamento de diferentes tipos de tumores. Nos tumores de
pulmão, por exemplo, o exame pode modificar a conduta terapêutica inicialmente
proposta em cerca de 70% dos casos, reduzindo o número de cirurgias
desnecessárias em cerca de 60% dos pacientes, o que na prática significa melhor
qualidade de vida, menos sofrimento e até maior sobrevida. Para o sistema de
saúde, redução de custos com economia de recursos.
Este
tipo de resultado favorável com relação ao uso do exame PET-Scan se repete em
outros tumores malígnos, como câncer de esôfago, câncer de mama, melanoma,
câncer de tireóide, tumores de cabeça e pescoço, câncer colorretal, linfoma e
outros.
Apesar da Resolução Normativa 211 da
ANS obrigar os planos de saúde a cobrirem o PET-Scan nos casos estabelecidos,
câncer de pulmão e linfoma, este exame pode e deve ser utilizado em muitos
outros tipos de tumores e, além disso, ainda não conta com a cobertura do
Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, a luta da SBBMN para ampliar
definitivamente o acesso da população ao PET-Scan continua.
2 Comentários:
Não entendo certas coisas... A informação e as notícias que eu tinha, é de que o PET-CT é coberto pelo SUS há algum tempo, tanto que vários pacientes já o fizeram sem nenhum custo, inclusive eu e o Tadeu. De certo devem ser condutas específicas, com indicação embasada em respostas anteriores aos tratamentos, pois nossos casos não foram simples, muito menos curáveis com o 1º plano de tratamento...
olá quero saber em caso de urina e entrar em contato com o medicamento do pet scan e não ser lavado na hora o que pode ocorrer alem da vermelidão e o procedimento a ser feito em caso de contato e ser percebido so horas depois do ocorrido meu email é helianamoraes2009@hotmail.com
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