quinta-feira, 12 de agosto de 2010

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Era só o que faltava: diz que estresse elimina tumores cancerígenos


Se você quiser inventariar tudo o que já se tentou na luta contra o câncer terá uma lista impressionante e longa dos itens mais interessantes possíveis. Radioterapia, quimioterapia, saliva de carrapato, veneno de cobra, todo tipo de ervas, folhas e cascas, leite materno, nanotecnologia, biotecnologia, meditação, nutrição, ginástica. Só pra citar os que recordo nesse momento. E se você acompanha matérias sobre saúde, deve estar enjoado de ouvir falar sobre os malefícios do stress: que traz velhice precoce, transtornos cardíacos, que desregula as funções de alguns órgãos… mas, agora, até o stress pode ter seu lado bom, dizem os bravos pesquisadores. E não seria uma coisa insignificante, ele poderia ajudar a combater tumores de câncer.
Bem, não é difícil de se obter e nunca faltará no mercado. O que me preocupa são os efeitos colaterais. Haja coração!
Cientistas observaram isso a partir de experimentos com cobaias. Para começar, injetaram em todos uma substância chamada melanoma, que provoca câncer de pele nos camundongos, e deixaram os tumores crescer. Quando isso aconteceu, puseram alguns em jaulas isoladas, calmas e em silêncio, sem interagir com outros ratos. Os outros foram colocados em uma grande jaula com mais espaço, mais objetos e muito mais ratos do que o normal.
Engaiolados em conjunto, com mais espaço, os ratos se movimentavam muito mais do que os que foram colocados em jaulas tranqüilas, e chegavam até a brigar uns com os outros. Essa intensidade deixava sempre alto o nível de estresse nos ratos em jaulas “ativas”. Em três semanas, não houve nenhuma mudança nos ratos em gaiolas tranqüilas, e o tumor continuou a aumentar na intensidade esperada. Já entre os ratos “estressados”, 77% tiveram redução do tumor, e em 17% deles o câncer sumiu completamente, sem nenhum tratamento.
Para provar que o motivo da redução era o estresse e não o simples fato de estarem em movimento, os ratos das gaiolas tranqüilas eram colocados para correr, três vezes por semana, naquelas rodinhas de camundongos, e o tumor seguiu crescendo neles.
A explicação para isso está em uma proteína cerebral, chamada de Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo - BDNF, na sigla em inglês -, que é produzida em maior quantidade quando os ratos estão estressados. Essa proteína diminuiu no organismo os níveis do hormônio Leptina, que em excesso é responsável pelo surgimento dos tumores do câncer de pele (devido à ação do melanoma), mama e próstata. Logo, quanto mais da proteína BDNF no corpo, menos Leptina, e menos crescimento dos tumores.
Os investigadores descobriram que um ambiente estimulante ativa uma via do sistema nervoso que o cérebro usa para se comunicar com o tecido adiposo. As células da gordura são "ordenadas" a deixar de liberar a Leptina na corrente sanguínea. A Leptina normalmente limita o apetite, mas o estudo constatou que também acelera o crescimento do câncer.
A Leptina não atua da mesma forma nos humanos e nos ratos. Apesar disso, no entanto, os pesquisadores afirmam que se pode tirar conclusões importantes. Eles esperam aprender mais sobre o tratamento no cérebro e o controle da produção de BDNF. Assim, quem contrair algum tumor cancerígeno, no futuro, não vai precisar começar a viver estressado, a medicina espera que a proteína BDNF possa ajudar.

1 Comentário:

Anitha disse...

Olá, meu querido!

Adorei as músicas que estão postadas no seu blog. Muito bom gosto!
Paz e luz!
Bom final de semana!
Beijo