O correspondente ao "genérico" da droga
biológica (como um anticorpo monoclonal) é o chamado biossimilar. Eles atacam células específicas, como as de um tumor.
Feitos a partir de substâncias vivas, os remédios biológicos, produtos da
moderna biotecnologia e engenharia genética são considerados a principal
inovação em medicamentos dos últimos anos. A esperança é que esses remédios
tragam avanços em áreas em que a ciência está perdendo. Essa tecnologia já está
sendo aplicada para tratar certos tipos de tumor (linfoma e câncer de mama) e
doenças autoimunes (artrite reumatóide e psoríase).
A aprovação dos chamados biossimilares
poderá reduzir de 10% a 20% o valor dos tratamentos biológicos, de alto custo
para o consumidor e para o sistema público de saúde.
Enquanto se espera que os remédios
biológicos ganhem a batalha contra as doenças, a indústria de pesquisa trava
contra a de genéricos uma guerra não declarada sobre como será a reprodução
desses medicamentos quando os originais perderem as patentes.
Os laboratórios nacionais já
começaram a fazer o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
para este tipo de medicamento e alguns deles poderão ser lançados até o fim
deste ano no país. O laboratório Aché, por exemplo, prometia fazer o registro
de um desses medicamentos no início de 2011 e de outro até dezembro, ambos
voltados para a oncologia.
As drogas biológicas tem sido a nova
aposta das grandes farmacêuticas. Elas são derivados de materiais vivos
(plantas, animais ou microrganismos como vírus e bactérias) ou de células
geneticamente modificadas. Os tipos de medicamentos biológicos mais conhecidos
são os hormônios, como as insulinas, as vacinas profiláticas, as vacinas
terapêuticas e os anticorpos monoclonais.
Em dezembro, a Anvisa divulgou novas
normas para o registro de produtos biológicos. As determinações estão reunidas
na RCD (Resolução Colegiada da Diretoria) nº 55, que estabelece requisitos
mínimos de qualidade, segurança e eficácia para medicamentos biológicos. A
partir dessa resolução, a Agência permitirá o desenvolvimento de produtos
biológicos alternativos por meio de comparabilidade com outros já existentes no
mercado, ou seja, com os medicamentos biossimilares.
Mas, como aprovar
um biossimilar? A discussão promete ser longa e acalorada. Naturalmente a
empresa detentora da patente sugerirá a realização de longos estudos, para
adiar o lançamento do concorrente.
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O medicamento Tenofovir, usado no
tratamento da Aids, passará a ser produzido pela Fundação Ezequiel Dias
(Funed), laboratório farmacêutico público do Governo de Minas, para
distribuição em todo o território nacional. Trata-se de medicamento importado e
de alto custo e será também o primeiro antirretroviral genérico produzido no
país.
O registro, ou seja, a autorização da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção do Fumarato de Tenofovir
Desoproxila (nome do genérico) pela Funed, foi publicado no Diário Oficial da
União no início de fevereiro.
1 Comentário:
Olá Daniel
Parabéns pelo Blog...muito bom mesmo, adorei!
Tudo de bom para você e força!!
Beijos
Sol
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