Remédio é usado em pacientes com câncer
de próstata com tumores espalhados fora da glândula. O 'cabazitaxel' reduz em
até 30% o risco de morte do paciente. Preço: R$ 14 mil
Começou a ser vendido no Brasil a partir desta
terça-feira (17) o "Jevtana", nome comercial da nova droga para combater o câncer de próstata, a principal
forma de tumor maligno e a segunda que mais mata homens em todo o mundo. O cabazitaxel, principio ativo, novo tipo
de quimioterapia, reduz em até 30% o risco de morte do paciente e prolonga a
vida por, em média, 15 meses.
A droga é recomendada quando todas as outras formas
de tratamento já falharam. Ainda fora do Sistema Único de Saúde (SUS), cada
ciclo do medicamento custa R$ 14 mil.
Terapia hormonal
Até 20% dos pacientes descobrem a doença
tardiamente, quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo do
paciente – fenômeno conhecido como metástase. Para esses casos, a primeira
opção de tratamento indicada pelos médicos é a "hormonioterapia",
técnica que consiste na redução dos níveis de testosterona no corpo do
paciente.
As pesquisas com hormonioterapia para tratar câncer
de próstata renderam o prêmio Nobel de Medicina ao médico Charles Brenton
Huggins, em 1966. A técnica pode ser usada junto com a radioterapia e
intervenções cirúrgicas.
Para reduzir a testosterona no corpo, o paciente
pode tanto ter os testículos removidos como receber drogas para diminuir a
produção do hormônio. A castração cirúrgica é mais usada para os casos de
câncer de próstata avançados localmente – quando as metástases são locais,
próximas à próstata.
“Quando há metástases no corpo inteiro faz pouco
sentido fazer a cirurgia, já que o problema se tornou sistêmico”, explica Óren.
Apesar de ser útil para controlar a doença em 90%
dos casos, a hormonioterapia só dura, em média, dois anos, depois deste tempo
as células do câncer desenvolvem resistência a terapia. Depois disso, a saída é
a quimioterapia.
Quimioterapia
Atualmente, a droga mais recomendada para o
tratamento quimioterápico se chama "docetaxel", a única
opção que consegue atenuar os sintomas e prolongar por alguns meses a vida do
paciente.
“Após o uso do remédio quimioterápico, bastam dias
para que as dores ósseas causadas pelas metástases sumam“, diz Antônio Buzaid,
ex-professor do MD
Anderson Cancer Center, núcleo de estudos sobre a doença ligado à
Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
Um estudo clínico de fase 3 – o último estágio das
pesquisas clínicas, necessário para a aprovação dos órgãos de vigilância
sanitária quanto à comercialização – foi feito para o cabazitaxel, com 755
pacientes de 26 países, em 146 centros médicos. Todos estavam com câncer de
próstata com metástase e já haviam passado por tratamento hormonal e por quimioterapia
com docetaxel.
Os resultados mostraram a redução de 30% do risco
de morte do paciente e o prolongamento da vida, em média, de 15 meses.
Com
informações do G1
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