Procedimento usa técnica de
emissão de pósitrons, como no PET Scan, em lugar do raio-X
Um novo exame de tomografia específico
para a detecção do câncer de mama, especialmente em estágio inicial, foi
apresentado por pesquisadores do Conselho Superior de Investigações Científicas
da Espanha. Além de propiciar maior conforto à mulher, uma vez que o
dispositivo não comprime as mamas, como no exame tradicional, o novo aparelho
possibilita os mais altos índices de sensibilidade e a melhor resolução de
imagem disponível no mercado, já que usa técnica de tomografia por emissão de
pósitrons (partículas positivas de um átomo) – as atuais mamografias são feitas
com raio-X das glândulas mamárias.
Chamado
Mammi (mamografia por imagem molecular, na sigla em inglês), o aparelho está
instalado no Instituto Nacional do Câncer de Amsterdã, na Holanda. A maior inovação
está na maneira como a imagem da mama é captada. A paciente fica deitada de
bruços sobre uma mesa especial, com o seio encaixado em uma cavidade
especialmente projetada para esse fim. Ao lado da maca, é posicionado um
carrinho incorporado ao sistema de detecção de imagem, que é feito com sensores
de raios gama.
A
imagem é obtida, então, sem a compressão dos seios, graças ao detector em
formato de anel que circula a abertura da cavidade onde está a mama. “O
aparelho melhora significativamente a visualização e o diagnóstico, porque, às
vezes, tumores estão bem próximos à base do músculo peitoral”, diz José María
Benlloch, coordenador do estudo e diretor do Instituto de Instrumentação de
Imagem Molecular da Espanha.
Com
a nova técnica, os cientistas esperam antecipar em um ou dois anos os
tratamentos para o câncer de mama. Isso porque, enquanto os procedimentos
atuais conseguem detectar apenas as lesões já visíveis, o Mammi irá medir a
atividade metabólica do futuro tumor e sinalizar o começo da formação da
doença.
As
células cancerígenas, identificadas devido a seu alto consumo de glicose,
poderão, assim, ser detectadas antes mesmo da formação da primeira lesão. O
diagnóstico precoce pode reduzir a mortalidade pela doença em até 29%.
Fonte: veja.abril.com.br
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