quinta-feira, 19 de maio de 2011

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Mamografia obtida sem esmagamento da mama antecipa diagnóstico em 2 anos

Procedimento usa técnica de emissão de pósitrons, como no PET Scan, em lugar do raio-X
Um novo exame de tomografia específico para a detecção do câncer de mama, especialmente em estágio inicial, foi apresentado por pesquisadores do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha. Além de propiciar maior conforto à mulher, uma vez que o dispositivo não comprime as mamas, como no exame tradicional, o novo aparelho possibilita os mais altos índices de sensibilidade e a melhor resolução de imagem disponível no mercado, já que usa técnica de tomografia por emissão de pósitrons (partículas positivas de um átomo) – as atuais mamografias são feitas com raio-X das glândulas mamárias.

Chamado Mammi (mamografia por imagem molecular, na sigla em inglês), o aparelho está instalado no Instituto Nacional do Câncer de Amsterdã, na Holanda. A maior inovação está na maneira como a imagem da mama é captada. A paciente fica deitada de bruços sobre uma mesa especial, com o seio encaixado em uma cavidade especialmente projetada para esse fim. Ao lado da maca, é posicionado um carrinho incorporado ao sistema de detecção de imagem, que é feito com sensores de raios gama.

A imagem é obtida, então, sem a compressão dos seios, graças ao detector em formato de anel que circula a abertura da cavidade onde está a mama. “O aparelho melhora significativamente a visualização e o diagnóstico, porque, às vezes, tumores estão bem próximos à base do músculo peitoral”, diz José María Benlloch, coordenador do estudo e diretor do Instituto de Instrumentação de Imagem Molecular da Espanha.

Com a nova técnica, os cientistas esperam antecipar em um ou dois anos os tratamentos para o câncer de mama. Isso porque, enquanto os procedimentos atuais conseguem detectar apenas as lesões já visíveis, o Mammi irá medir a atividade metabólica do futuro tumor e sinalizar o começo da formação da doença.

As células cancerígenas, identificadas devido a seu alto consumo de glicose, poderão, assim, ser detectadas antes mesmo da formação da primeira lesão. O diagnóstico precoce pode reduzir a mortalidade pela doença em até 29%.

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