sexta-feira, 13 de maio de 2011

0

Calcinhas, cuecas e sutiãs entram na luta contra o câncer

Segundo o livro “Por baixo do pano – a história da calcinha”, da inglesa Rosemary Hawthorne (Matrix Editora), a calcinha apareceu pela primeira vez nos idos dos 1800, quando a revolução havia mudado a França e, por extensão, toda a Europa. Até então as mulheres não usavam nada por baixo (já imaginaram as farras na corte de Napoleão?). Certamente eram muito maiores e menos interessantes do que as tangas e fios dentais que inspiraram o biquíni. As peças quase microscópicas de hoje, que, quando usadas são mais para deixar ver e despertar fantasias sexuais, agora servirão também pra veicular mensagens profiláticas de saúde, junto com as cuecas e os sutiãs.

Roupas íntimas terão de ser vendidas no Brasil com etiquetas que alertarão contra os cânceres de mama, colo de útero e próstata. O projeto de lei que prevê a nova regra foi aprovado ontem de forma conclusiva pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados. Como o projeto já havia passado pelo Senado, o texto seguirá para a sanção presidencial, caso não haja recursos no prazo de cinco dias. Pela proposta, as cuecas de tamanho adulto terão de trazer uma etiqueta com advertência sobre a importância do exame de câncer de próstata para os homens com mais de 40 anos.

Também será obrigatória a fixação de mensagem em calcinhas no tamanho adulto sobre “a importância do uso de preservativos como forma de prevenção do câncer de colo de útero e da realização periódica, por todas as mulheres com vida sexual ativa, de exames de detecção precoce dessa doença”. Nos sutiãs, a etiqueta deverá alertar sobre a importância do autoexame dos seios para detecção precoce de câncer de mama, além de trazer informações sobre como fazer o exame. A regra se aplica a todas as peças produzidas ou vendidas no Brasil, mesmo aquelas importadas.

O projeto prevê ainda uma série de punições para as empresas que descumprirem a regra, como apreensão do produto, suspensão da venda ou da fabricação, cancelamento de autorização de funcionamento da empresa e proibição de propaganda. O Ministério da Saúde irá definir como será a aplicação e a fiscalização da nova regra. Após a sanção presidencial, fabricantes e comerciantes terão 180 dias para se adaptar à novidade. O projeto tramita no Congresso desde março de 1999. Foi apresentado pelo ex-deputado Barbosa Neto (PMDB-GO). Ao justificar a proposta, naquela época, o ex-deputado argumentou que “a informação nas mãos do consumidor tende a alertar de modo contínuo”.

Editorial pelo autor do blog. Fonte: JusBrasil.

=================

“Quem diria! Eu jamais imaginei — e nem ela, vinda lá das lidas da VAR-Palmares —  que Dilma Rousseff, um dia, decidiria a conformação das nossas cuecas, calcinhas e sutiãs”, escreveu Reinaldo Azevedo em seu blog.

Comentários: