Segundo o livro “Por baixo do pano – a história da
calcinha”, da inglesa Rosemary Hawthorne (Matrix Editora), a calcinha apareceu
pela primeira vez nos idos dos 1800, quando a revolução havia mudado a França
e, por extensão, toda a Europa. Até então as mulheres não usavam nada por baixo
(já imaginaram as farras na corte de Napoleão?). Certamente eram muito maiores
e menos interessantes do que as tangas e fios dentais que inspiraram o biquíni.
As peças quase microscópicas de hoje, que, quando usadas são mais para deixar
ver e despertar fantasias sexuais, agora servirão também pra veicular mensagens
profiláticas de saúde, junto com as cuecas e os sutiãs.
Roupas íntimas terão
de ser vendidas no Brasil com etiquetas que alertarão contra os cânceres de
mama, colo de útero e próstata. O projeto de lei que prevê a nova regra foi
aprovado ontem de forma conclusiva pela CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça) da Câmara dos Deputados. Como o projeto já havia passado pelo Senado,
o texto seguirá para a sanção presidencial, caso não haja recursos no prazo de
cinco dias. Pela proposta, as cuecas de tamanho adulto terão de trazer uma
etiqueta com advertência sobre a importância do exame de câncer de próstata
para os homens com mais de 40 anos.
Também será
obrigatória a fixação de mensagem em calcinhas no tamanho adulto sobre “a
importância do uso de preservativos como forma de prevenção do câncer de colo
de útero e da realização periódica, por todas as mulheres com vida sexual
ativa, de exames de detecção precoce dessa doença”. Nos sutiãs, a etiqueta
deverá alertar sobre a importância do autoexame dos seios para detecção precoce
de câncer de mama, além de trazer informações sobre como fazer o exame. A regra
se aplica a todas as peças produzidas ou vendidas no Brasil, mesmo aquelas
importadas.
O projeto prevê ainda
uma série de punições para as empresas que descumprirem a regra, como apreensão
do produto, suspensão da venda ou da fabricação, cancelamento de autorização de
funcionamento da empresa e proibição de propaganda. O Ministério da Saúde irá
definir como será a aplicação e a fiscalização da nova regra. Após a sanção
presidencial, fabricantes e comerciantes terão 180 dias para se adaptar à
novidade. O projeto tramita no Congresso desde março de 1999. Foi apresentado
pelo ex-deputado Barbosa Neto (PMDB-GO). Ao justificar a proposta, naquela
época, o ex-deputado argumentou que “a informação nas mãos do consumidor tende
a alertar de modo contínuo”.
Editorial pelo autor do blog. Fonte: JusBrasil.
=================
“Quem diria! Eu
jamais imaginei — e nem ela, vinda lá das lidas da VAR-Palmares — que Dilma Rousseff, um dia, decidiria a
conformação das nossas cuecas, calcinhas e sutiãs”, escreveu Reinaldo
Azevedo em seu blog.
Comentários:
Postar um comentário