sábado, 6 de novembro de 2010

0

Luminescência de células de medusa pode fazer diagnostico precoce de câncer profundo

Cientistas de Yorkshire desenvolveram um processo que utiliza as células luminosas da água-viva para diagnosticar câncer em profundidade no corpo humano. O método foi desenvolvido no Laboratório de Pesquisa do Câncer da Universidade de York,  e acredita-se que vai revolucionar a forma como alguns tipos de câncer são diagnosticados.

Os cânceres em profundidade dentro do corpo são difíceis de detectar numa fase precoce, e o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento de qualquer tipo de câncer. O processo desenvolvido envolve a inserção de proteínas derivadas de células de águas-vivas luminosas em células cancerosas.  Trata-se de uma extensão do trabalho desenvolvido pelo químico americano Roger Y. Tsien, que ganhou um prêmio Nobel em 2008 pela sua técnica para isolar células luminosas de uma proteína verde fluorescente de uma espécie de medusa, substância que permite que ela brilhe no escuro.

O que a equipe de investigação do câncer de Yorkshire tem feito é usar uma forma modificada da proteína para que ela apareça em vermelho ou azul, ao invés de seu verde original. A cor é importante para estes testes, pois a maioria das cores do espectro são rapidamente absorvidas e tumores profundos dentro do corpo se tornam invisíveis.

Com a utilização de uma câmera especialmente desenvolvida, a luminescência emitida pelas proteínas permite que se possa distinguir onde estão as células cancerosas. O processo foi denominado 'Virimaging' pelos seus criadores.

Se a pesquisa continuar a caminhar conforme o planejado, em 5 anos espera-se que o método esteja no ponto para testes clínicos, e, pronto para uso em diagnósticos médicos alguns anos depois. Tem que ser testado exaustivamente, pois  falhas na detecção de tais cânceres pequenos podem acarretar sérias conseqüências para os pacientes.

Enquanto o sistema se desenvolve no laboratório, um grande obstáculo, no entanto,  é a falta de câmeras especializadas. Apenas uma empresa, com sede nos Estados Unidos até agora tem projetado e construído um sistema de câmera que permite que as proteínas possam ser vistas dentro do corpo com a resolução desejada. Os custos da câmera estão em torno de meio milhão de libras, mais de um milhão de reais.Ler foneticamente

Traduzido e condensado de ScienceDaily de 06/11/2010, com editorial e edição de ilustração pelo autor. Leia matéria original aqui.
Matérias relacionadas:
Chemists Design New Way to Fluorescently Label Proteins

Comentários: