Sobreviver
a um câncer, para logo depois descobrir que a quimioterapia causou danos ao
coração e que você pode morrer por isso pode ser uma surpresa muito impactante.
O vice, José Alencar, está se recuperando de um infarto agudo do miocárdio muito provavelmente
em conseqüência dos vários ciclos de quimioterapia por que passou ao longo dos
últimos 15 anos. Em torno de 10% dos pacientes oncológicos correm esse risco,
mas até hoje não havia regras claras e reunidas em um só documento sobre como
tratar os doentes.
O
Brasil criou as primeiras diretrizes mundiais sobre o atendimento cardíaco ao
paciente oncológico.
As normas estão sendo
editadas pela SBC (Sociedade
Brasileira de Cardiologia) e por oncologistas e deverão ser publicadas
no início de 2011.
Estudos internacionais mostram que os
pacientes que passaram por quimioteraoia têm até 30% mais chances de
desenvolver o problema do que a população em geral. Um dos efeitos mais graves
é a cardiomiopatia, que causa um enfraquecimento do músculo do
coração e leva à insuficiência cardíaca e, em última
instância, à morte. As novas diretrizes vão facilitar a vida do médico no sentido
de orientá-lo a garantir o controle do câncer com menos chances de complicações
cardiovasculares.
Segundo o cardiologista Ricardo Kalil Filho,
um dos coordenadores das novas diretrizes, no documento haverá uma lista dos
quimioterápicos que podem causar efeitos nocivos ao coração e as recomendações
sobre como os médicos devem tratar esses pacientes. Entre os quimioterápicos
cardiotóxicos estão as antraciclinas e o trastuzumab, para tumores de
mama. O médico será orientado a solicitar um ecocardiograma do paciente dois
meses depois do início da quimioterapia.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, diz
que o SUS será um dos grandes usuários das diretrizes,
já que é responsável pelo atendimento de 80% dos tratamentos de câncer no Brasil.
Interesse mundial – o interesse sobre os
efeitos dos quimioterápicos no coração é mundial. Recentemente, a Universidade
de Harvard anunciou que abrirá um novo programa cardio-oncológico para estudar
as terapias mais indicadas no tratamento dos danos cardíacos.
Nos
EUA, há outras iniciativas isoladas. Há três anos, um grupo de cardiologistas e
oncologistas da Universidade de Minnesota abriu uma clínica com esse foco. Ele
afirma que vem usando medicamentos, como o Carvediol, para prevenir danos ao
músculo cardíaco, mas reconhece que ainda é cedo para afirmar o efeito
cardioprotetor a longo prazo.
Condensado e adaptado da
AMBr. Leia matéria original aqui. Editorial e edição de ilustração pelo
autor.
Ervas utilizadas
há mais de 1.800 anos potenciam quimioterapia e reduzem efeitos colaterais
Uma combinação de ervas chinesas em uso há mais de 1.800 anos reduziu os
efeitos colaterais da quimioterapia gastrointestinal em camundongos. E, talvez
ainda mais importante, o medicamento natural na verdade otimizou os efeitos da
quimioterapia. A descoberta, feita por cientistas da Universidade de Yale, nos
Estados Unidos, foi publicada na revista
Science.
A fórmula utilizada
no experimento, conhecida como PHY-906, é composta por quatro ervas e baseia-se em uma receita chamada Huang
Qin Tang, historicamente utilizada no tratamento de náuseas, vômitos e diarréia.
A quimioterapia provoca
uma série de efeitos colaterais tóxicos que são normalmente tratados com vários
medicamentos, com níveis de sucesso que podem deixar muito a desejar. “Causa muita
angústia para milhões de pacientes, mas a PHY-906 tem múltiplos compostos
biologicamente ativos que podem atuar sobre várias fontes de desconforto,"
segundo o Dr. Yung-Chi Cheng, coordenador da pesquisa.
Mecanismos múltiplos - A fórmula de ervas
reduziu a toxicidade da quimioterapia agindo por múltiplos mecanismos,
incluindo a inibição da inflamação e a criação de novas células intestinais. Esses
efeitos não podem ser alcançados com os medicamentos alopáticos tradicionais,
que geralmente têm como alvo apenas um mecanismo.
Para o coordenador da pesquisa, esta combinação de quimioterapia e
plantas medicinais representa um casamento perfeito das abordagens oriental e
ocidental para o tratamento do câncer.
Condensado de http://sciencetolife.com.br. Leia matéria
original aqui. Editorial e edição de ilustração pelo
autor. Mais informação aqui.
1 Comentário:
Eu sumi de novo!!! :(
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