quarta-feira, 3 de novembro de 2010

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Descoberto local onde se escondem as células que escapam da quimioterapia

Pesquisadores do Massachusetts Institute of  Technology, em Cambridge, EUA, descobrem em ratos com linfoma que um número pequeno de células cancerosas, para escapar da quimioterapia, esconde-se no Timo, órgão onde as células do Sistema Imunológico amadurecem.
Os resultados do estudo, que abre caminho para prevenir a recorrência do câncer, estão publicados na Revista Cell. Dentro do timo, as células cancerosas ficam imersas em fatores de crescimento que as protegem contra os efeitos das drogas. Estas células são, provavelmente, a origem de tumores recorrentes.

Descobriu-se que durante o tratamento contra o câncer, as células dos vasos sanguíneos liberam citocinas, proteínas pequenas que influenciam nas respostas imunes e no crescimento celular. Embora o mecanismo exato ainda seja desconhecido, os pesquisadores acreditam que os danos ao DNA induzidos pela quimioterapia faz com que estas células dos vasos sanguíneos liberem, em resposta a este estresse, uma certa quantidade de  citocinas, como a interleucina-6, que protege as células-mãe, células imaturas, promovendo a sobrevivência delas.

O próximo passo agora é começar a testar em camundongos drogas que interferem com um destes fatores de proteção. Drogas que foram originalmente desenvolvidas para tratar a artrite e serão agora testadas em ensaios clínicos para este fim. Um medicamento deste tipo, utilizado em combinação com a terapia tradicional, pode eliminar células tumorais residuais e prevenir recaídas.

É a primeira vez que se observa um sinal de proteção provocada por quimioterapia na área ao redor do tumor, conhecida como microambiente do tumor. Em resposta ao estresse ambiental, a reação física é para proteger as células dessa área privilegiada, como as células-tronco. Estes mecanismos são assimilados pelas células do tumor em resposta às terapias de primeira linha.

Embora falte determinar se estes resultados podem ser transferidos para os seres humanos, a descoberta sugere vários alvos potenciais da droga, incluindo IL-6 e uma proteína chamada Bcl-2, que é ativada pela IL-6 e “diz” às células para se manterem vivas. Os pesquisadores observaram esse efeito protetor somente no timo, mas acreditam que poderá haver outras áreas protegidas, onde as células do tumor 'se escondem', tais como a medula óssea.

A descoberta pode ajudar a explicar por que os tumores que se espalham para outras partes do corpo antes de terem sido detectados são mais resistentes à quimioterapia, pois eles podem ter assimilado algum sistema de proteção das citocinas para ajudá-los a sobreviver aos efeitos das drogas.
Traduzido e condensado de http://www.larazon.es. Edição de ilustração e editorial pelo autor. Leia matéria original aqui.

Células saudáveis criam barreiras para se proteger das cancerosas
Através da secreção de uma proteína chamada SPARC, que fica fora da parede celular, e formando um escudo de defesa, as células saudáveis criam uma barreira para se proteger de ataques das células cancerígenas, segundo uma pesquisa envolvendo cientistas na CNIO.

O estudo foi publicado na Revista Cell Desenvolvimento e lança nova luz sobre como as células normais estão lutando pela sobrevivência contra o tumor. O achado é parte de outro estudo, publicado na mesma revista no mês de junho passado, sobre como as células “falam” umas com as outras, usando um código chamado  Código Flor e informam-se sobre seu estado de saúde para que as fracas sejam eliminadas e as fortes prevaleçam.

O novo trabalho amplia a compreensão da luta entre as células tumorais e as saudáveis. As primeiras utilizam o Código Flor, enquanto as segundas constroem uma barreira para conter o ataque das rivais. A descoberta pode representar um possível novo mecanismo da terapia antitumoral, já que é concebível que a SPARC possa ser utilisada para vir a contribuir mais para conter a expansão do tumor.
Traduzido de Diario Las Américas.com, com edição de ilustração pelo autor. Leia matéria original aqui.
União Européia aprova uso de 'MabThera' como terapia de manutenção em pacientes com linfoma folicular
A Agência Européia de Medicamentos (EMEA, na sigla em Inglês) autorizou o uso de Rituximab, comercializado como MabThera pela Roche, como terapia de manutenção no tratamento de primeira linha em pacientes com linfoma folicular que responderam ao tratamento prévio de indução.

Esta decisão abre uma nova esperança para as pessoas afetadas por este tipo tão frequente de câncer linfático, uma vez que estudos têm mostrado que a sua administração a cada dois meses permite duplicar as chances de viver mais tempo sem que a doença se agrave.

De acordo com os resultados dos estudos da 'Prima', que tornou possível a adoção desta nova indicação, após dois anos de seguimento 82% dos pacientes mantidos com MabThera continuaram em remissão, em comparação com 66% dos pacientes não tratados.

Além disso, tem-se observado que a terapia de manutenção com Mabthera reduz o risco de recidiva e conseqüentemente a necessidade de repetidos ciclos de quimioterapia, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes
Traduzido de http://www.europapress.es. Leia texto original aqui.

2 Comentários:

Anônimo disse...

Deve a ciência respeitar limites éticos ou o que se deve é defender seu progresso a qualquer custo?

Anônimo disse...

Os limites da Ética são a vida e a dignidade humana. Dentro deste limite toda ação da ciência é validada.