Pesquisadores do
Massachusetts Institute of Technology,
em Cambridge, EUA, descobrem em ratos com linfoma que um número pequeno de
células cancerosas, para escapar da quimioterapia, esconde-se no Timo, órgão
onde as células do Sistema Imunológico amadurecem.
Os resultados do estudo, que abre caminho para
prevenir a recorrência do câncer, estão publicados na Revista Cell. Dentro do
timo, as células cancerosas ficam imersas em fatores de crescimento que as
protegem contra os efeitos das drogas. Estas células são, provavelmente, a
origem de tumores recorrentes.
Descobriu-se que
durante o tratamento contra o câncer, as células dos vasos sanguíneos liberam citocinas, proteínas
pequenas que influenciam nas respostas imunes e no crescimento celular. Embora
o mecanismo exato ainda seja desconhecido, os pesquisadores acreditam que os
danos ao DNA induzidos pela quimioterapia faz com que estas células dos vasos
sanguíneos liberem, em resposta a este estresse, uma certa quantidade de citocinas, como a interleucina-6, que protege
as células-mãe,
células imaturas, promovendo a sobrevivência delas.
O próximo passo
agora é começar a testar em camundongos drogas que interferem com um destes
fatores de proteção. Drogas que foram originalmente desenvolvidas para tratar a
artrite e serão agora testadas em ensaios clínicos para este fim. Um
medicamento deste tipo, utilizado em combinação com a terapia tradicional, pode
eliminar células tumorais residuais e prevenir recaídas.
É a primeira vez
que se observa um sinal de proteção provocada por quimioterapia na área ao
redor do tumor, conhecida como microambiente do tumor. Em resposta ao estresse
ambiental, a reação física é para proteger as células dessa área privilegiada,
como as células-tronco. Estes mecanismos são assimilados pelas células do tumor
em resposta às terapias de primeira linha.
Embora falte
determinar se estes resultados podem ser transferidos para os seres humanos, a
descoberta sugere vários alvos potenciais da droga, incluindo IL-6 e uma proteína
chamada Bcl-2, que é ativada pela
IL-6 e “diz” às células para se manterem vivas. Os pesquisadores observaram
esse efeito protetor somente no timo, mas acreditam que poderá haver outras
áreas protegidas, onde as células do tumor 'se escondem', tais como a medula
óssea.
A descoberta pode ajudar a explicar por que os tumores que se espalham para outras partes do corpo antes de terem sido detectados são mais resistentes à quimioterapia, pois eles podem ter assimilado algum sistema de proteção das citocinas para ajudá-los a sobreviver aos efeitos das drogas.
A descoberta pode ajudar a explicar por que os tumores que se espalham para outras partes do corpo antes de terem sido detectados são mais resistentes à quimioterapia, pois eles podem ter assimilado algum sistema de proteção das citocinas para ajudá-los a sobreviver aos efeitos das drogas.
Traduzido e condensado de http://www.larazon.es. Edição
de ilustração e editorial pelo autor. Leia matéria original aqui.
Células saudáveis criam barreiras para se
proteger das cancerosas
Através da secreção de uma proteína chamada SPARC,
que fica fora da parede celular, e formando um escudo de defesa, as células
saudáveis criam uma barreira para se proteger de ataques das células
cancerígenas, segundo uma pesquisa envolvendo cientistas na CNIO.
O estudo foi
publicado na Revista Cell Desenvolvimento
e lança nova luz sobre como as células normais estão lutando pela sobrevivência
contra o tumor. O achado é parte de outro estudo, publicado na mesma revista no
mês de junho passado, sobre como as células “falam” umas com as outras, usando
um código chamado Código Flor e informam-se sobre seu estado de saúde para que as
fracas sejam eliminadas e as fortes prevaleçam.
O novo trabalho amplia
a compreensão da luta entre as células tumorais e as saudáveis. As primeiras
utilizam o Código Flor, enquanto as segundas constroem uma barreira para conter
o ataque das rivais. A descoberta pode representar um possível novo mecanismo
da terapia antitumoral, já que é concebível que a SPARC possa ser utilisada
para vir a contribuir mais para conter a expansão do tumor.
Traduzido de Diario
Las Américas.com, com edição de ilustração pelo autor. Leia matéria
original aqui.
União Européia aprova uso de 'MabThera' como terapia de manutenção em
pacientes com linfoma folicular
A Agência Européia de Medicamentos (EMEA, na sigla
em Inglês) autorizou o uso de Rituximab, comercializado
como MabThera pela Roche, como terapia de manutenção no tratamento de primeira
linha em pacientes com linfoma folicular que responderam ao tratamento prévio
de indução.
Esta decisão abre
uma nova esperança para as pessoas afetadas por este tipo tão frequente de câncer linfático, uma vez que
estudos têm mostrado que a sua administração a cada dois meses permite duplicar
as chances de viver mais tempo sem que a doença se agrave.
De acordo com os
resultados dos estudos da 'Prima', que tornou possível a adoção desta nova
indicação, após dois anos de seguimento 82% dos pacientes mantidos com MabThera continuaram em remissão, em
comparação com 66% dos pacientes não tratados.
Além disso, tem-se observado que a terapia de
manutenção com Mabthera reduz o risco de recidiva e conseqüentemente a
necessidade de repetidos ciclos de quimioterapia, contribuindo, assim, para a
melhoria da qualidade de vida dos pacientes
2 Comentários:
Deve a ciência respeitar limites éticos ou o que se deve é defender seu progresso a qualquer custo?
Os limites da Ética são a vida e a dignidade humana. Dentro deste limite toda ação da ciência é validada.
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