domingo, 21 de fevereiro de 2010

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Vacina destrói células cancerígenas residuais na leucemia.

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Uma equipe do Johns Hopkins Kimmel Câncer Center realizou testes preliminares que indicam que uma vacina feita com células leucémicas pode reduzir ou mesmo eliminar as células cancerígenas residuais, em alguns doentes com leucemia mielóide crónica  (LMC), que estejam tomando mesilato de omatinibe (Gleevec®), noticia o site ScienceDaily, citado pela Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas.

Num estudo piloto, publicado no Clinical Cancer Research, os investigadores usaram uma vacina feita a partir de células da LMC, irradiadas para travar o seu potencial cancerígeno e geneticamente alteradas, de modo a produzir um estimulador do sistema imunológico.

A vacina em estudo foi administrada a 19 doentes com LMC e com células cancerígenas residuais. Após 72 meses de acompanhamento, o número de células cancerígenas diminuiu em 13 doentes, 12 dos quais alcançaram os seus níveis mais reduzidos de sempre, de células cancerígenas residuais. Em sete desses doentes, a LMC tornou-se completamente indetectável.

A equipe adverte que os resultados do estudo são preliminares, pelo que não podem garantir que estas respostas tenham surgido como resultado da aplicação da vacina.

“É necessário mais investigação para confirmar e expandir os resultados obtidos”, diz Hyam Levitsky, M.D., e professor de Oncologia, Medicina e Urologia no Johns Hopkins Kimmel Câncer Center.

Os investigadores vão testar amostras de sangue de doentes que participaram no estudo, para identificar com precisão os antígenos que o sistema imunológico está reconhecendo. Com esta informação vão criar uma vacina “sob medida” para estudos adicionais, que possam monitorar a resposta imunológica com maior precisão.

Os pacientes experimentaram poucos efeitos secundários, que incluíam dor localizada e inchaço no local de aplicação da injeção, dores musculares ocasionais e febre ligeira.

De acordo com os especialistas, a maior parte dos doentes com LMC necessitará manter o tratamento com o Gleevec® para o resto da vida. Mais de 90% deles atingirá a remissão, mas cerca de 10 a 15% dos doentes não poderá tolerar a aplicação do medicamento a longo prazo.

Em última análise, se esta abordagem tiver sucesso, a possibilidade de retirar aos doentes o tratamento prolongado com o Gleevec® será um avanço significativo, conclui Levitsky.
Fonte: http://www.pop.eu.com/news/

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