quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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Câncer de mama: três brasileiras famosas... e exemplares!

A intenção era publicar um post, como fiz com as gringas, mostrando dez brasileiras famosas que tivessem vencido o câncer de mama. Podia ser atleta, artista, empresária, profissional liberal, política, escritora, modelo, esposa... qualquer área de atuação, desde que fosse celebridade. Mas, após horas de pesquisas na net Sandrinha e eu chegamos à conclusão elementar: ou o câncer de mama poupa as mulheres famosas no Brasil, ou elas simplesmente ficam na moita por preconceito, insegurança, vergonha ou medo. Fenômeno inverso ao do comportamento verificado entre as norte-americanas. Tive até dificuldade pra selecionar apenas as dez do post.
Imaginem então o impacto social quando, há quase uma década, uma atriz jovem, bela e famosa como Patrícia Pillar resolve tornar pública sua luta contra uma doença que a grande maioria das mulheres brasileiras esconde e enfrenta calada, na sombra. Botando a boca no trombone ela não só demonstrou coragem, mas, sobretudo superação para ter o desprendimento moral de prestar este serviço à sociedade, dando-se como exemplo. Um belo exemplo.
Desde então sua atitude de encarar o câncer de frente vem servindo pra despertar a atenção de milhões de brasileiras para a necessidade de uma prática doméstica bastante simples, o auto-exame da mama, que pode salvar vidas. A coragem e a objetividade que fizeram com que ela procurasse o médico imediatamente e em seguida se submetesse à cirurgia foram fundamentais para o sucesso de seu tratamento.
Seu drama se inclui em estatísticas que não param de crescer. São 30 mil novos casos de câncer de mama no Brasil por ano, 82 por dia, mais de três por hora. Nos últimos 20 anos, o número de casos da doença cresceu 68%.
O exame feito pelo mamógrafo é capaz de detectar tumores a partir de um milímetro de diâmetro. Mas toda mulher deve, antes de tudo, como Patrícia, fazer o auto-exame e, na seqüência, procurar o médico especialista, um mastologista.
Infelizmente, 65% dos casos diagnosticados no Brasil já estão em estágio mais avançado, quando os tumores já têm pelo menos cinco centímetros de diâmetro. Poucas mulheres, ainda, têm acesso à mamografia, a um bom médico, a exames preventivos. E isso pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Patrícia Pillar
Uma brasileira que nunca escondeu sua luta contra a doença. Após auto-exame na mama, a atriz suspeitou de um nódulo no seio esquerdo. A ultra-sonografia realizada no dia seguinte confirmou a presença de um tumor de 1,5 cm. Três dias após o diagnóstico a atriz passou por intervenção cirúrgica para retirada do tumor e começou a fazer quimioterapia. Hoje, aos 44 anos, é um símbolo da importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce do câncer.
"É uma sorte muito grande eu ter vencido o meu medo e ter esse hábito de fazer o auto-exame, sempre com medo. Mas o que eu posso dizer é que é muito melhor vencer o medo, porque se encontra no começo (o nódulo) você mantém sua mama, a cicatriz é pequena, a sua chance de recuperação é imensa".
Joana Fomm
Diagnosticada no Inicio de 2007, em exame preventivo. Chorou, ficou deprimida, mas não escondeu o câncer de ninguém. Passou por duas mastectomias, mas o medo da morte surgiu apenas após uma quinta cirurgia, de reconstituição das mamas. “É impossível estar com essa doença e não pensar nisso. Mas foi um pensamento passageiro”. Uma batalha seguida de outra, foram três difíceis anos fora da TV e dos palcos. Aos 70 anos de idade e com 40 anos de carreira, a atriz fará uma participação especial no seriado As Cariocas, que estreou em outubro. E dessa vez será mais do que um simples retorno à cena.
"É uma vergonha uma mulher na minha idade falar isso, mas, na verdade, eu quero é namorar. Quero ter 120 anos e estar legal comigo mesma, não me esconder atrás de sutiãs de enchimento".
Elba Ramalho
Aos 59 anos hoje, recebeu em 2009 o diagnóstico de câncer de mama e imediatamente o tornou público. Após uma cirurgia logo em seguida para a retirada de um nódulo de 5 mm, e de algum tempo seguindo um tratamento radioterápico, a cantora está bem (não houve necessidade de fazer quimioterapia) e seguindo normalmente sua agenda de shows.
"Não sei por que a gente tem câncer... Talvez Deus queira nos dar um puxão de orelha, fazer com que acordemos para alguma coisa. Sempre cuidei bem do corpo, mas também sei que vacilei em questões emocionais. Em vez de colocar para fora, segurava tudo dentro de mim"
Para chegarmos ao índice de exames dos países mais desenvolvidos, a primeira coisa de que precisamos é de mais mamógrafos. As estimativas são de que dispomos hoje no Brasil de apenas 700 destes aparelhos, quando o necessário seria algo em torno de 3.000. E, o que é pior, desses míseros 700, apenas cerca de 120 aparelhos estão na rede pública, no SUS. Uma gota d’água no oceano!

3 Comentários:

Thati Guimaraes Gobeth disse...

Mais um post interessante de ser lido e apreciado! Importante utilidade pública! E torcer para que surjam mais Patrícias, Joanas e Elbas para nos dar exemplo! Bjs

Regina Costa disse...

Parabéns pelo post, Daniel!

Bacana sua disponibilidade em ajudar...

Beijo carinhoso..........

Anônimo disse...

Tambem estou passando por esse problema hoje com 23 anos detectei o cancer de mama ja fiz uma mastectomia e vou ter q passar por sessoes de quimioterapia ,hoje entao busco for¢as nas pessoas q ja passaram por esse problema , conto para vcs q estou com bastante medo da quimio mas nao adianta tenho q ser forte tenho um filho de7 anos bjos Angelica.