A
empresa francesa de fabricação de próteses de mama PIP, que podem ter causado
casos de câncer na França, exportava mais de 80% de sua produção, boa parte
para o Brasil e outros países da América do Sul, indicaram diversas fontes
nesta quarta-feira.
Em meados de dezembro, uma autoridade
do ministério francês da saúde denunciou oito casos suspeitos de mulheres que
morreram de câncer ao receber implantes defeituosos da empresa PIP. Na
sexta-feira, a França deve publicar um relatório de especialistas que vão
recomendar, ou não, a retirada das próteses.
As autoridades sanitárias brasileiras
proibiram a importação e os implantes fabricados pela PIP em abril de 2010,
depois que a França alertou sobre casos de ruptura.
Dez mil próteses foram retiradas do
mercado brasileiro, mas cerca de 25 mil brasileiras ainda a possuem, disse à
AFP, um porta-voz da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nesta quarta-feira, a Anvisa declarou
que não tomará nenhuma decisão a respeito, até que as autoridades sanitárias
francesas se pronunciem sobre o assunto. Cerca de 30 mil mulheres estão
envolvidas na França com este problema. A PIP também exportou para países da
Europa Ocidental, em particular para a Grã-Bretanha.
Na Inglaterra, uma advogada informou
nesta quarta-feira, que mais de 250 mulheres britânicas entraram com ação
judicial, depois que pelo menos metade delas teve problemas com as próteses.
"Mais da metade delas sofreram rupturas, mas também representamos outras
mulheres que estão preocupadas com as informações" divulgadas pelos meios
de comunicação sobre estes implantes de mama, declarou a advogada Esyllt
Hugues, do escritório de advocacia Hugh James de Cardiff (Gales).
Antes que a Poly Implant Prothèse
(PIP) fosse liquidada, em março de 2010, as exportações da empresa, que
produzia cerca de 100 mil próteses por ano, representavam 84% de sua atividade,
segundo o veredicto de liquidação judicial do Tribunal de Comércio de Toulon.
Entre seus melhores mercados figurava
a América do Sul, especialmente Venezuela, Brasil, Colômbia e Argentina, com
mais de 58% das exportações em 2007 e 50% em 2009.
Sebastião Guerra, presidente da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, disse à AFP, que as próteses da PIP
começaram a ser comercializadas no Brasil há aproximadamente cinco anos, depois
da liberação pela Anvisa.
No ano passado, no entanto, quando os
problemas na França foram divulgados, "imediatamente, a Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica comunicou a todos os cirurgiões plásticos registrados, que
suspenderam o uso", acrescentou.
Segundo Guerra, não há registros de
problemas de câncer ou de rejeição envolvendo mulheres brasileiras que
implantaram a prótese da empresa PIP.
Fonte aqui
1 Comentário:
Olá Daniel, muito bom post, enquanto algumas gastam fortunas com a estética das mamas,outras suplicam apenas pela saúde delas, não é?
Beijos da Sol
Boas Festas meu amigo que 20l2 seja todo azul para você. Saúde e Paz
Sol
Postar um comentário