quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

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Aprovação do vemurafenib, da Roche, no Brasil esperada para início de 2012


Na contramão das grandes companhias farmacêuticas, que consolidam presença no Brasil e demais países emergentes reduzindo seu portfólio de produtos de inovação e tentando driblar o prejuízo com a suspensão de suas patentes, a Roche promete lançamentos de moléculas em 2012 - todas de medicamentos biológicos que agem de forma inteligente, impedindo a proliferação do câncer, e de grande impacto no médio prazo.
Uma delas pode significar uma revolução na forma de tratar o câncer de pele, considerada a maior descoberta nos últimos trinta anos para reduzir o risco de morte em quase dois terços dos pacientes com a forma avançada da doença. Aprovada nos EUA em agosto de 2011, a aprovação no Brasil é esperada para o primeiro semestre de 2012.

A droga, chamada vemurafenib (Zelboraf), desenvolvida em parceria com a Plexxikon, é a única dentro do conceito de medicina personalizada para uma doença com pouquíssimas opções de tratamento.

"É importante considerar que, além dos resultados significativos alcançados, o medicamento já vem acompanhado de um teste que delimita quem terá bons resultados com a sua aplicação", diz Adriano Treve, presidente da Roche Farmacêutica Brasil, referindo-se à prática que permite direcionar os tratamentos às necessidades individuais dos pacientes.

Além disso, o medicamento é um dos primeiros em forma de comprimido, o que facilita a administração.


No caso do vemurafenibe, o produto foi projetado para inibir especificamente algumas formas da proteína encontrada na maioria dos melanomas. E essa possibilidade é comprovada pelo teste que detecta a mutação dessa proteína.

"É uma nova abordagem de tratamento que traz economia de tempo e de sofrimento para os pacientes", diz Treve.

Ele explica que é a mesma filosofia por trás de medicamentos importantes no portfólio da companhia, como o Herceptin (trastuzumabe), desenvolvida para tratar com mais eficácia as pacientes com câncer de mama; Mabthera (rituximabe), para linfomas; e Avastin (bevacizumab), para câncer de intestino, que poderá ter sua ação estendida para câncer de ovário.

Esta semana, a Roche deve apresentar os resultados de suas pesquisas no San Antonio Breast Cancer Symposium, realizadas com o pertuzumabe, um novo medicamento destinado a aumentar a sobrevida de pacientes com câncer de mama que já fazem o tratamento padrão com o Herceptin.

"A expectativa é que ocupe um lugar importante na terapêutica associada com outras abordagens", diz o diretor médico da Roche, Maurício Lima, que calcula ainda para 2012 a aprovação do registro da droga no Brasil.

Lima conta que o Brasil participou ativamente dos estudos clínicos referentes a todos esses novos medicamentos.

"Estamos muito bem posicionados como referência em pesquisas na Roche", afirma. A empresa aplica cerca de R$ 90 milhões em 60 estudos clínicos com mais de 5.300 pacientes em cerca de 300 centros brasileiros. Esse número deve aumentar, segundo Treve. "Temos todo o interesse considerando que os brasileiros têm todas as condições de aplicar essas novas tecnologias", afirma.

Fonte aqui

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