“Se hoje fosse o último dia de minha vida, queria fazer o que vou fazer hoje? E se a resposta fosse ‘Não’ muitos dias seguidos, sabia que precisava mudar algo.”
É difícil acreditar
que um único homem tenha revolucionado a informática nos anos 1970 e 1980 (com
o Apple II e o Mac), o cinema de animação nos anos 1990 (com a Pixar)e, mais
recentemente, a música digital (com o iPod e o iTunes). Foi o que fez Steve
Jobs, cofundador e presidente da Apple. Não é à toa que conquistou milhares de
fãs no mundo inteiro. (Leander Kahney, no livro biográfico “A cabeça de Steve
Jobs”)
Pacientes com o tipo
raro de câncer de Steve Jobs, da Apple, enfrentam uma luta mais dura se a
doença se torna recorrente por causa dos métodos usados no tratamento.
Jobs disse, na
quarta-feira (24), que não poderia mais ser o presidente-executivo da empresa
da qual era cofundador. Ele saiu de licença médica em janeiro depois de anos
lutando contra um raro tipo de câncer no pâncreas e outros problemas de saúde.
Ele não deu detalhes sobre sua saúde em seu último anúncio.
O tipo de câncer
pancreático é causado por um tumor neuroendócrino de células da ilhota. Jobs
teria se submetido a um transplante de fígado em 2009 para combater a
disseminação do tumor neuroendócrino. O procedimento é experimental e propício
a complicações.
Jobs nunca divulgou
publicamente o motivo para seu transplante de fígado. O médico Simon Lo,
diretor de doenças biliares e pancreáticas no Centro Médico Cedars-Sinai, em
Los Angeles, disse que a complicação grave mais provável depois do transplante
de fígado de Jobs seria a metástase do câncer, o que obrigaria Jobs a deixar o
seu cargo permanentemente.
Cerca de 80 por cento
dos pacientes que fazem transplantes de fígado para tratar esse tipo de câncer
vivem pelo menos cinco anos, segundo a Universidade da Califórnia em San
Francisco. Lo disse que um estudo recente havia mostrado que cerca de três
quartos dos pacientes que fazem um transplante de fígado por causa de câncer
veem a doença voltar dentro de dois a cinco anos. O câncer pode voltar ao
fígado ou para outros órgãos. As drogas imunossupressoras necessárias para um
transplante de fígado também dificultam a luta do organismo contra o retorno da
doença.
Jobs pode estar
"se confrontando com problemas hepáticos relacionados ao transplante de
fígado ou ao próprio câncer", disse Lo. "Quando você coloca os
pacientes sob medicação imunossupressora, há sempre o risco de que elas retirem
a resistência natural, então o câncer consegue crescer mais rápido."
Embora esse câncer
seja confundido com o câncer de pâncreas, tumores neuroendócrinos têm uma
natureza diferente da maior parte dos tumores pancreáticos, que são muito
letais e costumam matar 95 por cento dos pacientes em cinco anos. Os tumores
neuroendócrinos são mais fáceis de tratar e menos agressivos. Segundo o
Instituto Nacional do Câncer, há apenas de 200 a mil novos casos por ano.
Jobs retirou um tumor
neuroendócrino em 2004 e disse, depois que todo o câncer fora retirado, que não
precisou de quimioterapia nem de radioterapia.
Reuters, com ilustrações editadas do Googleimages
1 Comentário:
Querido Daniel, quando tenho a oportunidade de visitar o seu blog, e saiba que as vistinhas são quase diárias, fico encantada com as suas publicações, comentários e ilustrações! Tudo tão atual e coerente com a sua proposta.
Você é o "cara"!
E me sinto privilegiada por estar no rol das suas amizades!
Beijo
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