“Se o Giane for tinhoso como eu era, dá para trabalhar, seguir em frente.”
Em 1994 a atriz Vera Gimenez, 62 anos, enfrentou e superou um câncer de mama. Agora - depois de vencer uma primeira metástase na coluna, em 2004 -, em setembro/2010, quando fazia exames de rotina, a surpresa: uma mancha em um dos pulmões, diagnosticada como uma segunda metástase, desta vez na 7ª vértebra.
Após cinco meses de tratamento anti-hormonal que lhe rendeu
alterações de humor, perda de cabelo e inchaço, ela deu um basta. Mas não
desistiu, não. Guerreira consciente pesquisou alternativas menos agressivas de
tratamento, e adotou a “radioterapia cirúrgica não invasiva” como melhor
estratégia de combate pra vencer mais essa batalha.
Em entrevista recente a um site de celebridades, a atriz,
mãe do ator Marco Antônio e da apresentadora Luciana Gimenez, relata sua
experiência e incentiva o ator Reinaldo Gianecchinni, que começa hoje a fazer
quimioterapia. Pela positividade exemplar de Vera, reproduzo aqui a entrevista
quase na integra para quem não teve oportunidade de lê-la ainda:
Como descobriu que
a doença voltou após sete anos?
Vera:
Em setembro passado, realizei exames como normalmente faço desde que tive um
câncer no seio em 1994. Procuro estar alerta sempre. A cintilografia detectou
uma mancha na sétima vértebra. Não acreditei que fosse câncer. Mas aceitei
fazer o tratamento com anti-hormônio, que me deixa muito mal...
Como os seus filhos
reagiram com a notícia?
Vera: Ficaram muito
tensos, claro. Mas eu disse que sairia bem dessa. Tomei o remédio por cinco
meses e não suportei. Inchava demais, meu cabelo caía... Falei para o médico:
chega! Comecei a pesquisar o assunto e
descobri um tratamento inovador que vem sendo chamado de radioterapia cirúrgica
não invasiva, que pode ser feita em pontos do corpo com movimento, ao contrário
da tradicional... Na quarta-feira, eu vou ao médico conversar marcar o início
do tratamento e devo ficar ótima após umas cinco sessões. Já estou por dentro
de tudo. Eu vou à luta. Procuro me informar muito.
Dizem que o câncer
é de fundo emocional. Acredita nisso?
Vera:
Sei que muitos médicos não acreditam nisso... Descobri meu câncer seis meses
depois da morte do meu marido. Foi uma perda muito significativa e mexeu demais
comigo... No entanto, em nenhum momento, eu imaginei que fosse morrer de
câncer.
E essa certeza a
ajudou a superar os momentos críticos?
Vera: A coragem, a
determinação, a fé não me deixaram fraquejar. O câncer é arrasador e não te dá
chance de fraquejar. Ou você o encara ou morre. Por isso, eu sempre procurei
falar sobre essa doença e alertar as pessoas. Preciso estar sempre atenta,
fazer todos os exames possíveis como mamografia e ultrassonografia. Tem que correr atrás. Meus filhos já fizeram exames. Não gostaria
que ninguém passasse por esse drama.
Vera:
Se ele conseguir é uma ótima opção. Ele não pode dar espaço para a dor, para o
choro. Sei que o caso dele é sério e que a quimio pode deixá-lo mal... Mas é
preciso ser firme para vencer essa batalha. No 11º começa a cair a imunidade,
pois o tratamento destrói tanto as células boas como as ruins e o doente fica
muito cansado. Se o Giane for tinhoso como eu era, dá para trabalhar, seguir em
frente. Sei que algumas pessoas não aguentam... Eu fazia ginástica em casa com
personal e até desfilei no carnaval. É preciso acreditar de verdade.
Qual foi o momento mais
difícil em seu tratamento?
Vera:
Quando tirei o seio. Foi doloroso demais. Só um ano e meio depois, fiz
reconstrução. Entre ficar sem peito e viva, preferi a segunda opção.
Que lição tirou
desse momento dramático?
Vera: Que é preciso,
acima de tudo, acreditar na vida. E valorizá-la, cuidando do seu corpo da
melhor forma possível. Nunca escondi minha doença. Ela voltou, não por
descuido. Pelo contrário! Pago R$ 2.500 de mensalidade de um plano de saúde e
faço questão de usá-lo bastante. Já que o Governo não investe em saúde, não
previne esse tipo de doença, é preciso que cada um de nós lute por sua vida.
3 Comentários:
Daniel, sem dúvida que é um grande testemunho que enriquece bastante as suas postagens pela atenção que vc tem demonstrado para com as pessoas que por aqui passam.
Concordo plenamente com o teor da entrevista, não podemos fraquejar diante do diagnóstico do câncer ou de outra doença qualquer - é nosso dever, para salvação, correr atrás e tentar resgatar, senão a saúde na sua totalidade, pelo menos uma qualidade de vida tranquila e sem temores neuróticos! Mais uma vez, parabéns por ter trazido à baila essa entrevista. Abraços,
Obrigado, Edson. Vc sabe que é uma honra imensa tê-lo entre os seguidores do blog, que vc enriquece sempre com seus comentários pertinentes e oportunos. Abraço, amigo.
Olá Daniel...
Obrigada por compartilhar esse exemplo de luta pela vida...
ADOREI a entrevista da Vera Gimenez e ainda não tinha lido...
Fique com Deus!!!
Beijos carinhosos
Jú
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