A Administração de
Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a
aprovação da pílula Zelboraf para pacientes com melanoma em fase avançada ou
inoperável, em particular nos casos que apresentem uma mutação genética.
Zelboraf (vemurafenib) será lançado no mercado nas próximas semanas - junto com
um kit de teste de diagnóstico - destinado ao tratamento de pacientes com
tumores cancerosos que expressem uma mutação genética chamada BRAF V600E -
proteína regularizadora do crescimento das células do corpo, que sofre mutações
em cerca da metade dos pacientes com melanoma avançado.
Fabricado pela
empresa Genentech do Grupo Roche,
Zelboraf é capaz de bloquear a função
da proteína BRAF afetada pela mutação. As autoridades não realizaram provas
sobre a eficácia desta droga em pacientes que não apresentam essa mutação
genética.
Esse é o segundo
recurso para o melanoma avançado, depois que em março, a FDA aprovou também o
Yervoy (ipilimumab), que
demonstrou que os pacientes vivem mais tempo ao receber a pílula, de acordo com
o diretor do escritório que investiga medicamentos contra o câncer, Richard
Pazdur.
Segurança e eficácia
A agência federal
disse ter aprovado a pílula e o teste de forma acelerada, antes das datas
previstas para o último trimestre do ano. As autoridades estabeleceram a
segurança e a eficácia do Zelboraf mediante uma prova clínica internacional em
675 pacientes com melanoma em estágio avançado que apresentava mutação, mas que
não tinham recebido tratamento algum.
Um grupo recebeu
Zelboraf e outro recebeu dacarbazina, mais um
remédio contra o câncer. Dos pacientes que tomaram Zelboraf, 77% continuam
vivos, em comparação com 64% dos pacientes que receberam dacarbazina.
Os efeitos colaterais
mais comuns do Zelboraf incluíram dor nas articulações, brotoeja, perda de
cabelo, fadiga, náusea e sensibilidade da pele exposta ao sol.
O melanoma é a
principal causa de morte por doenças de pele. O Instituto Nacional do Câncer
assinala que em 2010 foram diagnosticados 68.130 novos casos de melanoma nos
Estados Unidos e 8,7 mil mortes só este ano.
Ainda não se tem
nenhuma referência de preços ao consumidor. Mas, como se trata de drogas da
nova geração de anticorpos
monoclonais, produtos da moderna biotecnologia, e a julgar pelo preço de
outras já existentes no mercado, certamente terão custo proibitivo para a
grande maioria dos pacientes.
Falta saber também o
tempo que a Anvisa vai levar
para aprovar estas drogas no Brasil.
Fonte aqui
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