quarta-feira, 17 de agosto de 2011

0

FDA aprova em caráter de urgência nova pílula contra câncer de pele

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a aprovação da pílula Zelboraf para pacientes com melanoma em fase avançada ou inoperável, em particular nos casos que apresentem uma mutação genética. Zelboraf (vemurafenib) será lançado no mercado nas próximas semanas - junto com um kit de teste de diagnóstico - destinado ao tratamento de pacientes com tumores cancerosos que expressem uma mutação genética chamada BRAF V600E - proteína regularizadora do crescimento das células do corpo, que sofre mutações em cerca da metade dos pacientes com melanoma avançado.

Fabricado pela empresa Genentech do Grupo Roche, Zelboraf é capaz de bloquear a função da proteína BRAF afetada pela mutação. As autoridades não realizaram provas sobre a eficácia desta droga em pacientes que não apresentam essa mutação genética.

Esse é o segundo recurso para o melanoma avançado, depois que em março, a FDA aprovou também o Yervoy (ipilimumab), que demonstrou que os pacientes vivem mais tempo ao receber a pílula, de acordo com o diretor do escritório que investiga medicamentos contra o câncer, Richard Pazdur.

Segurança e eficácia

A agência federal disse ter aprovado a pílula e o teste de forma acelerada, antes das datas previstas para o último trimestre do ano. As autoridades estabeleceram a segurança e a eficácia do Zelboraf mediante uma prova clínica internacional em 675 pacientes com melanoma em estágio avançado que apresentava mutação, mas que não tinham recebido tratamento algum.

Um grupo recebeu Zelboraf e outro recebeu dacarbazina, mais um remédio contra o câncer. Dos pacientes que tomaram Zelboraf, 77% continuam vivos, em comparação com 64% dos pacientes que receberam dacarbazina.

Os efeitos colaterais mais comuns do Zelboraf incluíram dor nas articulações, brotoeja, perda de cabelo, fadiga, náusea e sensibilidade da pele exposta ao sol.

O melanoma é a principal causa de morte por doenças de pele. O Instituto Nacional do Câncer assinala que em 2010 foram diagnosticados 68.130 novos casos de melanoma nos Estados Unidos e 8,7 mil mortes só este ano.

Ainda não se tem nenhuma referência de preços ao consumidor. Mas, como se trata de drogas da nova geração de anticorpos monoclonais, produtos da moderna biotecnologia, e a julgar pelo preço de outras já existentes no mercado, certamente terão custo proibitivo para a grande maioria dos pacientes.

Falta saber também o tempo que a Anvisa vai levar para aprovar estas drogas no Brasil.
Fonte aqui

Comentários: