segunda-feira, 22 de agosto de 2011

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Guerreira, Vera Gimenez incentiva Gianecchinni em entrevista

“Se o Giane for tinhoso como eu era, dá para trabalhar, seguir em frente.”

Em 1994 a atriz Vera Gimenez, 62 anos, enfrentou e superou um câncer de mama. Agora - depois de vencer uma primeira metástase na coluna, em 2004 -, em setembro/2010, quando fazia exames de rotina, a surpresa: uma mancha em um dos pulmões, diagnosticada como uma segunda metástase, desta vez na 7ª vértebra.
Após cinco meses de tratamento anti-hormonal que lhe rendeu alterações de humor, perda de cabelo e inchaço, ela deu um basta. Mas não desistiu, não. Guerreira consciente pesquisou alternativas menos agressivas de tratamento, e adotou a “radioterapia cirúrgica não invasiva” como melhor estratégia de combate pra vencer mais essa batalha.
Em entrevista recente a um site de celebridades, a atriz, mãe do ator Marco Antônio e da apresentadora Luciana Gimenez, relata sua experiência e incentiva o ator Reinaldo Gianecchinni, que começa hoje a fazer quimioterapia. Pela positividade exemplar de Vera, reproduzo aqui a entrevista quase na integra para quem não teve oportunidade de lê-la ainda:

Como descobriu que a doença voltou após sete anos?
Vera: Em setembro passado, realizei exames como normalmente faço desde que tive um câncer no seio em 1994. Procuro estar alerta sempre. A cintilografia detectou uma mancha na sétima vértebra. Não acreditei que fosse câncer. Mas aceitei fazer o tratamento com anti-hormônio, que me deixa muito mal...

Como os seus filhos reagiram com a notícia?
Vera: Ficaram muito tensos, claro. Mas eu disse que sairia bem dessa. Tomei o remédio por cinco meses e não suportei. Inchava demais, meu cabelo caía... Falei para o médico: chega!  Comecei a pesquisar o assunto e descobri um tratamento inovador que vem sendo chamado de radioterapia cirúrgica não invasiva, que pode ser feita em pontos do corpo com movimento, ao contrário da tradicional... Na quarta-feira, eu vou ao médico conversar marcar o início do tratamento e devo ficar ótima após umas cinco sessões. Já estou por dentro de tudo. Eu vou à luta. Procuro me informar muito.

Dizem que o câncer é de fundo emocional. Acredita nisso?
Vera: Sei que muitos médicos não acreditam nisso... Descobri meu câncer seis meses depois da morte do meu marido. Foi uma perda muito significativa e mexeu demais comigo... No entanto, em nenhum momento, eu imaginei que fosse morrer de câncer.

E essa certeza a ajudou a superar os momentos críticos?
Vera: A coragem, a determinação, a fé não me deixaram fraquejar. O câncer é arrasador e não te dá chance de fraquejar. Ou você o encara ou morre. Por isso, eu sempre procurei falar sobre essa doença e alertar as pessoas. Preciso estar sempre atenta, fazer todos os exames possíveis como mamografia e ultrassonografia.  Tem que correr atrás.  Meus filhos já fizeram exames. Não gostaria que ninguém passasse por esse drama.

Indicaria ao Reynaldo Gianecchini voltar ao trabalho?
Vera: Se ele conseguir é uma ótima opção. Ele não pode dar espaço para a dor, para o choro. Sei que o caso dele é sério e que a quimio pode deixá-lo mal... Mas é preciso ser firme para vencer essa batalha. No 11º começa a cair a imunidade, pois o tratamento destrói tanto as células boas como as ruins e o doente fica muito cansado. Se o Giane for tinhoso como eu era, dá para trabalhar, seguir em frente. Sei que algumas pessoas não aguentam... Eu fazia ginástica em casa com personal e até desfilei no carnaval. É preciso acreditar de verdade.

Qual foi o momento mais difícil em seu tratamento?
Vera: Quando tirei o seio. Foi doloroso demais. Só um ano e meio depois, fiz reconstrução. Entre ficar sem peito e viva, preferi a segunda opção.

Que lição tirou desse momento dramático?
Vera: Que é preciso, acima de tudo, acreditar na vida. E valorizá-la, cuidando do seu corpo da melhor forma possível. Nunca escondi minha doença. Ela voltou, não por descuido. Pelo contrário! Pago R$ 2.500 de mensalidade de um plano de saúde e faço questão de usá-lo bastante. Já que o Governo não investe em saúde, não previne esse tipo de doença, é preciso que cada um de nós lute por sua vida.

Fonte aqui. Editorial pelo autor do blog e fotos editadas do Google images.

3 Comentários:

Edson Leite disse...

Daniel, sem dúvida que é um grande testemunho que enriquece bastante as suas postagens pela atenção que vc tem demonstrado para com as pessoas que por aqui passam.
Concordo plenamente com o teor da entrevista, não podemos fraquejar diante do diagnóstico do câncer ou de outra doença qualquer - é nosso dever, para salvação, correr atrás e tentar resgatar, senão a saúde na sua totalidade, pelo menos uma qualidade de vida tranquila e sem temores neuróticos! Mais uma vez, parabéns por ter trazido à baila essa entrevista. Abraços,

daniel disse...

Obrigado, Edson. Vc sabe que é uma honra imensa tê-lo entre os seguidores do blog, que vc enriquece sempre com seus comentários pertinentes e oportunos. Abraço, amigo.

Jú Carelli disse...

Olá Daniel...
Obrigada por compartilhar esse exemplo de luta pela vida...
ADOREI a entrevista da Vera Gimenez e ainda não tinha lido...
Fique com Deus!!!
Beijos carinhosos