Existem no corpo humano pelo menos
200.000 tipos diferentes de proteínas – onde se incluem as enzimas -, cada uma
especializada em uma função biológica, e até o momento presente compreendemos de
maneira não muito precisa o funcionamento, a função, a utilidade de apenas aproximadamente
2% delas. Elas são as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas
células, totalizando mais de 50% de seu peso seco. Além disso, a maior parte da
informação genética é expressa por elas.
E
tudo indica que mesmo tão essenciais à vida, estão sempre associadas aos
processos cancerosos. No início de fevereiro uma publicação do "Journal of Clinical Investigation" informava
que pesquisadores encontraram uma proteína produzida pelos tumores, chamada
CPE-delta N, que também está envolvida no processamento da insulina e de outros
hormônios, que os tumores com mais probabilidade de se espalhar produzem, e que
poderia ser usada para prever quais pacientes teriam mais risco de morrer por
causa da doença.
Rembrandt? Não. Esta é a primeira imagem de uma célula humana que
permite a visualização das proteínas responsáveis pelos contatos
intercelulares.
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Pesquisadores
europeus descobriram como as células do câncer geram contrações parecidas com
as produzidas pelas células musculares para se espalhar pelo corpo. Uma proteína
chamada JAK desencadeia contrações nos tumores que permitem que as células
cancerosas se espremam por pequenos espaços e se espalhem.
A
pesquisa, publicada na revista Cancer
Cell, foi feita por cientistas do Instituto de Pesquisas sobre o Câncer
(ICR), de Londres, e da Universidade de Nice, na
França.
Metástase
Quando
a proteína JAK é "ligada", ela produz contrações nas células,
semelhantes às dos músculos, gerando a força que as células cancerosas precisam
para se mover.
A
descoberta levanta a possibilidade de que drogas que alvejem a JAK possam
impedir a disseminação de tumores, chamado metástase, que é responsável por 90
por cento das mortes relacionadas ao câncer.
Os
tumores são formados por células cancerosas, células saudáveis associadas ao
tumor e estruturas de suporte, que se juntam na chamada matriz extracelular. As
células cancerígenas se espalham movendo-se para fora do tumor, através desta
matriz, atingindo novos locais.
Usando
os cotovelos
Em
alguns tipos de câncer, as células cancerosas usam a força para
"acotovelar" suas vizinhas e abrir caminho através da matriz. Em
outros tipos de tumores, as células saudáveis associadas ao tumor usam a força
para criar túneis, pelos quais as células cancerosas podem escapar.
Os
cientistas mostraram que tanto a força gerada pelas células de câncer, quanto
pelas células normais associadas ao tumor, usam os mesmos processos, baseados
na proteína JAK.
Já
existem drogas em desenvolvimento para inibir a proteína JAK, mas ainda em
estágio de pesquisa.
Fonte aqui.
Editorial pelo autor do blog e ilustração do Googleimages.
1 Comentário:
Olá Daniel! como está? Adoro ler suas postagem,
Parabéns são ótimas.
Beijos da Sol
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