domingo, 8 de novembro de 2009

3

“Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria.”

Renato Russo é clássico. Renato Russo não foi apenas um vocalista de uma banda de rock, foi e sempre será um ídolo de milhões de pessoas, que até hoje, mesmo depois de treze anos de sua morte, engrandecem sua música.



Em 1988, alegando não poder enganar mais seu público,assumiu publicamente ser homossexual. Dois anos depois, no final de 90, o poeta buscou a auto-internação para tratar do alcoolismo. Colocou fogo na clínica em protesto pela proibição de tocar violão para os outros pacientes na festinha de fim de ano. Era também uma maneira de pressioná-los a deixar ele passar o dia 24 de dezembro em casa com os pais. O "acidente" não teve importantes conseqüências e o obstinado Renato pôde ter um Natal em família.

Mais tarde, o músico comprou um apartamento em Ipanema, Zona Sul do Rio. Andava muito deprimido, tenso, irritadiço e bebendo como um louco. Tinha certeza de que estava com Aids. Faltava coragem para fazer o exame. Talvez por isso, quando recebeu o resultado que comprovava suas desconfianças, tenha tido uma reação, se não conformada, fatalista.

Em 1993, iniciou carreira-solo de sucesso paralela à Legião Urbana, lançando os discos The Stonewall Celebration Concert (1993), em inglês; Equilíbrio Distante (1995), em italiano; e ainda o disco póstumo O Último Solo (1997).

Nas últimas semanas de vida, Renato não saía de casa, recusava-se a comer, afastou-se dos amigos. Trancou-se no seu apartamento em Ipanema (zona sul carioca), em companhia apenas de seu pai e de um enfermeiro. Não queria mais tomar o doloroso coquetel de drogas.

3 Comentários:

Thati disse...

Esse eu vou baixar!

Mônica Santos disse...

Renato Russo tem uma obra fascinante, pena que a energia dele não pode ser bem canalizada... =) Sucesso.

daniel disse...

É, Mônica, qdo a gente se dá conta do que ele produziu em tão pouco tempo de vida, a gente nem pode imaginar o que teria sido a continuidade da carreira dele se ele tivesse podido administrar essa energia poderosa da criatividade. Ele vivia o romantismo do século XVIII em pleno fim de século XX, o irracionalismo, o comportamento individualista, a febre da criação,ele tinha todos os sintomas de um Chopin, Wagner, Tchaikovsky,Schubert, românticos da música que quase todos sofriam do chamado mal do século, o sentimentalismo que superlativa as emoções. ;=)