Hoje cedo, visitando
blogs amigos e percorrendo a internet em busca de informações para postar aqui,
encontrei estas duas matérias que considero suplementares e de interesse geral.
Desde que recebi este diagnóstico que alterou basicamente
minha vida eu me questiono e me preocupo sobre as inquietações, as implicações que
isso tudo certamente trouxe pra vida e pra saúde da minha companheira. Ela
simplesmente abandonou tudo pra cuidar de mim e há tempos não dorme direito.
E
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não é por acaso que escolhi esta palavra,
COMPANHEIRA. Ela tem estado ao meu lado, incansável em todos os momentos. O
primeiro pesadelo do diagnóstico equivocado de câncer de pâncreas nos aproximou
mais ainda. Ela pesquisa os melhores médicos, laboratórios, liga pra Deus e o
mundo, agenda exames, me lembra das minhas consultas e exames e me acompanha em todos eles.
Cuida da minha alimentação e me estimula a praticar exercícios e cultivar bons
hábitos. Se eu tivesse juízo e me entregasse totalmente aos seus cuidados,
certamente viveria mais de cem anos, o que não seria nada mal tendo-a como
companheira.
Quando eu a via sentada naquelas
cadeiras desconfortáveis, das 8 da manhã às 8 da noite, no Hemoam, enquanto eles torravam meu sangue com a
quimioterapia, eu sempre me perguntava o que tinha feito na vida de tão bom pra
ser digno dessa lealdade. Ela me joga pra cima nos meus momentos de fraqueza e
nunca a ouvi sequer murmurar uma palavra de desânimo, sua fé inabalável não lhe
permite. E até hoje me emociono quando
lembro daquela noite que antecedeu a minha laparostomia exploratória, quando ainda estávamos
atônitos, sem saber exatamente o que eu tinha, e quando ela burlou a vigilância
do Cecon pra ficar uma noite insone
comigo numa maca dura, de 1 m de largura, num frio glacial e sem cobertores,
enquanto eu, sedado, dormia.
Foi a primeira, com minha filha,
a incentivar o projeto deste blog, porque achava que ia ser algo bom pra mim,
mesmo sabendo que eu iria passar várias horas por dia afastado, pesquisando,
traduzindo textos, escrevendo...
O altruísmo e o despojamento
fazem parte da natureza das pessoas de espírito elevado, que acabam se
contentando com pouco na vida e sabem valorizar tudo o que têm. Pois quando eu
pergunto a esta bela mulher, elegante e sofisticada na sua simplicidade, que está sempre ao meu
lado – Por quê? – Ela me responde, simplesmente: - Você me faz feliz....
Aumentam doenças em parceiros de pacientes com
câncer
Têm aumentado as doenças mentais
e físicas nos parceiros dos pacientes com câncer, no ano após o cônjuge ou
parceiro receber o diagnóstico da doença, afirmam investigadores suecos.
A tese, da enfermeira oncológica
Katarina Sjovall, da Universidade de Lund, na Suécia, estudou parceiros de
pessoas com câncer colo-retal, pulmão, mama ou próstata.
O estudo mostra que o número de
doenças diagnosticadas entre os parceiros aumentou em 25% após o diagnóstico de
câncer. O aumento mais significativo foi em diagnósticos de doenças mentais
como a depressão, mas também houve aumentos consideráveis em doenças
cardiovasculares, músculo-esqueléticas e abdominais.
O maior aumento registrou-se nas
doenças cardiovasculares em cônjuges e companheiros de pessoas com câncer do
pulmão, que aumentou quase 50%, informa Sjovall.
"Ter um familiar próximo com
câncer acarreta preocupação, ansiedade e mais trabalho, o que coloca a pessoa
sob pressão", acrescenta Sjovall.
No geral, as mulheres têm custos
de saúde mais elevados na Suécia, mas os custos de saúde aumentaram mais para
os homens com 64 anos ou menos que tinham um parceiro com câncer.
"Talvez os homens se sintam
menos confortáveis no papel de cuidador do parceiro e, por isso, sofram mais de
stress", sublinha.
Fonte: Blog da Gigi
Cônjuge eleva expectativa de vida de parceiros com
câncer
Estudo recente publicado na
revista científica Câncer, da American
Cancer Society,
estabeleceu a relação entre o diagnóstico desta doença e o papel do
cônjuge no processo de luta contra ela. Segundo os pesquisadores da Universidade de Indiana (EUA), a participação do
companheiro é crucial para resistir à doença por mais tempo. Os pacientes vivem
pelo menos mais cinco anos após o diagnóstico.
O estudo contou com casados,
divorciados, viúvos, recém-separados e até com quem nunca se casou. A pesquisa
avaliou mais de 3,5 milhões de pessoas, durante cinco e dez anos, que tiveram
câncer diagnosticado no período de 1973 e 2004. Desse número, 63% dos
indivíduos casados apresentaram chances de viver pelo menos mais cinco anos
após o diagnostico do câncer. Já os separados há pouco tempo diminuíram suas
chances para 45%.
Segundo os especialistas, o
estresse resultante do processo de separação age na imunidade do paciente,
deixando-o mais vulnerável ao câncer.
Fonte: minhavida.com
1 Comentário:
Também agradeço a Deus todos os dias por isso pai, pois companheira como a Sandra eu jamais vi, dedicada, carinhosa e extremamente altruísta, incansável eu diria! A gratidão é uma das grandes virtudes do ser humano e expressar isso aqui no blog também é ser elevado, por saber reconhecer e não só isso, além de retribuir com palavras, retribuir também com atitudes! Bjos
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