terça-feira, 22 de março de 2011

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You just too good to be true


Hoje cedo, visitando blogs amigos e percorrendo a internet em busca de informações para postar aqui, encontrei estas duas matérias que considero suplementares e de interesse geral.
Desde que recebi este diagnóstico que alterou basicamente minha vida eu me questiono e me preocupo sobre as inquietações, as implicações que isso tudo certamente trouxe pra vida e pra saúde da minha companheira. Ela simplesmente abandonou tudo pra cuidar de mim e há tempos não dorme direito.
E
 não é por acaso que escolhi esta palavra, COMPANHEIRA. Ela tem estado ao meu lado, incansável em todos os momentos. O primeiro pesadelo do diagnóstico equivocado de câncer de pâncreas nos aproximou mais ainda. Ela pesquisa os melhores médicos, laboratórios, liga pra Deus e o mundo, agenda exames, me lembra das minhas consultas e exames e me acompanha em todos eles. Cuida da minha alimentação e me estimula a praticar exercícios e cultivar bons hábitos. Se eu tivesse juízo e me entregasse totalmente aos seus cuidados, certamente viveria mais de cem anos, o que não seria nada mal tendo-a como companheira.
Quando eu a via sentada naquelas cadeiras desconfortáveis, das 8 da manhã às 8 da noite, no Hemoam, enquanto eles torravam meu sangue com a quimioterapia, eu sempre me perguntava o que tinha feito na vida de tão bom pra ser digno dessa lealdade. Ela me joga pra cima nos meus momentos de fraqueza e nunca a ouvi sequer murmurar uma palavra de desânimo, sua fé inabalável não lhe permite.  E até hoje me emociono quando lembro daquela noite que antecedeu a minha laparostomia exploratória, quando ainda estávamos atônitos, sem saber exatamente o que eu tinha, e quando ela burlou a vigilância do Cecon pra ficar uma noite insone comigo numa maca dura, de 1 m de largura, num frio glacial e sem cobertores, enquanto eu, sedado, dormia.
Foi a primeira, com minha filha, a incentivar o projeto deste blog, porque achava que ia ser algo bom pra mim, mesmo sabendo que eu iria passar várias horas por dia afastado, pesquisando, traduzindo textos, escrevendo...
O altruísmo e o despojamento fazem parte da natureza das pessoas de espírito elevado, que acabam se contentando com pouco na vida e sabem valorizar tudo o que têm. Pois quando eu pergunto a esta bela mulher, elegante e sofisticada na sua simplicidade, que está sempre ao meu lado – Por quê? – Ela me responde, simplesmente: - Você me faz feliz....
Aumentam doenças em parceiros de pacientes com câncer
Têm aumentado as doenças mentais e físicas nos parceiros dos pacientes com câncer, no ano após o cônjuge ou parceiro receber o diagnóstico da doença, afirmam investigadores suecos.
A tese, da enfermeira oncológica Katarina Sjovall, da Universidade de Lund, na Suécia, estudou parceiros de pessoas com câncer colo-retal, pulmão, mama ou próstata.
O estudo mostra que o número de doenças diagnosticadas entre os parceiros aumentou em 25% após o diagnóstico de câncer. O aumento mais significativo foi em diagnósticos de doenças mentais como a depressão, mas também houve aumentos consideráveis em doenças cardiovasculares, músculo-esqueléticas e abdominais.
O maior aumento registrou-se nas doenças cardiovasculares em cônjuges e companheiros de pessoas com câncer do pulmão, que aumentou quase 50%, informa Sjovall.
"Ter um familiar próximo com câncer acarreta preocupação, ansiedade e mais trabalho, o que coloca a pessoa sob pressão", acrescenta Sjovall.
No geral, as mulheres têm custos de saúde mais elevados na Suécia, mas os custos de saúde aumentaram mais para os homens com 64 anos ou menos que tinham um parceiro com câncer.
"Talvez os homens se sintam menos confortáveis no papel de cuidador do parceiro e, por isso, sofram mais de stress", sublinha.
Fonte: Blog da Gigi
Cônjuge eleva expectativa de vida de parceiros com câncer
Estudo recente publicado na revista científica Câncer, da American Cancer Society, estabeleceu a relação entre o diagnóstico desta doença  e o papel do cônjuge no processo de luta contra ela. Segundo os pesquisadores da Universidade de Indiana (EUA), a participação do companheiro é crucial para resistir à doença por mais tempo. Os pacientes vivem pelo menos mais cinco anos após o diagnóstico.
O estudo contou com casados, divorciados, viúvos, recém-separados e até com quem nunca se casou. A pesquisa avaliou mais de 3,5 milhões de pessoas, durante cinco e dez anos, que tiveram câncer diagnosticado no período de 1973 e 2004. Desse número, 63% dos indivíduos casados apresentaram chances de viver pelo menos mais cinco anos após o diagnostico do câncer. Já os separados há pouco tempo diminuíram suas chances para 45%.
Segundo os especialistas, o estresse resultante do processo de separação age na imunidade do paciente, deixando-o mais vulnerável ao câncer. 

1 Comentário:

Thati Guimaraes Gobeth disse...

Também agradeço a Deus todos os dias por isso pai, pois companheira como a Sandra eu jamais vi, dedicada, carinhosa e extremamente altruísta, incansável eu diria! A gratidão é uma das grandes virtudes do ser humano e expressar isso aqui no blog também é ser elevado, por saber reconhecer e não só isso, além de retribuir com palavras, retribuir também com atitudes! Bjos