quinta-feira, 17 de março de 2011

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Radiação nuclear pode causar desde queimaduras até câncer

O Japão foi atingido por um terremoto de 8,9 de magnitude na sexta-feira. O tremor afetou o fornecimento de energia elétrica, o que causou uma paragem no resfriamento dos reatores. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o risco de derretimento do núcleo, o pior acidente que pode ocorrer num reator, é “grande”.
O derretimento dos reatores nucleares japoneses atingidos pelo terremoto de sexta-feira, dia 11 de Março, pode liberar radiação na atmosfera que causa desde queimaduras na pele até câncer, explica o engenheiro nuclear Aquilino Senra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O risco de exposição da população, no entanto, é baixo.
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e ocorrer o derretimento, três tipos de radiação serão liberadas no ambiente: alfa, beta e gama. “A radiação alfa não penetra no organismo, causa queimadura na pele”, explica Aquilino Senra. “As radiações beta e gama – principalmente a gama – entram no organismo e causam deformações celulares”, afirma, referindo-se à exposição aos raios.
Estas deformações, ao longo dos anos, podem levar a casos de câncer. “Podem, não devem. E isso varia de acordo com a distância da pessoa do local do acidente e a proteção que ela usar”, explica. A radiação gama é a mesma usada em tratamentos de radioterapia, exatamente para combater o câncer. "Em baixas doses, destrói tumores", afirma o especialista. "Em altas doses, pode causar danos celulares que leva ao câncer ".
A radioatividade pode afetar a saúde principalmente de duas formas. "O problema maior é que este tipo de radiação é ionizante, ou seja, é capaz de mudar a estrutura química das substâncias", afirma Regina Bitelli Medeiros, professora do departamento de diagnóstico por imagens da Unifesp e especialista em física médica.
Assim, altera as características de substâncias comuns no nosso corpo. A partir da água, por exemplo, podem formar-se radicais livres, que, em excesso, prejudicam o funcionamento do organismo. Outra possibilidade é que a radiação nuclear afete diretamente as células. A mudança na estrutura química dos elementos pode representar, por exemplo, a quebra da cadeia do ADN.
A medicina atual ainda não sabe dizer se existe uma quantidade limite de radiação à qual o corpo deva ser exposto para que tais efeitos possam desenvolver câncer. A exposição aos raios não é o único risco ao qual o corpo humano está sujeito em relação à radioatividade. É ainda mais importante evitar que as pessoas incorporem material radioativo. A forma mais comum de isto acontecer é pela inalação de gases que se misturam à atmosfera depois de um vazamento. “O organismo não sabe o que é radioativo ou não, ele metaboliza o elemento químico”, explica Medeiros.
Um dos elementos que representa maior ameaça neste sentido é o iodo. O corpo humano precisa dele para que a tireoide funcione normalmente, e tende a absorver as partículas de iodo radioativo que ficam suspensas no ar. Para evitar que isto ocorra, estão sendo distribuídos comprimidos de iodo não-radioativo à população. Desta forma, o corpo fica saturado do elemento e, mesmo se for inalado na forma radioativa, não será absorvido.
Fonte: POP
PET Scan Oncológico – o lado bom da radioatividade (mas nem tanto)
E por falar em exposição à radioatividade, parece que chegou finalmente a hora de aumentar minha dose pessoal e também acabar com a incerteza angustiante destes últimos meses. Está tudo certo para que eu faça, enfim, esse exame, aqui mesmo em Manaus. Conversei pessoalmente com o representante da GEAP, ele viu minha documentação, consultou sua assessoria e me assegurou o direito de passar pelo exame.
Poderemos então saber se esta massa residual que restou depois da quimioterapia pela qual passei é apenas uma massa inerte, ou se persiste alguma atividade neoplásica. Até aqui, felizmente,  as tomografias não têm indicado alterações no tamanho dessa massa
Simplificando: as células do câncer apresentam aumento na captação de glicose (açucares) e índice maior de glicólise que os tecidos normais. Um marcador radiológico (um análogo da glicose) é injetado no paciente e quando as células cancerosas começam a digerir este marcador, ele emite pósitrons que geram fótons de alta energia, sendo em seguida visualizados pela PET câmara. As fotografias de alta resolução indicam então os locais de captação anômala, que preferencialmente acumula-se nas células neoplásicas.
Em função do resultado deste exame, duas alternativas: se se trata apenas de uma massa inerte, residual - observar e aguardar. Se existe atividade ainda - transplante autólogo de medula.
O pessoal da clínica já me ligou para agendar o dia. Será na próxima segunda-feira, dia 21.03, mas terei que passar lá amanhã para levar os exames de imageamento pelos quais já passei (tomografias e ressonância magnética) e para ser informado dos detalhes pré-exame, tipo restrições alimentares.
Vamos lá. Temos esperança que a incerteza se dissolva em alívio.
O PET scan (ou PET/CT) é a sigla para Positron Emission Tomography ou, em português, Tomografia por Emissão de Pósitrons. Trata-se de uma modalidade de diagnóstico por imagem que permite avaliar funções importantes do corpo, tais como o fluxo do sangue, o uso do oxigênio, e o metabolismo do açúcar (glicose), ajudando os médicos a avaliar como os órgãos e os tecidos estão funcionando.
Para que serve
A detecção de anormalidades metabólicas através da tomografia por emissão de pósitrons (PET Scan) tem sido aplicada nas áreas de oncologia, neurologia e cardiologia.
Os avanços na área de diagnósticos por imagem utilizando o PET Scan têm permitido diagnósticos mais precisos de diferentes doenças, possibilitando um planejamento terapêutico mais adequado ao paciente.
O PET Scan é realizado para:
- Detectar tumores cancerígenos;
- Determinar se o câncer se espalhou pelo corpo e quanto (metástases) ;
- Avaliar a eficácia de um determinado tratamento, por exemplo, a terapia contra câncer que um paciente recebe;
- Determinar se o câncer retorna após o tratamento;
- Determinar o fluxo do sangue que chega ao músculo cardíaco;
- Determinar a lesão no coração que provocou um infarto cardíaco;
- Identificar áreas do músculo cardíaco que se potencialmente podem se beneficiar de um procedimento invasivo, por exemplo, angioplastia;
- Avaliar anormalidades no cérebro, tais como tumores e alterações da memória;
- Estudar o funcionamento normal do cérebro e coração humanos.

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