Os pacientes em tratamento ou em fase de controle do
câncer encontramos palavras e siglas diferentes, como microglobulina, LDH, PSA
e CA 15-3 em nossas requisições de exame de sangue. E muitos de nós não sabemos
que são os números associados a essas palavras e siglas, nos resultados das
análises feitas pelos laboratórios, que determinam o nosso futuro.
Marcadores Tumorais
são substâncias que podem ser encontradas em quantidades acima do normal no
sangue, urina ou tecidos do corpo de alguns pacientes com certos tipos de
câncer. Na maioria dos casos, são produtos normais do metabolismo celular, que
apresentam aumento de produção devido à transformação maligna. Um marcador
tumoral pode ser produzido pelo próprio tumor ou pelo corpo, em resposta à
presença do câncer. Veja quadro completo dos marcadores tumorais aqui.
Testes de marcadores
tumorais não são usados sozinhos, porque a maioria dos marcadores podem apresentar
níveis elevados mesmo em pacientes que não tenham condição cancerosa, e também porque
nenhum marcador tumoral é específico para um tipo particular de câncer. Por
outro lado, nem todos os pacientes de câncer têm um nível de marcador tumoral
elevado. Isto é especialmente verdadeiro nos primeiros estágios da doença,
quando os níveis dos marcadores tumorais estão frequentemente na faixa normal.
Embora o uso de
marcadores tumorais para diagnosticar o câncer ainda esteja limitado,
pesquisadores estão procurando por marcadores que sejam específicos para um
determinado tipo de câncer e que possam ser usados para detectar a presença da doença
antes que os sintomas apareçam.
Médicos podem usar as
mudanças nos níveis do marcador tumoral para seguir o curso da doença, para
medir o efeito do tratamento e para verificar a reincidência. Em alguns casos,
o nível do marcador tumoral reflete a extensão da doença (estágio) ou indica o
quão rápido a doença parece progredir (prognóstico).
O marcador tumoral
ideal deveria ser específico para um determinado tipo de tumor e sensível o
bastante para detectar volumes tumorais antes da disseminação neoplásica (ou
seja, de utilidade para triagem e diagnóstico precoce). E ainda ser produzido
apenas pelo tumor e secretado em quantidades mensuráveis nos fluidos corpóreos.
Além de ser detectado apenas na presença do câncer, seu nível deveria indicar o
volume tumoral e/ou taxa de crescimento do tumor, resposta ao tratamento e
progressão da doença.
Talvez a aplicação
mais útil do marcador seja no monitoramento da terapia, de tal forma que níveis
crescentes indicassem pobre resposta e níveis decrescentes indicassem resposta
favorável ao tratamento. Elevações séricas (quantidade de uma substância no
sangue) de um determinado marcador podem - mas usualmente não o fazem - indicar
malignidade, especialmente porque, com frequência, condições não malignas podem
também produzir elevações na concentração deste marcador.
Poucos marcadores são
específicos para o órgão onde o tumor se desenvolve. Uma das possíveis exceções
era o antígeno prostático-específico (PSA), que se acreditava produzido
exclusivamente pelo tecido prostático e que hoje se sabe ser produzido, em
pequenas quantidades, por outros tecidos como mama e ovário.
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Infelizmente, o
marcador tumoral ideal ainda não existe, embora muitos deles úteis, mas
imperfeitos, estejam disponíveis.
Os MT têm auxiliado os
médicos nas seguintes situações:
- Triagem em casos específicos, como em grupos de alto risco, associado a exames complementares;
- Diagnóstico diferencial;
- Avaliação de prognóstico;
- Monitoração de tratamento:
- avaliação da resposta terapêutica
- detecção precoce de recidiva.
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