quarta-feira, 27 de abril de 2011

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Entendendo os marcadores tumorais

Os pacientes em tratamento ou em fase de controle do câncer encontramos palavras e siglas diferentes, como microglobulina, LDH, PSA e CA 15-3 em nossas requisições de exame de sangue. E muitos de nós não sabemos que são os números associados a essas palavras e siglas, nos resultados das análises feitas pelos laboratórios, que determinam o nosso futuro.

Marcadores Tumorais são substâncias que podem ser encontradas em quantidades acima do normal no sangue, urina ou tecidos do corpo de alguns pacientes com certos tipos de câncer. Na maioria dos casos, são produtos normais do metabolismo celular, que apresentam aumento de produção devido à transformação maligna. Um marcador tumoral pode ser produzido pelo próprio tumor ou pelo corpo, em resposta à presença do câncer. Veja quadro completo dos marcadores tumorais aqui.

Testes de marcadores tumorais não são usados sozinhos, porque a maioria dos marcadores podem apresentar níveis elevados mesmo em pacientes que não tenham condição cancerosa, e também porque nenhum marcador tumoral é específico para um tipo particular de câncer. Por outro lado, nem todos os pacientes de câncer têm um nível de marcador tumoral elevado. Isto é especialmente verdadeiro nos primeiros estágios da doença, quando os níveis dos marcadores tumorais estão frequentemente na faixa normal.

Embora o uso de marcadores tumorais para diagnosticar o câncer ainda esteja limitado, pesquisadores estão procurando por marcadores que sejam específicos para um determinado tipo de câncer e que possam ser usados para detectar a presença da doença antes que os sintomas apareçam.

Médicos podem usar as mudanças nos níveis do marcador tumoral para seguir o curso da doença, para medir o efeito do tratamento e para verificar a reincidência. Em alguns casos, o nível do marcador tumoral reflete a extensão da doença (estágio) ou indica o quão rápido a doença parece progredir (prognóstico).

O marcador tumoral ideal deveria ser específico para um determinado tipo de tumor e sensível o bastante para detectar volumes tumorais antes da disseminação neoplásica (ou seja, de utilidade para triagem e diagnóstico precoce). E ainda ser produzido apenas pelo tumor e secretado em quantidades mensuráveis nos fluidos corpóreos. Além de ser detectado apenas na presença do câncer, seu nível deveria indicar o volume tumoral e/ou taxa de crescimento do tumor, resposta ao tratamento e progressão da doença.

Talvez a aplicação mais útil do marcador seja no monitoramento da terapia, de tal forma que níveis crescentes indicassem pobre resposta e níveis decrescentes indicassem resposta favorável ao tratamento. Elevações séricas (quantidade de uma substância no sangue) de um determinado marcador podem - mas usualmente não o fazem - indicar malignidade, especialmente porque, com frequência, condições não malignas podem também produzir elevações na concentração deste marcador.

Poucos marcadores são específicos para o órgão onde o tumor se desenvolve. Uma das possíveis exceções era o antígeno prostático-específico (PSA), que se acreditava produzido exclusivamente pelo tecido prostático e que hoje se sabe ser produzido, em pequenas quantidades, por outros tecidos como mama e ovário.

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Infelizmente, o marcador tumoral ideal ainda não existe, embora muitos deles úteis, mas imperfeitos, estejam disponíveis.

Os MT têm auxiliado os médicos nas seguintes situações:
  1. Triagem em casos específicos, como em grupos de alto risco, associado a exames complementares;
  2. Diagnóstico diferencial;
  3. Avaliação de prognóstico;
  4. Monitoração de tratamento:
    • avaliação da resposta terapêutica
    • detecção precoce de recidiva.
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