As cirurgias de
próstata e de endometriose realizadas desde o
último mês de março, em São Paulo, com o auxílio do robô Da Vinci, indicam a nova
tendência que se consolida nos procedimentos minimamente invasivos.
O Da Vinci é a segunda geração robótica a entrar no país
e poderá tornar mais seguras e simples operações complexas, principalmente as
feitas por laparoscopia - com pequenos orifícios no abdômen. A
primeira geração foi o braço cirúrgico Aesop, importado na década de 90, usado
como auxiliar na movimentação da câmera laparoscópica. O robô tem formato de
uma espécie de polvo, com quatro braços. Um deles é ocupado por uma câmera que
gera imagens 3D, enquanto os outros ficam com instrumentos cirúrgicos como
pinças, tesouras e bisturi.
No Da Vinci, o
cirurgião controla o equipamento por meio de um “console”, onde realiza os
movimentos e vê imagens em três dimensões. Na laparoscopia tradicional, a tela
só apresenta imagens em duas dimensões. Como os movimentos feitos pelo médico
no “console” podem ser programados para reprodução em menor escala pelo robô, o
corte a ser feito nessa operação pode ser menor e mais preciso.
De acordo com
médicos, o novo robô abre um leque de opções e possibilita operações à
distância. Mas os preços ainda são superiores aos da laparoscopia e cirurgias
tradicionais, e a escassez de médicos treinados na utilização dessas
ferramentas no país são empecilhos à sua utilização de forma abrangente.
Apesar de a primeira
cirurgia ter sido de endometriose, o procedimento mais consagrado para o uso do
Da Vinci é a cirurgia de próstata. Cássio Andreoni, urologista do Hospital
Albert Einstein – um dos centros brasileiros que já importaram o robô, ao lado
do hospital Sírio-Libanês -, diz que especialmente nesse tipo de operação é
difícil a laparoscopia simples.
A cirurgia de
próstata muitas vezes afeta a potência sexual por causar lesão nos nervos. Com
o robô, não só a capacidade de movimentação, mas também a visualização ajudam a
preservar os nervos, pois o cirurgião passa a ter não só o benefício de um
procedimento minimamente invasivo, mas com uma visão melhor.
No Einstein e no
Sírio-Libanês, 29 cirurgias de próstata já foram feitas, desde março, com o Da
Vinci.
Os médicos dizem que
o custo-benefício valerá a pena em cirurgias complexas, mas nas simples, não. Afirmam
também que o número de médicos treinados no país ainda é pequeno, mas que
deverá aumentar rapidamente, como ocorreu com a laparoscopia.
Com informações de O
Globo Online e Folha Online
1 Comentário:
Olá Daniel, venho agradecer a sua simpatia ao premiar o meu blogue"viver outra vez" e vou colocar com muito orgulho o selo! Por falta de tempo, faço como das outras vezes, eu só coloco no blogue, mas adorei de verdade!
Tudo de bom para si!
Bjs
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