sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

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Câncer de próstata: cientistas desenvolvem ferramenta para rastreamento do metabolismo de compostos do tomate

Cientistas da Universidade de Illinois, que estabeleceram uma relação entre o consumo de tomate com o risco reduzido de desenvolver o câncer de próstata, desenvolveram uma ferramenta que irá ajudá-los a traçar o metabolismo no corpo humano dos carotenóides presentes na fruta.

Os cientistas acreditam que os carotenóides - pigmentos que dão as cores vermelha, amarela e laranja a algumas frutas e verduras – são os responsáveis pelos benefícios na prevenção do câncer de próstata proporcionados pelos tomates, mas não sabem exatamente como isso acontece.

Para tentar entender este processo, os investigadores pretendem utilizar a marcação isotópica de três carotenóides do tomate com átomos mais pesados de carbono, que são comumente encontrados na natureza, o que permitirá o rastreamento da absorção dos componentes do tomate pelo metabolismo do corpo.

Os pesquisadores destacam duas questões a serem respondidas. Primeira: os carotenóides são eles mesmos bioativos, ou os seus produtos metabólicos ou oxidativos é que seriam os responsáveis pelos benefícios? Segunda: o licopeno é o responsável isolado pelos benefícios do tomate, ou outros carotenóides seriam também importantes?

Estudos precedentes com animais têm mostrado que o tomate em pó inteiro, que contém todos os componentes nutricionais da fruta, é mais eficaz contra o câncer de próstata do que o licopeno isoladamente.

"O licopeno, que dá ao fruto a sua cor vermelha, tem recebido muita atenção - é o mesmo anunciado como ingrediente em suplementos multivitamínicos. Mas dois outros carotenóides incolores e pouco conhecidos, o fitoeno e o fitoflueno, provavelmente também oferecem beneficios", disse Nancy Engelmann, que ajudou a desenvolver o novo método. Engelmann aprendeu a otimizar a quantidade de carotenóides em culturas de células de tomate, tratando variedades de culturas da fruta com dois bloqueadores de enzimas de plantas.

As moléculas de carbono pesado são incorporadas aos carotenóides em culturas de células de tomate. O resultado é que os pesquisadores serão capazes de monitorar a atividade metabólica do licopeno, fitoeno e fitoflueno no corpo humano e verificar seus metabolitos.

Para os pesquisadores, este é um trabalho que deve nos mover em frente na luta contra o câncer de próstata.

Traduzido e condensado de ScienceDaily. Leia original aqui.

1 Comentário:

Anônimo disse...

Olá Daniel

Parabéns pelo blog! Suas postagens são de muita informação. Continuo te seguindo! Abraço e saúde.