Duas semanas após retirar um tumor de 7 cm do cérebro, o ex-jogador de
basquete Oscar Schmidt revelou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que
pode ter jogado durante toda carreira com o problema e mostrou bom humor
passado o susto com o tumor descoberto durante viagem pelos Estados Unidos. “Segundo
o médico, era de crescimento lento. É possível que eu tenha desde criança, ou
jogado toda a carreira com ele sem que tivesse percebido”, afirmou Oscar.
O ex-jogador afirma que a falta de sintomas causou estranheza nos
médicos e ressalta que teve sorte por não demorar mais tempo para descobrir que
tinha o tumor na cabeça.
“O que os médicos não conseguiam entender era como eu não tinha sentido
nenhum sintoma até aquele momento. Que eu me lembre, só um episódio, quando dei
um grito e senti uma dor forte de cabeça. Na ocasião, a pressão [arterial]
subiu, mas fiquei quieto e tudo voltou ao normal”, afirma Oscar. “Tive sorte,
porque se demorasse mais para descobrir o problema poderia ter ficado louco
[perdido a sanidade]”, completa.
Oscar descobriu que tinha o tumor quando estava tomando banho de imersão
em uma banheira com água quente e acabou desmaiando. Ele foi socorrido pelo
filho e realizou uma tomografia que revelou o problema.
“Gosto muito de fazer banho de imersão em água quente, tipo uns 40 ºC,
mas fiquei muito tempo na banheira e desmaiei. Poderia ter morrido, não fosse
meu filho [Felipe] ter me socorrido”, explica Oscar, que diz não ter ficado
abalado quando descobriu o tumor.
“Não fiquei preocupado porque tive sorte de realizar muita coisa na
vida”
Fonte aqui
Tratamento
avançado de tumores cerebrais
Os cientistas do German Cancer
Research Center (DKFZ) e do University
Hospital of Heidelberg testaram uma combinação de radioterapia e uma
substância que bloqueia o fator transformador de crescimento beta (TGF-β) para
o tratamento de glioblastoma. Utilizando cobaias, esta terapia combinada demonstrou
ser mais eficaz em retardar o crescimento de tais tumores cerebrais malignos e para
prolongar a sobrevivência dos animais. Os pesquisadores vão agora realizar um
ensaio clínico multicêntrico para descobrir se os pacientes humanos também
podem se beneficiar de uma combinação de radioterapia, quimioterapia e este bloqueio
do fator de crescimento.
O Glioblastoma é considerado a forma mais maligna de tumor cerebral. Em
muitos casos, os neurocirurgiões não são capazes de remover tais tumores
completamente por causa do risco de destruir demais o tecido cerebral adjacente no
processo. Além disso, muitas vezes é impossível identificar todas as extensões pelas
quais o tumor se espalha no tecido saudável circundante. Para pelo menos
retardar o crescimento das células tumorais remanescentes na cabeça, quase
todos os pacientes com glioblastoma são tratados por radioterapia após a
cirurgia.
Infelizmente, só podemos retardar o crescimento do câncer, desta forma, mas
não podemos curar pacientes. “As células tumorais, especialmente as
células-tronco do câncer, são muito resistentes a radiação", diz o
professor Dr. Peter Huber, chefe do "Radiation Oncology" da Unidade
de Cooperação Clínica da German Cancer Research Center (Deutsches
Krebsforschungszentrum, DKFZ).
Estudos realizados nos últimos anos descobriram que a resposta à terapia de radiação em vários tipos de câncer é melhor quando certos tipos de fatores de crescimento celular estão bloqueados, ao mesmo tempo. Células de glioblastoma freqüentemente produzem grandes quantidades de um fator de crescimento chamado TGF-β (fator transformador de crescimento beta). Altos níveis de TGF-β nestes tumores estão correlacionados com o crescimento particularmente agressivo e um prognóstico pobre. Além disso, o fator parece apoiar a capacidade de auto-renovação das células-tronco do glioblastoma. "Por isso, suspeito que o bloqueio de TGF-β nas vias de sinalização atrasa a auto-renovação das células-tronco do câncer e, portanto, pode melhorar os resultados do tratamento de radiação", acrescenta Peter Huber, explicando o contexto do estudo agora publicado.
Estudos realizados nos últimos anos descobriram que a resposta à terapia de radiação em vários tipos de câncer é melhor quando certos tipos de fatores de crescimento celular estão bloqueados, ao mesmo tempo. Células de glioblastoma freqüentemente produzem grandes quantidades de um fator de crescimento chamado TGF-β (fator transformador de crescimento beta). Altos níveis de TGF-β nestes tumores estão correlacionados com o crescimento particularmente agressivo e um prognóstico pobre. Além disso, o fator parece apoiar a capacidade de auto-renovação das células-tronco do glioblastoma. "Por isso, suspeito que o bloqueio de TGF-β nas vias de sinalização atrasa a auto-renovação das células-tronco do câncer e, portanto, pode melhorar os resultados do tratamento de radiação", acrescenta Peter Huber, explicando o contexto do estudo agora publicado.
Em colaboração com colegas do, entre outros, Departamento de Radiologia dos
Hospitais da Universidade de Heidelberg, a equipe de Huber investigou o efeito
de uma combinação de radioterapia e uma substância recém-desenvolvida chamada
LY2109761. Esta substância bloqueia os sinais que são transmitidos para as
células do receptor TGF-β. Os primeiros pesquisadores estudaram células de
glioblastoma em amostras de tecido retiradas durante remoção cirúrgica dos
tumores. Irradiação combinada com a adição da substância reduziu a capacidade
de auto-renovação das células-tronco tumorais e atrasou seu crescimento
significativamente melhor do que o tratamento de radiação sozinho.
O grupo transplantou células de glioblastoma humano em cérebro de
camundongos e descobriu que esses animais, depois de receber a terapia
combinada, sobreviveram mais tempo do que os animais tratados com radioterapia
isolada. Estudos mostraram que, sob a terapia de combinação, os tumores
cresceram mais lentamente e menos invasivamente e mostraram uma menor densidade
de vasos sanguíneos recém-formados para alimentá-los. "Paradoxalmente, a terapia de radiação
pode até provocar comportamentos agressivos de crescimento das células tumorais.
A LY2109761 parece impedir este efeito fatal", diz Huber, explicando como a
droga parece funcionar.
As experiências têm produzido resultados tão promissores que os
pesquisadores agora irão realizar um ensaio clínico multicêntrico para
descobrir se este mecanismo também pode desacelerar o crescimento do glioblastoma
em pacientes mais eficazmente do que o atual tratamento padrão.
Traduzido pelo autor do blog de
matéria publicada em 23/11/2011 em German
Cancer Research Center.
2 Comentários:
mesmo assim ningeum até hoje superou o mão santa no basquete brasileiro
Câncer cerebral é devastador...
Meu pai teve um linfoma cerebral...foi terrível, acabou por falecer em 2 meses depois que foi descoberto...sem se dar conta de si...
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