terça-feira, 29 de novembro de 2011

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Oscar revela que pode ter jogado com tumor no cérebro durante a carreira


Duas semanas após retirar um tumor de 7 cm do cérebro, o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt revelou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que pode ter jogado durante toda carreira com o problema e mostrou bom humor passado o susto com o tumor descoberto durante viagem pelos Estados Unidos. “Segundo o médico, era de crescimento lento. É possível que eu tenha desde criança, ou jogado toda a carreira com ele sem que tivesse percebido”, afirmou Oscar.

O ex-jogador afirma que a falta de sintomas causou estranheza nos médicos e ressalta que teve sorte por não demorar mais tempo para descobrir que tinha o tumor na cabeça.

“O que os médicos não conseguiam entender era como eu não tinha sentido nenhum sintoma até aquele momento. Que eu me lembre, só um episódio, quando dei um grito e senti uma dor forte de cabeça. Na ocasião, a pressão [arterial] subiu, mas fiquei quieto e tudo voltou ao normal”, afirma Oscar. “Tive sorte, porque se demorasse mais para descobrir o problema poderia ter ficado louco [perdido a sanidade]”, completa.

Oscar descobriu que tinha o tumor quando estava tomando banho de imersão em uma banheira com água quente e acabou desmaiando. Ele foi socorrido pelo filho e realizou uma tomografia que revelou o problema.

“Gosto muito de fazer banho de imersão em água quente, tipo uns 40 ºC, mas fiquei muito tempo na banheira e desmaiei. Poderia ter morrido, não fosse meu filho [Felipe] ter me socorrido”, explica Oscar, que diz não ter ficado abalado quando descobriu o tumor.

“Não fiquei preocupado porque tive sorte de realizar muita coisa na vida”

Fonte aqui

Tratamento avançado de tumores cerebrais

Os cientistas do German Cancer Research Center (DKFZ) e do University Hospital of Heidelberg testaram uma combinação de radioterapia e uma substância que bloqueia o fator transformador de crescimento beta (TGF-β) para o tratamento de glioblastoma. Utilizando cobaias, esta terapia combinada demonstrou ser mais eficaz em retardar o crescimento de tais tumores cerebrais malignos e para prolongar a sobrevivência dos animais. Os pesquisadores vão agora realizar um ensaio clínico multicêntrico para descobrir se os pacientes humanos também podem se beneficiar de uma combinação de radioterapia, quimioterapia e este bloqueio do fator de crescimento.

O Glioblastoma é considerado a forma mais maligna de tumor cerebral. Em muitos casos, os neurocirurgiões não são capazes de remover tais tumores completamente por causa do risco de destruir demais o tecido cerebral adjacente no processo. Além disso, muitas vezes é impossível identificar todas as extensões pelas quais o tumor se espalha no tecido saudável circundante. Para pelo menos retardar o crescimento das células tumorais remanescentes na cabeça, quase todos os pacientes com glioblastoma são tratados por radioterapia após a cirurgia.

Infelizmente, só podemos retardar o crescimento do câncer, desta forma, mas não podemos curar pacientes. “As células tumorais, especialmente as células-tronco do câncer, são muito resistentes a radiação", diz o professor Dr. Peter Huber, chefe do "Radiation Oncology" da Unidade de Cooperação Clínica da German Cancer Research Center (Deutsches Krebsforschungszentrum, DKFZ).

Estudos realizados nos últimos anos descobriram que a resposta à terapia de radiação em vários tipos de câncer é melhor quando certos tipos de fatores de crescimento celular estão bloqueados, ao mesmo tempo. Células de glioblastoma freqüentemente produzem grandes quantidades de um fator de crescimento chamado TGF-β (fator transformador de crescimento beta). Altos níveis de TGF-β nestes tumores estão correlacionados com o crescimento particularmente agressivo e um prognóstico pobre. Além disso, o fator parece apoiar a capacidade de auto-renovação das células-tronco do glioblastoma. "Por isso, suspeito que o bloqueio de TGF-β nas vias de sinalização atrasa a auto-renovação das células-tronco do câncer e, portanto, pode melhorar os resultados do tratamento de radiação", acrescenta Peter Huber, explicando o contexto do estudo agora publicado.

Em colaboração com colegas do, entre outros, Departamento de Radiologia dos Hospitais da Universidade de Heidelberg, a equipe de Huber investigou o efeito de uma combinação de radioterapia e uma substância recém-desenvolvida chamada LY2109761. Esta substância bloqueia os sinais que são transmitidos para as células do receptor TGF-β. Os primeiros pesquisadores estudaram células de glioblastoma em amostras de tecido retiradas durante remoção cirúrgica dos tumores. Irradiação combinada com a adição da substância reduziu a capacidade de auto-renovação das células-tronco tumorais e atrasou seu crescimento significativamente melhor do que o tratamento de radiação sozinho.

O grupo transplantou células de glioblastoma humano em cérebro de camundongos e descobriu que esses animais, depois de receber a terapia combinada, sobreviveram mais tempo do que os animais tratados com radioterapia isolada. Estudos mostraram que, sob a terapia de combinação, os tumores cresceram mais lentamente e menos invasivamente e mostraram uma menor densidade de vasos sanguíneos recém-formados para alimentá-los. "Paradoxalmente, a terapia de radiação pode até provocar comportamentos agressivos de crescimento das células tumorais. A LY2109761 parece impedir este efeito fatal", diz Huber, explicando como a droga parece funcionar.

As experiências têm produzido resultados tão promissores que os pesquisadores agora irão realizar um ensaio clínico multicêntrico para descobrir se este mecanismo também pode desacelerar o crescimento do glioblastoma em pacientes mais eficazmente do que o atual tratamento padrão.

Traduzido pelo autor do blog de matéria publicada em 23/11/2011 em German Cancer Research Center.

2 Comentários:

eloy_luan disse...

mesmo assim ningeum até hoje superou o mão santa no basquete brasileiro

Viviane disse...

Câncer cerebral é devastador...
Meu pai teve um linfoma cerebral...foi terrível, acabou por falecer em 2 meses depois que foi descoberto...sem se dar conta de si...