quarta-feira, 9 de novembro de 2011

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Depressão relacionada ao prognóstico e cura do câncer de mama


A estimativa da Sociedade Americana do Câncer para este ano era que mais de 230.000 mulheres seriam diagnosticadas com câncer de mama nos EUA, e que cerca de 40.000 dentre elas não sobreviveriam a batalha contra a doença. Uma nova pesquisa, da Universidade do Missouri, mostra que alguns fatores, incluindo o estado civil, filhos, nível de renda familiar e idade, entre outros, tendem a aumentar a probabilidade de depressão em sobreviventes de câncer de mama durante a após o tratamento. Pacientes deprimidos são menos propensos a aderir aos regimes de medicação, complicando potencialmente o andamento de seu tratamento e recuperação.

Ann Bettencourt, professora de ciências psicológicas na Universidade do Missouri, concluiu que a mulher está mais sujeita a sofrer a angústia do diagnóstico e das fases do tratamento do câncer de mama quando os sintomas depressivos se manifestam desde o início do processo. Por exemplo, Bettencourt encontrou evidências de que mulheres com filhos pequenos em casa, casadas ou não, estão mais propensas a ficar deprimidas durante o ano imediatamente após o tratamento.

"Muitas mulheres recebem forte apoio após o diagnóstico inicial e durante o tratamento contra o câncer, mas, com o passar do tempo, o apoio social pode diminuir", disse Bettencourt. "Nossas descobertas sugerem que as mulheres com filhos menores em casa podem precisar de apoio adicional desde o diagnóstico de câncer de mama até o ano seguinte ao término do tratamento."

A pesquisa também relaciona níveis de depressão com a renda e a idade. As Mulheres com rendimentos mais elevados tendem a ter níveis de depressão mais baixos. Verificou-se também que, dentre as sobreviventes do câncer de mama, as mais jovens tendem a apresentar níveis de depressão mais elevados durante o tratamento, quando comparadas com as de mais idade, invertendo-se esta tendência na fase posterior ao tratamento, quando as mais idosas tendem a apresentar os níveis mais elevados de depressão.

Bettencourt diz que a identificação dos fatores de risco que induzem a depressão entre pacientes com câncer de mama é parte importante no prognóstico de uma mulher. Em um estudo separado, ela relaciona a depressão com a intenção de aderir a protocolos de tratamento e à falta de adesão aos regimes de medicação. A pesquisa mostra que as sobreviventes do câncer de mama mais deprimidas têm menos atitudes favoráveis ​​em direção à cura e percepções dos regimes de tratamento e, portanto, são menos propensas a aderir a eles.

"A depressão pode interferir com a vontade dos pacientes a aderir a esquemas de medicação", disse Bettencourt. "Afastar-se do curso de tratamento prescrito pode complicar os resultados dos pacientes e ameaçar o prognóstico."

Traduzido e condensado de ScienseDaily pelo autor do blog. Ilustração do Googleimages. Leia original aqui.

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