A estimativa da Sociedade
Americana do Câncer para este ano era que mais de 230.000 mulheres seriam
diagnosticadas com câncer de mama nos EUA, e que cerca de 40.000 dentre elas
não sobreviveriam a batalha contra a doença. Uma nova pesquisa, da Universidade do Missouri, mostra que alguns
fatores, incluindo o estado civil, filhos, nível de renda familiar e idade,
entre outros, tendem a aumentar a probabilidade de depressão em sobreviventes
de câncer de mama durante a após o tratamento. Pacientes deprimidos são menos
propensos a aderir aos regimes de medicação, complicando potencialmente o
andamento de seu tratamento e recuperação.
Ann Bettencourt,
professora de ciências psicológicas na Universidade do Missouri, concluiu que a
mulher está mais sujeita a sofrer a angústia do diagnóstico e das fases do
tratamento do câncer de mama quando os sintomas depressivos se manifestam desde
o início do processo. Por exemplo, Bettencourt encontrou evidências de que
mulheres com filhos pequenos em casa, casadas ou não, estão mais propensas a
ficar deprimidas durante o ano imediatamente após o tratamento.
"Muitas mulheres
recebem forte apoio após o diagnóstico inicial e durante o tratamento contra o
câncer, mas, com o passar do tempo, o apoio social pode diminuir", disse
Bettencourt. "Nossas descobertas sugerem que as mulheres com filhos menores
em casa podem precisar de apoio adicional desde o diagnóstico de câncer de mama
até o ano seguinte ao término do tratamento."
A pesquisa também relaciona
níveis de depressão com a renda e a idade. As Mulheres com rendimentos mais
elevados tendem a ter níveis de depressão mais baixos. Verificou-se também que,
dentre as sobreviventes do câncer de mama, as mais jovens tendem a apresentar
níveis de depressão mais elevados durante o tratamento, quando comparadas com
as de mais idade, invertendo-se esta tendência na fase posterior ao tratamento,
quando as mais idosas tendem a apresentar os níveis mais elevados de depressão.
Bettencourt diz que a
identificação dos fatores de risco que induzem a depressão entre pacientes com
câncer de mama é parte importante no prognóstico de uma mulher. Em um estudo
separado, ela relaciona a depressão com a intenção de aderir a protocolos de
tratamento e à falta de adesão aos regimes de medicação. A pesquisa mostra que as
sobreviventes do câncer de mama mais deprimidas têm menos atitudes favoráveis
em direção à cura e percepções dos regimes de tratamento e, portanto, são
menos propensas a aderir a eles.
"A depressão
pode interferir com a vontade dos pacientes a aderir a esquemas de
medicação", disse Bettencourt. "Afastar-se do curso de tratamento
prescrito pode complicar os resultados dos pacientes e ameaçar o
prognóstico."
Traduzido e condensado de ScienseDaily pelo autor do blog. Ilustração do Googleimages. Leia
original aqui.
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