sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

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Tudo vale à pena quando a alma não é pequena.

(Fernando Pessoa)

Eles são bravos lutadores, os jovens Bruna e Tadeu. Disso, ninguém duvida. E sonhadores também, cheios de vida e de entusiasmo, como todos nesta idade. Solidária, Bruna foi uma das primeiras a se adicionar como seguidora aqui no blog (foto dela com o Tadeu). 

A guerra silenciosa e sem tréguas que eles vêm travando em vários campos de batalha desde setembro de 2008 contra um inimigo invisível, interno, que só revelou sua presença insidiosa depois de já ter traiçoeiramente conquistado algum terreno, só fez aumentar o belo sentimento que nutrem entre si e despertar nossa admiração por eles. E por isso também é uma guerra que nos enche de ternura e nos estimula a continuar lutando nossas próprias lutas, inspirados pelo exemplo que eles oferecem.

Apenas posso imaginar o que teria mudado em suas vidas. Não conheço nada de suas origens, de suas histórias além daquilo que nos revelam em seus blogues, depois que tudo isso começou. Mas não deve ter sido muito diferente da de outros jovens de classe média que crescem em uma megalópole como São Paulo. 

Sei que quando começaram a namorar, há três anos, ela tinha 16 e ele 20 anos, trocaram Orkut, MSN, celular. As famílias se conheceram, se aproximaram. Bruna e Tadeu começavam sua aventura juntos, rumo ao desconhecido.

E as surpresas não tardariam. Quando ele encarou pela primeira vez a face do inimigo ela já estava firme ao seu lado e segurava sua mão com a grandiosidade de sua alma. Ela deixou tudo de lado, desde o inicio, para se dedicar integralmente a ele, lutar ao seu lado e ajudá-lo. Compartilhando de tudo, do que desse e viesse, sentiram juntos a dor da primeira agulhada e experimentaram também juntos cada exame de sangue, cada biopsia, cada noite de angustia expectante, cada dor, cada tomografia, cada grau de febre, cada esperança, cada incerteza, cada internação, cada resultado, cada sobressalto, cada recomeçar.

Sim. E têm sido muitos os recomeços. Todos eles cheios de esperanças, como no inicio. Desde o primeiro ciclo de quimioterapia R-CHOP. Quem se recorda de Tadeu ter alguma vez escrito alguma palavra de desalento, de desanimo, de desesperança? “Medo, tenho... viver, quero... lutar, SEMPRE... desistir, NUNCA...” Essas suas palavras me parecem a melhor síntese de sua maneira de encarar tudo o que tem passado, resignadamente, a cada novo ciclo, a cada nova abordagem, a cada novo... recomeçar.

Bem, então qual a analogia entre Bruna e Tadeu e o casal que entrou para a história como "Bonnie & Clyde ", e tornou-se famoso na época da depressão econômica por assaltar bancos e postos de gasolina nos Estados Unidos?
Bonnie & Clyde também se conheceram bem jovens. E além do talento para escapar das situações perigosas e recomeçar tudo de novo corajosamente, viveram um romance que fascinou o mundo.
A Luta não acabou, eu não vou desistir e vamos até mais longe do que eu posso imaginar e o que eu penso agora é que tudo sempre valeu a pena, sempre... (Bruna)
Acompanhe a história de Bruna e Tadeu narrada por eles mesmos:

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2 Comentários:

Thati Guimaraes Gobeth disse...

Também tenho acompanhado a trajetória do casal, sua luta incessante contra o inimigo e estou rezando pela recuperação do Tadeu e acreditando que tudo terminará bem. Não podemos deixar de acreditar nunca!!

sandra disse...

Rendo aqui a minha homenagem à você Bruna...companheira,amiga,um amor presente em todas as horas na vida do guerreiro Tadeu. Na vida, quando nos vemos diante de difilculdades, tudo se torna mais fácil quando temos pessoas a nos apoiar emocionalmente, principalmente aquelas que nos amam verdadeiramente.Pelo que tenho acompanhado nos blogs (Bruna e Tadeu),a história de vocês é muito linda,verdadeira! Desejo e peço a Deus que tudo termine bem!