Terapia experimental baseada em anticorpos humanos de pacientes transplantados danifica o tumor e reduz danos às células saudáveis.
Dois terços dos pacientes com linfoma de Hodgkin tratados com uma terapia experimental radioativa de câncer responderam bem, revelam os resultados de fase 1 do ensaio do Centro de Pesquisa do Câncer, do Reino Unido.
Os pesquisadores do ensaio testaram a nova terapia com uma droga experimental chamada CHT25 em 15 pacientes com linfoma, que já não respondiam ao tratamento padrão, a fim de determinar uma dose segura e eficaz.
Os resultados do estudo mostraram que dois terços dos pacientes que receberam uma dose clinicamente relevante da CHT25 tiveram benefício clínico, respondendo de forma total ou parcial ao tratamento. Um paciente permaneceu livre da doença dois anos e meio mais tarde.
Além disso, surgiram evidências que sugerem que CHT25 também pode beneficiar pessoas com linfoma de célula A.
Além disso, surgiram evidências que sugerem que CHT25 também pode beneficiar pessoas com linfoma de célula A.
A droga CHT25 é baseada em um tratamento anti-rejeição semelhante ao de transplantados renais. No final de 1990 dois pesquisadores já haviam modificado o anticorpo, ligando-o a um isótopo radioativo. O anticorpo conduz o isótopo radioativo a locais que apresentam tumores e mata seletivamente as células do linfoma.
A parte de anticorpos da CHT25 é muito semelhante a um anticorpo humano e pode ser administrada em tratamentos repetidos com um risco mínimo de reação imune.
O estudo mostrou que a radioatividade foi orientada para seletivamente reduzir as células cancerosas, diminuindo os danos às células saudáveis. Foi também demonstrado que a radioatividade permanece no local do tumor, pelo menos, por quatro dias potencializando o efeito terapêutico ao máximo.
"Há uma necessidade urgente de novos tratamentos para o linfoma de Hodgkin e de célula T em função do número de pacientes que desenvolvem resistência aos medicamentos existentes", avaliou o professor Richard Begent.
Christopher McNamara, hematologista no Royal Free Hospital explicou que o linfoma de Hodgkin é radiossensível e que a droga CHT25 entrega a radiação em pequenas doses, direto no tumor, evitando danos ao tecido saudável que resulta em uma melhor resposta e em menos efeitos colaterais".
"Esta é uma maneira muito diferente de realizar radioterapia. Tradicionalmente pacientes com linfoma de Hodgkin recebem radioterapia externa e esta droga é entregue por via intravenosa, visando a ação direta de drogas para o linfoma".
"Esta nova droga inteligente oferece radioterapia para os tumores de forma orientada, maximizando o dano ao tumor, reduzindo o dano às células saudáveis”, completou o diretor do
Centro de Pesquisa do Câncer do Reino Unido, Nigel Blackburn.
Fonte: Isaude.net
Comentários:
Postar um comentário