segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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Vacina personalizada para pacientes com linfoma estende a sobrevivência livre de doença por quase 2 anos

A vacina personalizada é uma terapia poderosa para impedir a recidiva entre certos pacientes com linfoma folicular, segundo os últimos resultados da investigação em estudo liderado pela University of Pennsylvania School of Medicine. As novas descobertas mostram que quando esses pacientes - cujos tumores são marcados por uma proteína específica que pode estar presente em até metade das pessoas com este tipo de câncer - recebem uma vacina feita a partir de suas próprias células do tumor, a sobrevida livre de doença melhorou em quase dois anos, em comparação com pacientes que receberam um placebo. Com base na nova análise, a equipe pensa que pode explicar porque os resultados de estudos anteriores, utilizando vacinas terapêuticas semelhantes para o câncer não era tão forte como o esperado.
S
egundo Stephen J. Schuster, professor associado da Divisão de Hematologia-Oncologia e diretor do Programa de linfoma do Abramson Penn Cancer Center, o efeito do tratamento com a vacina personalizada é impressionante nesse estudo. Schuster apresentou dados de um estudo randomizado, ensaio clínico de fase III, na reunião anual da Sociedade Americana de Hematologia (ASH). "Nosso trabalho está revolucionando a abordagem ao desenvolvimento de uma vacina personalizada em linfoma, e trazendo uma nova esperança aos pacientes que são diagnosticados com todos os tipos da doença. Esta é uma mudança de paradigma", diz Schuster.
A maioria dos pacientes com linfoma folicular - que representam cerca de 30% dos 66.000 pacientes diagnosticados com linfoma não-Hodgkin a cada ano - inicialmente respondem à terapia com anticorpos monoclonais e quimioterapia, mas depois sofrem uma recaída. Eles podem ser ajudados por rodadas subseqüentes de quimioterapia, mas, eventualmente, a doença torna-se resistente a essas drogas.
O tumor de cada paciente de linfoma leva uma proteína única na superfície da célula, chamada de proteína idiotipica. Esta proteína é parte de uma grande proteína da superfície da célula cancerígena. Somente as células do tumor - e não as células saudáveis - carregam a proteína idiotipica, tornando-se assim um alvo ideal para a vacina anti-tumoral. Os pesquisadores utilizaram uma variedade de técnicas para fabricar estas vacinas.
No estudo atual, os indivíduos que responderam à quimioterapia inicial e permaneceram em remissão por pelo menos seis meses eram elegíveis para prosseguir no estudo, e receberam uma vacina personalizada idiotipica, mais um agente imuno-estimulante chamado GM-CSF, ou a vacina placebo, mais GM-CSF. Quando os investigadores analisaram os pacientes que receberam pelo menos uma dose da vacina personalizada, viram uma melhora de 14 meses na sobrevida livre de doença, em comparação àqueles que receberam o placebo. Os 76 pacientes tratados com a vacina tiveram uma sobrevida mediana livre de doença de 44,2 meses, contra os 30,6 meses para os 41 pacientes tratados com placebo.
Seguindo um palpite e algumas observações feitas anteriormente na literatura, Schuster e colegas decidiram reanalisar os dados, após dividir os pacientes com base no tipo de proteína do isotipo na superfície de suas células do tumor. Ele descobriu que os pacientes cujos tumores tinham uma proteína idiotipica IgM tiveram uma forte resposta à vacina, com um aumento médio na sobrevida livre de doença de 28,7 meses, em pacientes tratados com placebo, para 52,9 meses em pacientes tratados com a vacina. Em contrapartida, o impacto da vacina em pacientes cuja proteína idiotipica fazia parte de um anticorpo do tipo IgG foi desprezível, com um aumento não significativo de 32,4 meses para 35,1 meses.
Na verdade, a nova análise pode revelar a razão pela qual as tentativas anteriores de se fazer uma vacina idiotipica eficaz não tiveram resultados animadores. Para Schuster, o que este estudo está revelando é que existem outras formas possíveis de fazer melhores vacinas.
Para confirmar os resultados de suas pesquisas, a equipe de Schuster planeja lançar um novo estudo no próximo ano, utilizando uma abordagem com a mesma vacina, mas desta vez eles vão dividir os pacientes, no início, consoante a sua proteína idiotipica ser do tipo IgM ou IgG.
Traduzido e condensado de Science Daily. Leia matéria original aqui.
Transexuais têm direito a retirada de útero e de mama pelo SUS
A Secretaria da Saúde de São Paulo passou a oferecer, a partir do final do mês de janeiro, cirurgias para remoção de útero de homens transexuais (mulheres que se sentem homem) atendidos no Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento em Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS (CRT-DST/AIDS), na capital.
Após processo de triagem no CRT, os pacientes serão encaminhados para o Hospital Estadual Pérola Byington para avaliação e realização de histerectomia.
N
o Pérola haverá capacidade para realizar até 100 cirurgias de retirada de útero. Os transexuais terão atendimento personalizado, com quartos individuais e equipe treinada para lidar com as demandas específicas desta população. No ambulatório do CRT já há cinco transexuais a serem encaminhados ao Pérola para avaliação de histerectomia.
A Secretaria também deverá encaminhar os homens transexuais para cirurgia de retirada de mama. O hospital de referência, na capital, será definido nos próximos meses. “Trata-se, sem dúvida, de uma grande vitória contra a discriminação e a legitimação dos direitos desta população”, diz a coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP, Maria Clara Gianna.
Em setembro de 2010, o Conselho Federal de Medicina (CFM) baixou nova resolução sobre a assistência à transexual no Brasil. A partir daquela data, o CFM passou a considerar que os procedimentos de retiradas de mamas, ovários e útero no caso de homens transexuais (aqueles que se identificam com o gênero masculino, embora tenham nascido com sexo biológico feminino) deixam de ser experimentais e podem ser feitos em qualquer hospital público e/ou privado que sigam as recomendações do Conselho. O tratamento de neofaloplastia (construção do pênis) ainda não foi liberado e permanece em caráter experimental.
Fonte: Redenoticia
Estudo identifica gene que dificultaria tratamento de câncer
P
esquisadores espanhóis identificaram um gene, a ciclina E, que é responsável pela resistência ao tratamento do câncer de mama do subtipo HER2 (abreviatura de "Human Epidermal growth factor Receptor-type 2") positivo, segundo os cientistas anunciaram nesta segunda-feira em comunicado.
O estudo, liderado por Josep Baselga, do centro hospitalar Vall d'Hebron-Instituto de Oncologia (VHIO), em Barcelona, e em colaboração com o Massachusetts General Hospital Cancer Center (MGH-CC) de Boston, poderia ser traduzido em um tratamento aprimorado capaz de evitar que as pacientes com este subtipo de câncer desenvolvam resistência ao tratamento médico atual.
O centro hospitalar espanhol indicou nesta segunda-feira que o gene ciclina E é a razão pela qual algumas mulheres com esse tipo de câncer desenvolvem resistência ao tratamento com o medicamento "trastuzumab".
Segundo os pesquisadores, esta descoberta abre agora uma via para buscar algum inibidor ou bloqueador da ciclina E. Atualmente, o remédio mais estudado e utilizado na prática clínica contra este subtipo de tumor é o trastuzumab, um anticorpo criado para agir especificamente em uma região extracelular do receptor HER2.
Este anticorpo aumenta as chances de sobrevivência das pacientes com câncer de mama HER2 positivo, mas seu benefício clínico está limitado pela resistência de algumas mulheres. As mesmas fontes explicaram que pessoas que apresentam HER2 e ciclina E, o tratamento com trastuzumab só é efetivo em 33,3% das pacientes, contra 87,5% de resposta no grupo HER2 positivo, mas sem detecção de ciclina.
Na última década, o diagnóstico precoce do câncer, um acompanhamento mais exaustivo das pacientes e, sobretudo, a tipificação do tumor em três grandes subtipos segundo padrões moleculares - os receptores hormonais positivos, HER2 positivos ou ausência de ambos - aumentaram a sobrevivência a esta patologia.
A classificação dos tumores em subtipos permitiu o desenvolvimento clínico de tratamentos específicos para cada um deles, mas apesar destes avanços, ainda há pacientes que não respondem da forma esperada.
Fonte: terra
Sexo oral causa mais câncer de garganta que cigarro e bebida, diz pesquisa

O tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas sempre foram apontados como um dos principais fatores para o desenvolvimento de câncer na região da garganta. Pois agora cientistas afirmam que o sexo oral ocupa o topo da lista entre os comportamentos de risco.
Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador de verrugas e de câncer do colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.
H
omens com mais de 50 anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta. Principalmente aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus.
Outros países como Inglaterra e Suécia também identificaram aumento da doença devido ao HPV. Na Suécia, apenas 25% dos casos tinham relação com o vírus na década de 1970 e, agora, o índice chega a 90%, de acordo com uma das pesquisadoras, a professora Maura Gillison.
Segundo ela, alguém infectado com o tipo de vírus associado ao câncer de garganta tem 14 vezes mais chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou sexo oral", afirmou a pesquisadora.
Os resultados do levantamento vão ao encontro de outros já feitos sobre o mesmo tema, como o realizado pela Johns Hopkins University, nos Estados Unidos. Realizado no ano passado, o estudo apontou que pessoas que tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.
Os médicos que realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o vírus, como é recomendado para as mulheres. Em países como Inglaterra, meninas de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados, previne até 90% dos casos de infecções.
No Brasil, há dois tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento. O governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se prevenir.
Fonte: terra

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