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egundo Stephen J.
Schuster, professor associado da Divisão de Hematologia-Oncologia e diretor do
Programa de linfoma do Abramson
Penn Cancer Center, o efeito do tratamento com a vacina
personalizada é impressionante nesse estudo. Schuster apresentou dados de um
estudo randomizado, ensaio clínico de fase III, na reunião anual da Sociedade
Americana de Hematologia (ASH). "Nosso trabalho está revolucionando a
abordagem ao desenvolvimento de uma vacina personalizada em linfoma, e trazendo
uma nova esperança aos pacientes que são diagnosticados com todos os tipos da
doença. Esta é uma mudança de paradigma", diz Schuster.
A maioria dos
pacientes com linfoma folicular - que representam cerca de 30% dos 66.000
pacientes diagnosticados com linfoma
não-Hodgkin a cada ano - inicialmente respondem à terapia com
anticorpos monoclonais e quimioterapia, mas depois sofrem uma recaída. Eles
podem ser ajudados por rodadas subseqüentes de quimioterapia, mas,
eventualmente, a doença torna-se resistente a essas drogas.
O tumor de cada
paciente de linfoma leva uma proteína única na superfície da célula, chamada de
proteína idiotipica.
Esta proteína é parte de uma grande proteína da superfície da célula cancerígena.
Somente as células do tumor - e não as células saudáveis - carregam a proteína
idiotipica, tornando-se assim um alvo ideal para a vacina anti-tumoral. Os
pesquisadores utilizaram uma variedade de técnicas para fabricar estas vacinas.
No estudo atual, os
indivíduos que responderam à quimioterapia inicial e permaneceram em remissão
por pelo menos seis meses eram elegíveis para prosseguir no estudo, e receberam
uma vacina personalizada idiotipica, mais um agente imuno-estimulante chamado GM-CSF,
ou a vacina placebo, mais GM-CSF. Quando os investigadores analisaram os
pacientes que receberam pelo menos uma dose da vacina personalizada, viram uma
melhora de 14 meses na sobrevida livre de doença, em comparação àqueles que
receberam o placebo. Os 76 pacientes tratados com a vacina tiveram uma
sobrevida mediana livre de doença de 44,2 meses, contra os 30,6 meses para os
41 pacientes tratados com placebo.
Seguindo um palpite e
algumas observações feitas anteriormente na literatura, Schuster e colegas
decidiram reanalisar os dados, após dividir os pacientes com base no tipo de
proteína do isotipo na superfície de suas células do tumor. Ele descobriu que
os pacientes cujos tumores tinham uma proteína idiotipica IgM tiveram uma forte
resposta à vacina, com um aumento médio na sobrevida livre de doença de 28,7
meses, em pacientes tratados com placebo, para 52,9 meses em pacientes tratados
com a vacina. Em contrapartida, o impacto da vacina em pacientes cuja proteína
idiotipica fazia parte de um anticorpo do tipo IgG foi desprezível, com um
aumento não significativo de 32,4 meses para 35,1 meses.
Na verdade, a nova
análise pode revelar a razão pela qual as tentativas anteriores de se fazer uma
vacina idiotipica eficaz não tiveram resultados animadores. Para Schuster, o
que este estudo está revelando é que existem outras formas possíveis de fazer
melhores vacinas.
Para confirmar os
resultados de suas pesquisas, a equipe de Schuster planeja lançar um novo estudo
no próximo ano, utilizando uma abordagem com a mesma vacina, mas desta vez eles
vão dividir os pacientes, no início, consoante a sua proteína idiotipica ser do
tipo IgM ou IgG.
Traduzido e
condensado de Science Daily. Leia matéria original aqui.
Transexuais têm
direito a retirada de útero e de mama pelo SUS
A Secretaria da Saúde
de São Paulo passou a oferecer, a partir do final do mês de janeiro, cirurgias
para remoção de útero de homens transexuais (mulheres que se sentem homem)
atendidos no Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do
Centro de Referência e Treinamento em Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS
(CRT-DST/AIDS), na capital.
Após processo de triagem no CRT, os pacientes serão
encaminhados para o Hospital Estadual Pérola Byington para avaliação e
realização de histerectomia.
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o Pérola haverá
capacidade para realizar até 100 cirurgias de retirada de útero. Os transexuais
terão atendimento personalizado, com quartos individuais e equipe treinada para
lidar com as demandas específicas desta população. No ambulatório do CRT já há
cinco transexuais a serem encaminhados ao Pérola para avaliação de
histerectomia.
A Secretaria também
deverá encaminhar os homens transexuais para cirurgia de retirada de mama. O
hospital de referência, na capital, será definido nos próximos meses.
“Trata-se, sem dúvida, de uma grande vitória contra a discriminação e a
legitimação dos direitos desta população”, diz a coordenadora do Programa
Estadual DST/Aids-SP, Maria Clara Gianna.
Em setembro de 2010,
o Conselho Federal de Medicina (CFM) baixou nova resolução sobre a assistência à
transexual no Brasil. A partir daquela data, o CFM passou a considerar que os
procedimentos de retiradas de mamas, ovários e útero no caso de homens
transexuais (aqueles que se identificam com o gênero masculino, embora tenham
nascido com sexo biológico feminino) deixam de ser experimentais e podem ser
feitos em qualquer hospital público e/ou privado que sigam as recomendações do
Conselho. O tratamento de neofaloplastia (construção do pênis) ainda não foi
liberado e permanece em caráter experimental.
Fonte: Redenoticia
Estudo identifica gene
que dificultaria tratamento de câncer
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esquisadores
espanhóis identificaram um gene, a ciclina E, que é
responsável pela resistência ao tratamento do câncer de mama do subtipo HER2 (abreviatura de
"Human Epidermal growth factor Receptor-type 2") positivo, segundo os
cientistas anunciaram nesta segunda-feira em comunicado.
O estudo, liderado
por Josep Baselga, do centro hospitalar Vall
d'Hebron-Instituto de Oncologia (VHIO), em Barcelona, e em
colaboração com o Massachusetts General
Hospital Cancer Center (MGH-CC) de Boston, poderia ser traduzido em
um tratamento aprimorado capaz de evitar que as pacientes com este subtipo de
câncer desenvolvam resistência ao tratamento médico atual.
O centro hospitalar
espanhol indicou nesta segunda-feira que o gene ciclina E é a razão pela qual
algumas mulheres com esse tipo de câncer desenvolvem resistência ao tratamento
com o medicamento "trastuzumab".
Segundo os
pesquisadores, esta descoberta abre agora uma via para buscar algum inibidor ou
bloqueador da ciclina E. Atualmente, o remédio mais estudado e utilizado na
prática clínica contra este subtipo de tumor é o trastuzumab, um anticorpo
criado para agir especificamente em uma região extracelular do receptor HER2.
Este anticorpo
aumenta as chances de sobrevivência das pacientes com câncer de mama HER2
positivo, mas seu benefício clínico está limitado pela resistência de algumas
mulheres. As mesmas fontes explicaram que pessoas que apresentam HER2 e ciclina
E, o tratamento com trastuzumab só é efetivo em 33,3% das pacientes, contra
87,5% de resposta no grupo HER2 positivo, mas sem detecção de ciclina.
Na última década, o
diagnóstico precoce do câncer, um acompanhamento mais exaustivo das pacientes
e, sobretudo, a tipificação do tumor em três grandes subtipos segundo padrões
moleculares - os receptores hormonais positivos, HER2 positivos ou ausência de
ambos - aumentaram a sobrevivência a esta patologia.
A classificação dos
tumores em subtipos permitiu o desenvolvimento clínico de tratamentos
específicos para cada um deles, mas apesar destes avanços, ainda há pacientes
que não respondem da forma esperada.
Fonte: terra
Sexo oral causa mais
câncer de garganta que cigarro e bebida, diz pesquisa
O tabagismo e o
consumo de bebidas alcoólicas sempre foram apontados como um dos principais
fatores para o desenvolvimento de câncer na região da garganta. Pois agora
cientistas afirmam que o sexo oral ocupa o topo da lista entre os
comportamentos de risco.
Pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio,
nos Estados Unidos, descobriu que o vírus HPV
atualmente é a principal causa da doença em pessoas com menos de 50 anos. O
papiloma vírus humano pode provocar lesões de pele ou em mucosas. Existem mais
de 200 variações com menores e maiores graus de perigo. Um deles é o causador
de verrugas e de câncer do colo do útero, consideradas lesões pré-cancerosas.
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omens com mais de 50
anos costumavam ser as principais vítimas do câncer de garganta. Principalmente
aqueles com histórico de fumo e consumo de bebida alcoólica. Mas o problema tem
crescido em faixas etárias mais baixas, e dobrou nos últimos 20 anos nos
Estados Unidos em homens com menos de 50 anos devido ao vírus.
Outros países como
Inglaterra e Suécia também identificaram aumento da doença devido ao HPV. Na
Suécia, apenas 25% dos casos tinham relação com o vírus na década de 1970 e,
agora, o índice chega a 90%, de acordo com uma das pesquisadoras, a professora
Maura Gillison.
Segundo ela, alguém
infectado com o tipo de vírus associado ao câncer de garganta tem 14 vezes mais
chances de desenvolver a doença. "O fator de risco aumenta de acordo com o
número de parceiros sexuais e especialmente com aqueles com quem se praticou
sexo oral", afirmou a pesquisadora.
Os resultados do
levantamento vão ao encontro de outros já feitos sobre o mesmo tema, como o
realizado pela Johns Hopkins University, nos
Estados Unidos. Realizado no ano passado, o estudo apontou que pessoas que
tiveram mais do que seis parceiros com quem praticaram sexo oral tinham nove
vezes mais chances de desenvolver câncer de garganta. Nos que já haviam tido
algum tipo de infecção provocada pelo HPV, o risco subia para 32 vezes.
Os médicos que
realizaram o levantamento sugeriram que homens também sejam vacinados contra o
vírus, como é recomendado para as mulheres. Em países como Inglaterra, meninas
de 12 e 13 anos recebem a vacina contra HPV e, segundo dados, previne até 90%
dos casos de infecções.
No Brasil, há dois
tipos de vacinas disponíveis, contra os tipos mais comuns de câncer do colo do
útero, mas o governo alerta que não há evidência suficiente da eficácia da
vacina, o que só poderá ser observado depois de décadas de acompanhamento. O
governo também recomenda a prática de sexo seguro como a melhor maneira de se
prevenir.
Fonte: terra
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